HAROLD AND MAUDE |
A foto de Fernando Haddad e Luiza Erundina no site da Veja fez-me lembrar de uma comédia de humor negro americana chamada Harold and Maude (Ensina-me a viver).
Um garoto endinheirado, entediado e mimado pela mãe encontra e namora uma velhota amalucada em busca da alegria de viver.
Luiz Inácio da Silva, o "coroné" do PT, com a sutileza daquele elefante em loja de cristais, impôs ao partido e nem consultou as tais famosas bases, o candidato Haddad, vindo de uma altamente duvidosa gestão no Ministério da Educação.
Haddad, de 1963, é aquele candidato propagador do kit-gay, que tantos avanços trará à sociedade. Para Lula Haddad representa o novo de que São Paulo precisa. Lula ofendeu duramente Marta, de 1945, pois ela, ao ser preterida, representaria certamente o velho.
Haddad, de 1963, é aquele candidato propagador do kit-gay, que tantos avanços trará à sociedade. Para Lula Haddad representa o novo de que São Paulo precisa. Lula ofendeu duramente Marta, de 1945, pois ela, ao ser preterida, representaria certamente o velho.
Como Luís Inácio, também de 1945, andou doente, com um câncer de laringe que o fez calar-se por uns tempos, talvez tenha sido respeitado pelos tão sempre estridentes e agressivos deputados e senadores de seu partido.
Todo mundo calou a boca e disse amém para a vontade do chefe. Como Luís Inácio tem a síndrome de Deus, segundo Augusto Nunes, então é melhor obedecer. Ai daquele que enfrenta o dono do partido, talvez o home com mais títulos de doutor honoris causa do PLaneta!
Todo mundo calou a boca e disse amém para a vontade do chefe. Como Luís Inácio tem a síndrome de Deus, segundo Augusto Nunes, então é melhor obedecer. Ai daquele que enfrenta o dono do partido, talvez o home com mais títulos de doutor honoris causa do PLaneta!
SUPLÍCIO DE MARTA |
Mas Luis Inácio tinha uma enorme e velha pedra em seu caminho, ou no seu sapato, uma senhora nascida também em 1945 chamada Marta Suplicy, que queria doidamente ocupar a cadeira de prefeito de São Paulo, uma vez que já conhece a máquina, sem que haja discussão do mérito de sua gestão..
Mas o malvado Luis Inácio disse não, São Paulo precisa de um prefeito jovem, de idéias novas. São Paulo precisa de algo novo, disse Lula, ele mesmo nascido em 1945. Lula velho estrategista, e conhecedor de todos os golpes da velha política malandra brasileira, pensou em Haddad para poder jogar o Garoto do MEC contra outro idoso, José Serra, do PSDB, este de 1942.
É curioso, o "coroné" velhote de 68 anos que controla o partido com mãos de ferro, que impõe candidatos aos eleitores, sem respeito ao povo e à suas próprias bases (leiam sobre o caso da Prefeitura de Recife), acha que o paulistano precisa do novo. Mas o novo não tem muita experiência e precisa de uma vice experiente, mas encrenqueira. Será que a inversão da chapa não seria melhor? Deixar o aprendiz de vice...
É curioso, o "coroné" velhote de 68 anos que controla o partido com mãos de ferro, que impõe candidatos aos eleitores, sem respeito ao povo e à suas próprias bases (leiam sobre o caso da Prefeitura de Recife), acha que o paulistano precisa do novo. Mas o novo não tem muita experiência e precisa de uma vice experiente, mas encrenqueira. Será que a inversão da chapa não seria melhor? Deixar o aprendiz de vice...
Para Marta ser deixada de lado, além evidente injustiça, foi um verdadeiro suplício, uma humilhação, que avermelhou aqueles olhos azuis. Ela nem compareceu ao lançamento da candidatura de Haddad. Mas os petistas agem como soldados, são militantes. E quem milita é obediente. Se ela não ajudar, aguardemos, talvez não atrapalhe, ficando em silêncio.
Luis Inácio, sempre coerente com sua incoerência de metamorfose ambulante, como se definiu certa vez, hábil negociador, desde as portas de fábrica, sem qualquer limite, muito pragmático, fez as costuras políticas necessárias para garantir ainda mais tempo na TV e o absolutamente novo para a prefeitura paulistana: o vice de Haddad (nascido em 1963) será Luiza Erundina (PSB), nascida em 1938.
OUTRA VEZ COM O PT |
Lula foi longe desta vez. Mas avançou ainda mais, vejam, para garantir mais tempo para o balbuciar de seu candidato preferido, o Garoto do MEC, Luis Inácio também compôs o PT com o PP, de Paulo Maluf, este nascido em 1931, e inimigo dos petistas assim como o Diabo de Deus.
Nada mais novo na política do que Paulo Maluf, além dos métodos eticamente insustentáveis, é claro. Maluf ficou muitíssimo feliz, seu sonho secreto era estar, outra vez, em um palanque do PT.
A política no Brasil dá nojo. Mas Lula é muito pragmático mesmo. Juntou Maude, a revolucionária, com o velho inimogo milionário sempre satanizado. O povo a tudo vê e vota, bovinamente, mas vota.
Assim é feita a política no Brasil. Essa é a novidade na política que nos apresentam Lula e o PT. Se as ações são coerentes, pouco importa. Se nas últimas eleições esculhambou e satanizou um adversário, com verdades e mentiras, pouco importa.
A política no Brasil dá nojo. Mas Lula é muito pragmático mesmo. Juntou Maude, a revolucionária, com o velho inimogo milionário sempre satanizado. O povo a tudo vê e vota, bovinamente, mas vota.
Assim é feita a política no Brasil. Essa é a novidade na política que nos apresentam Lula e o PT. Se as ações são coerentes, pouco importa. Se nas últimas eleições esculhambou e satanizou um adversário, com verdades e mentiras, pouco importa.
O PP de São Paulo decidiu apoiar o pré-candidato do PT à Prefeitura da capital, Fernando Haddad. A decisão foi acertada após o presidente estadual do PP, Paulo Maluf, emplacar um aliado na Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. A pasta é controlada pelo PP, por meio do ministro Aguinaldo Ribeiro, que conduziu as articulações com os petistas.
Por conta de um minuto e pouco a mais no tempo de TV Luís Inácio junta Erundina e Maluf, velhos amigos...E ambos representando aquela novidade que Lula queria para São Paulo.
E, enquanto Haddad foge de falar sobre o kit-gay, por medo da reação dos eleitores religiosos (e eleitores têm religão), mal foi indicada e Erundina já começou a falar de luta de classes, imitar Cristina Kirchener, e outras bobagens.
Pela sua fala, ao menos metaforicamente, ela promete botar fogo em São Paulo. Com Paulo Maluf ao lado, no palanque.
No fundo Maluf sempre foi socialista, não é?, socializando o que é dos outros. Mas Erundina não fala sobre ele.
No fundo Maluf sempre foi socialista, não é?, socializando o que é dos outros. Mas Erundina não fala sobre ele.
Isso é o novo de Luis Inácio da Silva. Mas o "coroné" de Guaranhus e dono, digo eterno chefe do PT, deve saber o que faz. Talvez Nunes esteja errado e Lula não tenha apenas uma síndrome, mas seja mesmo um deus.
Bem, e Harold and Maude? Esse é um belo filme, alugue e assista. Será bem melhor que Haddad and Erundina, com certeza. E tem um belo Jaguar XK-E 1971 como carro funerário.
HAROLD AND MAUDE
CRÍTICA: ENSINA-ME A VIVER - O filme Harold & Maude (Ensina-me a viver), do diretor Hal Ashby é um clássico da década de 1970. Conta a estória de Harold (Bud Cort), um rapaz muito reprimido, com fixação por morte, funerais e suicídios. Tudo muda, portanto, quando ele se apaixona por uma mulher de 79 anos, Maude (Ruth Gordon) que tem o que ele não possui: humor e alegria de viver.
Trata-se de uma comédia de humor negro, com cenas hilariantes ao estilo da perfeita Ruth Gordon. O contraste é a marca principal do filme. Afinal, a abordagem da vida e da morte é feita de uma maneira diferente, apresentando comicamente o drama psicológico através do relacionamento entre gerações normalmente conflitantes. O resultado é um legítimo “cult movie” cinematográfico, completamente atemporal.
Maude é uma senhora que possui toda a bagagem de vida nas costas. Além disso, ela tem uma disposição para certas façanhas na vida. Seu principal feito agora é se preocupar em estabelecer forte relação com o garoto Harold - de apenas 20 anos – e, resgatá-lo para a vida.
A veterana Ruth Gordon, de “O bebê de Rosemary”, apresenta uma impecável interpretação como Maude. Ela faz da velhinha filósofa uma pessoa iluminada que procura mostrar o prazer de viver ao lado do ricaço adolescente Harold Chansen.
Maude acredita que pode lhe mostrar seu direito à liberdade, tão prejudicado pelo autoritarismo da mãe, Mrs. Chansen (Vivian Pickles). A rebeldia de Harold é demonstrada por sua hilária obsessão pela morbidez. Impregnando-se de um inconfundível humor-negro, o jovem termina por fazer coisas inusitadas. Harold chega a trocar um Jaguar “zero” recebido da mãe em outro, um carro funerário. Além disso, ele também tem seu papel de professor, ao fazer Maude encarar a morte de maneira mais divertida.
FOTO MARTA
FOTO HADDAD E ERUNDINA
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