A ÚLTIMA VIAGEM DE BRUNA PARA O RECIFE |
A vida é alimentada a sonhos; às
vezes ela é tomada por um pesadelo. O mar fascina, o mar verde e cristalino de
muitas praias do nordeste; o mar escuro e profundo da Praia de Boa Viagem, no
Recife. O ser humano teme o desconhecido, mas é atraído pelo mistério das águas.
É como se recebesse uma injeção de adrenalina que, ao mesmo tempo em que nos alerta sobre o perigo, impulsiona para a frente, em busca da aventura. Nunca alguém pensa que poderá ser a próxima vítima.
É como se recebesse uma injeção de adrenalina que, ao mesmo tempo em que nos alerta sobre o perigo, impulsiona para a frente, em busca da aventura. Nunca alguém pensa que poderá ser a próxima vítima.
Por 30 quilômetros que abrangem a
área da Praia de Boa Viagem, no Recife, há muitas e muitas placas sobre o
perigo de tubarões. Quase trinta pessoas já morreram atacadas pelos grandes e
temidos tubarões.
Há também muitos bombeiros salva-vidas alertando os banhistas ousados e alertando os pais sobre os cuidados a tomar com os filhos. Alguns levam a sério as advertências, outros esquecem logo e voltam à água mais profunda, expondo-se a um tremendo risco.
É um tipo de loteria. Quem sabe quem poderá ser a próxima vítima? Ninguém acredita que poderá ser a sua vez. O professor checo Ivan Bystrina diz que a Cultura é formada por raízes ancestrais, que provocam o nosso imaginário. As preocupações com a morte, os sonhos, os jogos (sorte, azar, imitação, vertigem, de competição), estados alterados de consciência (êxtases, drogas, álcool) são parte das raízes que tecem a Cultura ao longo dos milênios.
Há também muitos bombeiros salva-vidas alertando os banhistas ousados e alertando os pais sobre os cuidados a tomar com os filhos. Alguns levam a sério as advertências, outros esquecem logo e voltam à água mais profunda, expondo-se a um tremendo risco.
É um tipo de loteria. Quem sabe quem poderá ser a próxima vítima? Ninguém acredita que poderá ser a sua vez. O professor checo Ivan Bystrina diz que a Cultura é formada por raízes ancestrais, que provocam o nosso imaginário. As preocupações com a morte, os sonhos, os jogos (sorte, azar, imitação, vertigem, de competição), estados alterados de consciência (êxtases, drogas, álcool) são parte das raízes que tecem a Cultura ao longo dos milênios.
Quem entra em um mar infestado por
tubarões, apesar de placas e avisos, ou é ingênuo ou incauto; alguns contam com
a sorte. Quantas vezes não escapamos da morte por “um milímetro”, dizemos. Assim
é a vida. Ninguém sabe a própria hora de partir. Por isso vivemos, buscamos o
prazer a e alegria, esquecendo-nos de certos cuidados.
Na verdade, diriam os fatalistas que mesmo os cuidados excessivos de nada adiantariam, uma vez que tenha chegado a nossa hora.
Bruna Silva Gobbi, paulista, não visitava os parentes no Recife há dez anos. Muito tempo acumulado. Isso significa uma represa de emoções. Com quatro primos foi à Praia de Boa Viagem.
Naquele dia, 22 de julho, um dia claro com centenas de banhistas na praia, havia uma forte ressaca (tempo de Lua cheia), e as águas do mar aberto invadem e enchem as tranqüilas lagoas que existem entre a areia da praia e os arrecifes, onde as crianças costumam brincar.
Na verdade, diriam os fatalistas que mesmo os cuidados excessivos de nada adiantariam, uma vez que tenha chegado a nossa hora.
Bruna Silva Gobbi, paulista, não visitava os parentes no Recife há dez anos. Muito tempo acumulado. Isso significa uma represa de emoções. Com quatro primos foi à Praia de Boa Viagem.
Naquele dia, 22 de julho, um dia claro com centenas de banhistas na praia, havia uma forte ressaca (tempo de Lua cheia), e as águas do mar aberto invadem e enchem as tranqüilas lagoas que existem entre a areia da praia e os arrecifes, onde as crianças costumam brincar.
O MOMENTO DO ATAQUE A BRUNA |
Nas ressacas aumenta o risco de
ataques de tubarão, porque alguns podem aproveitar a maré alta da ressaca e
entrar nas lagoas onde estão banhistas. Um tubarão é capaz de nadar com
desenvoltura se houver perto de um metro de profundidade!
O SANGUE APÓS O ATAQUE |
Mas pelas imagens é possível ver
que Bruna estava fora das lagoas, estavam além dos arrecifes, cerca de 30 ou 50
metros da areia. Ali, em mar aberto, com a ressaca existem correntes que podem
levar as pessoas para o fundo.
MENSAGEM AO NAMORADO, PELO CELULAR |
Bruna estava com uma prima nessa
área, quando começou a ser levada pelas águas. Ela começou a gritar, não por conta
de ataque de um tubarão, mas porque estava, segundo um bombeiro, em área mais profunda, com cerca de 2,5
metros de profundidade, e não sabia nadar.
Os bombeiro foram alertados e dois foram pela água, nadando, até ela e a prima. A prima foi resgatada por um bombeiro em um Jet-ski. Nesse momento, em águas mais profundas, é que Bruna Giobbi foi atacada pelo tubarão.
Ela foi resgatada, mas o ferimento em sua perna esquerda foi brutal. A dentada da fera arrancou tudo do joelho esquerdo até o pé, deixando apenas os ossos. Quando ela sai carregada da água, é possível notar seu pé balançando preso pelos ligamentos, ao que restou.
Bruna foi atendida rapidamente, sofreu três paradas cardíacas, estava em choque, e teve uma imensa hemorragia. À noite foi anunciada a sua morte.
Bruna Silva Giobbi, 18 anos, viajou de avião de São Paulo a Recife, entrou como turista no reino de Netuno, saiu despedaçada do mar, foi atendida no Hospital da Restauração, e sua última viagem foi ao cemitério de Escada, em Pernambuco.
Se ela soubesse disso, certamente nunca teria avançado tanto mar adentro; mas quem é que conhece o próximo segundo? Quem sabe da própria sorte, ou azar?
Os bombeiro foram alertados e dois foram pela água, nadando, até ela e a prima. A prima foi resgatada por um bombeiro em um Jet-ski. Nesse momento, em águas mais profundas, é que Bruna Giobbi foi atacada pelo tubarão.
Ela foi resgatada, mas o ferimento em sua perna esquerda foi brutal. A dentada da fera arrancou tudo do joelho esquerdo até o pé, deixando apenas os ossos. Quando ela sai carregada da água, é possível notar seu pé balançando preso pelos ligamentos, ao que restou.
Bruna foi atendida rapidamente, sofreu três paradas cardíacas, estava em choque, e teve uma imensa hemorragia. À noite foi anunciada a sua morte.
Bruna Silva Giobbi, 18 anos, viajou de avião de São Paulo a Recife, entrou como turista no reino de Netuno, saiu despedaçada do mar, foi atendida no Hospital da Restauração, e sua última viagem foi ao cemitério de Escada, em Pernambuco.
Se ela soubesse disso, certamente nunca teria avançado tanto mar adentro; mas quem é que conhece o próximo segundo? Quem sabe da própria sorte, ou azar?
RIP Bruna Gobbi
ATAQUE A BRUNA
MÃE DE BRUNA FALA
BOMBEIRO AVISA PAI DE MENINO, CINCO MINUTOS ANTES DO ATAQUE A BRUNA
HOMEM FALA DE BOMBEIROS
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