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Há um cidadão na República que tem uma licença especial: Lula. Com ela ele acha que pode tudo. Seus atos indicam que não existem limites para o ex-presidente que, de certo modo, ainda parece não achar que é um ex-presidente. Uma questão se impõe: quem concedeu tal licença ao senhor Luiz Inácio?
Imaginem os leitores, um ex-presidente americano -seja qual for- , um ex-primeiro ministro inglês, alemão ou espanhol, fazendo o que o senhor Lula faz no Brasil. Certamente estaria impedido de agir pela imposição das leis, pela censura da Imprensa, ou pela reprovação perante a Opinião Pública.
Costumo dizer que o Brasil ainda não se libertou da sua mentalidade de colônia, com os cidadãos agindo e pensando como verdadeiros súditos. É uma vergonha perceber que alguém desrespeita de tal modo as normas e as regras de bom comportamento.
Como um ex-presidente, arrogando-se um tipo de dono do Pais e do voto dos eleitores diz, num programa de TV, que ele, Lula, não pode deixar que um tucano volte a governar? Está falando como um chefe de partido. Está desqualificando os adversários. Está desrespeitando o eleitorado paulista, em todo caso, que, até hoje, bem ou mal, tem escolhidos governantes tucanos!
É uma vergonha que tenhamos uma figura pública tão conhecida, tão popular, e com a coragem de expressar um desconhecimento mínimo do jogo democrático. Imaginem o ex-primeiro ministro socialista espanhol, cujo partido perdeu a eleição para os conservadores dizendo “não posso deixar os conservadores governarem”. Ou o centro-direitista francês, Nicolas Sarkosy, dizendo “não posso deixar os socialistas governarem”, após perder as eleições para os socialistas! Perdeu a eleição? Vá para casa e aproveita as férias, senhor.
O Brasil é uma republiqueta de bananas, com seus feudos, os seus coronéis, os sinhôs do voto, a falsa modernidade, e com as suas cestas de compra de consciências. Fala-se muito em educação, inclusive o senhor Lula arrastou ao programa do senhor Ratinho o senhor ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. Haddad foi aquele sujeito imposto ao PT paulistano por Lula contra a preferência por Marta Suplicy. Não gosto nada da ex-prefeita, mas a imposição, a força, o dedaço, parece ser o método lulista de respeitar as “bases”, basta ver o que ocorre agora em Recife, PE.
O discurso sobre a educação da atual gestão federal cai no vazio, mostra-se um engodo, pois um homem melhor educado, de fato, não venderia o voto, ou a consciência, por mais pobre que fosse, por programas que criam, mais que vínculos com o Estado, uma quase absoluta dependência do cidadão ao Poder. A educação liberta, não escraviza. A distribuição de benesses pelo Estado, que não têm nada de grátis, como apregoado (não existe almoço grátis), comprometerá gerações futuras, viciadas no apoio estatal.
Basta observar com as gerações jovens da Espanha, viciadas pelo socialismo populista, que não suportariam viver sem seus régios benefícios, às custas do sangue de todos os espanhóis. Os socialistas costumam atolar seus países em dívidas públicas, pela incapacidade gerencial, pela incapacidade de gerar riqueza. Não usem a China como exemplo!, trabalho quase escravo, sem direito de greve, sem liberdade de expressão, sem qualquer respeito ao meio ambiente.
Ratinho fora dos limites
As notícias sobre o programa de TV do Ratinho, no SBT, indicam que tanto o apresentador como Lula ultrapassaram os limites do bom senso e infringiram a Lei Eleitoral.
Diante disso a imprensa divulga que o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), classificou de "antidemocrática" a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que não pode "deixar que um tucano volte a governar" o Brasil. "Primeiro é uma demonstração antidemocrática. Segundo, de profunda arrogância. Terceiro, de total desequilíbrio", disse deputado, em entrevista à Rádio Estadão ESPN, hoje de manhã. Sonia Racy (Estadão) informa que o PSDB vai recorrer à Justiça Eleitoral para que o caso seja verificado.
Espero que a Justiça Eleitoral paulista ainda esteja funcionando em nome do respeito à Lei, ao bem geral, e não tolhida por interesses seletivos.
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