(ACRESCIDO NO DIA 03 DE SETEMBRO:
A polícia divulgou hoje (3) laudo que mostra que Marcelo distendeu a mão esquerda ao usar a arma de sua mãe, uma pistola calibre 40, usada para matar seus familiares e no suicídio. O cano da pistola tinha cabelos de Marcelo chamuscados grudados e os cabelos na cabeça dele também estavam chamuscados, sinal de de que ele deu um tiro na própria cabeça.)
A polícia divulgou hoje (3) laudo que mostra que Marcelo distendeu a mão esquerda ao usar a arma de sua mãe, uma pistola calibre 40, usada para matar seus familiares e no suicídio. O cano da pistola tinha cabelos de Marcelo chamuscados grudados e os cabelos na cabeça dele também estavam chamuscados, sinal de de que ele deu um tiro na própria cabeça.)
MARCELO MORREU COM 13 ANOS |
Não discuto se o ser humano é ou não uma criação divina. Creio que
seja. Mas não duvido nem um pouco de que
Deus, ao nos colocar no mundo, tenha pensado:
“agora é por sua conta”.
Quanto mais leio comentários escritos por leitores nos sites de notícias mais admirado fico sobre
como as pessoas reagem emocionalmente, sem pensar, querendo que a realidade
seja aquilo que elas querem que seja. Mas não é, meus amigos. Se chover e vocês
ficarem lá fora ficarão molhados, e não
poderão dizer que é suor.
Também me espanta a absoluta incapacidade demonstrada pela
imprensa, inclusive jornalistas experientes, que parecem haver perdido a
capacidade de organizar os dados no tempo, os depoimentos de testemunhas, as
evidências e sinais mais óbvios. Até parte da imprensa parece alimentar a
ilusão, ou pior, o desejo de que a história seja uma trama sórdida envolvendo
outros policiais ou bandidos, ou policiais bandidos.
Também pergunto, mas por que?
Arrisco uma resposta, para mim muito clara, mas que parece
não ser assim para milhares de pessoas:
pessoas podem cometer loucuras, pessoas podem ser más e perversas, pessoas
podem ser dissimuladas. Poderia ir além, invocando a lenda alemã sobre o Doutor Johannes Georg Faust, o homem que fez
um pacto com Mefistófeles para obter conhecimento. A famosa lenda sobre Fausto
e o pacto com o Diabo.
MASSACRE DE AMITYVILLE (1974). RONALD JR., EMBAIXO, MATOU A FAMÍLIA, ACIMA. ELE ACHAVA ESTAR POSSUÍDO |
O Uol está fazendo uma enquete para saber se as pessoas
acham que o garoto Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini
, de 13 anos de idade, matou ou não quatro parentes a tiros e depois se suicidou.
Até o momento 76,18% acreditam que não, e 23,82% acreditam
que sim.
Ocorre que muita gente confunde aquilo em que acreditamos
com a verdade dos fatos. Se 100% das
pessoas achassem que Marcelo não matou, isso nada poderia contra a verdade se
for provado que ele foi o autor de tal barbaridade. Se alguém sai na chuva e
volta molhado, não adianta fantasiar ou mentir que aquilo é suor!
E eu já escrevi sobre
o que penso: foi ele.
Ao menos, juntando os cacos das narrativas e versões de que
podemos dispor, podemos montar um quadro com a razoável certeza de que foi ele o autor das mortes. Há
muitas indicações, muitos sinais. Acontece que muitos não sabem ler sinais, não
querem lê-lo, têm impressões subjetivas firmadas, têm crenças, têm interpretações
equivocadas.
Eu jamais atribuiria o ato de Marcelo a Deus, dizendo, de
modo conformado: “Foi Deus que quis assim”.
Mas poderia muito bem dizer “Isso foi uma coisa diabólica”.
Creio firmemente que o Mal existe, e que podemos ser seus instrumentos. Milhões
de casos, histórias, ao longo do tempo provam isso. Deus não é o guardião dos
nossos atos, mas o diabo, sim, nos atenta. A nossa luta é contra o Mal, contra o pecado.
Temos notícias horríveis sobre crimes medonhos cometidos por
crianças.
LUIZ, ANDRÉIA E MARCELO |
INDÍCIOS QUE APONTAM PARA MARCELO
Um conjunto de argumentos estranhos que, somados, indicam algo a favor da tese de que Marcelo
matou aquelas pessoas: pesquisou sobre
como dopar pessoas e fazê-las dormir
profundamente; disse a um amigo que
pensava em matar os pais e tornar-se assassino profissional; perguntou à professora
se ela já havia feito mal a seus pais (dela); mantinha uma página no Facebook
com uma identidade visual referente a personagem do violento jogo Assassin´s
Creed; postou em dezembro passado, na sua página, uma imagem referente ao massacre de
Amityville, uma chacina familiar cometida pelo filho mais velho, que matou o
pai, a mãe e mais quatro irmãos, na madrugada de 13 de novembro de 1974.
O menino sabia atirar e dirigir.
As pessoas não querem perceber esses sinais como um facho de
luz que ilumina no palco sombrio um personagem desconhecido até então: o garoto
Marcelo. As pessoas não querem
reconhecer, em Marcelo, a natureza humana. Elas não querem ver em Marcelo,
aquilo que elas mesmas seriam, talvez, capazes de fazer, em alguma circunstância
especial.
A nossa sociedade há décadas desaprendeu sobre a natureza
humana e aprendeu um monte de bobagens, de verniz sociológico, que coloca a
culpa de tudo no coletivo, no abstrato, na própria sociedade, como se as
pessoas fossem anjos, ou não pudessem ser doentes, ou não pudessem ser más.
Essa foi a praga, a herança que nos deixou Jean-Jacques
Rousseau.
LAUDOS PERICIAIS
A velocidade típica dos meios de comunicação modernos provoca
muitos problemas na cobertura de casos tão dramáticos como o da família
Pesseghini. O tempo todo TV e sites querem atualizar os dados, as informações;
e isso é impossível, o que causa grande turbulência.
A polícia tem um prazo de algumas semanas para terminar as
investigações e os laudos técnicos periciais. Nada disso está pronto.
No entanto, já li bobagens sobre que o sargento Pesseghini
morreu 18 horas (!) antes dos outros membros da família. E os que não haviam morrido
estavam aonde e fazendo o que? Também li que a esposa dele, a cabo Andréia,
teria sido morta de 12 a 18 horas depois dele. O que me admira é que
jornalistas publiquem tais abobrinhas. Ninguém parece parar e pensar: bem, se
ele morreu entre meia noite e 1 hora, com um tiro, onde esteve ela nas 12 ou 18
horas seguintes?
Isso é completo absurdo, pois na segunda-feira, quando nem o
sargento e nem a cabo apareceram em seus locais de trabalho, colegas policias
foram até a casa e pularam o muro diante do silêncio e da falta de respostas
dos moradores da casa. Aí descobriram os corpos .todos, inclusive o do menino,
que havia saído de casa logo após a 1 hora da madrugada e voltado, de carona,
com um pai de um colega seu, após o fim das aulas do turno da manhã, o que
daria cerca de umas dez ou doze horas entre a morte dos familiares e a do
menino.
Os laudos indicarão os trajetos e os ângulos dos tiros; a
distância dos mesmos, há exames de DNA, exames para verificar restos de pólvora
queimada, exames nos computadores e celulares, para verificar ligações e temas
acessados. Além disso, os laudos deverão
indicar se os mortos tomaram alguma coisa que os fez dormir.
Sabe-se que o primeiro a morrer foi o sargento, com um tiro
na cabeça. Talvez a mãe do garoto tenha escutado, o estampido mas, muito
sonolenta, não tenha percebido exatamente o que estava ocorrendo. Ela estava com
a parte inferior do corpo fora do colchão, que estava no chão da sala, com o
tronco caído de frente, em direção ao marido. Ela pode, até, haver tentado um esboço de reação,
mas tomou um tiro na nuca.
Imagino que Marcelo, ao voltar da escola, ao entrar em casa,
caiu em si e, chocado, com a cena, atirou em sua própria cabeça, caindo morto
sobre o colchão, ao lado de seus pais.
Não acho que o menino tenha feito algum pacto com o diabo;
acho que ele tinha sérios problemas internos, de natureza psicológica ou
psiquiátrica, e também talvez fosse perturbado por saber que a sua doença
poderia mata-lo a qualquer momento.
O pai e a mãe sabiam que ele poderia morrer criança, até aos
quatro anos de idade. Chegou aos treze, pela dedicação e amor deles. Poderia
viver ainda mais.
Mas uma criança saber que poderá morrer a qualquer momento,
e ele sabia disso, deve ser algo muito, mas muito perturbador. No entanto, nada
explica porque ele matou quatro pessoas que o amavam.
Não foi culpa da TV, nem dos jogos eletrônicos, nem dos
computadores.
Essa resposta, se ele não deixou um bilhete, à moda dos
suicidas, ele carregou na caixa preta de sua alma, ou de sua mente para a eternidade.
Decifrar esse mistério que é o ser humano os cientistas não conseguiram ainda; e nem conseguirão tão cedo.
Decifrar esse mistério que é o ser humano os cientistas não conseguiram ainda; e nem conseguirão tão cedo.
AS INVESTIGAÇÕES
AMITYVILLE
- DOCUMENTÁRIO
LEIA MAIS NESTE BLOG SOBRE O CASO DA FAMÍLIA PESSEGHINI
http://laudaamassada.blogspot.com.br/2013/08/a-tragedia-da-vila-brasilandia-e-as.html
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