ROGER PINTO MOLINA |
Nada sei sobre Roger Molina, apenas que é opositor a Evo
Morales. Mas já sabemos bastantes sobre Morales e suas trapalhadas no governo
boliviano. Se a Bolívia tivesse um regime decente e honesto, diria, que Molina
seja julgado pelos seus crimes, ou inocentado.
Mas um país que, sob as ordens do cocalero Morales, invadiu
militarmente duas refinarias brasileiras e as tomou na mão-grande, quase como
um presente do governo petista de Lula, não me cheira bem. Não trato aqui do
povo boliviano, boas pessoas como qualquer povo. Trato do regime comunista
bolivariano indígena implantado na Bolívia, sob os auspícios do Foro de São
Paulo.
Assim, considero que Molina, até que se prove o contrário, é
um perseguido político que sobreviveu até agora porque estava de certa forma
protegido na embaixada brasileira de La
Paz, por outro lado, conforme possamos encarar o caso, preso
pelo Brasil em uma saleta, o que, para Morales era um favor, pois havia
retirado um opositor das ruas. Na Bolívia, como em muitas ditaduras da América
parece que opositor bom é opositor preso, ou morto.
Exatamente o mesmo caso ocorreu com o oposicionista
Alejandro Peña Esclusa, perseguido pelo ora múmia Hugo Chávez e preso por conta
de crimes fantasiosos inventados pelo Chapolin de Caracas para poder o opositor
na cadeia. Para saberem:Esclusa foi preso acusado de manter explosivos
perigosos guardados no quarto de seus próprios filhos!
No caso do senador Molina, temo, pelo que tenho lido, que seja devolvido à Bolívia para continuar preso por se opor a Morales.
Leiam agora o excelente relato de Júlio Severo sobre a
perseguição a Molina na Bolívia.
Julio Severo
28 Agosto 2013
O PT sabe proteger seus cúmplices
e terroristas. Mas faz cara feia para qualquer cristão que ousar ouvir a voz de
Deus e pedir asilo depois de fazer oposição a um governo comunista.
Católicos e evangélicos, orem por
Saboia e Molina, pois Evo Morales e Dilma Rousseff, que estão com cara feia
nesse caso, e com certeza têm intenções feias para o senador perseguido e para
o católico que ouviu a voz de Deus.
Autoridades comunistas da Bolívia
e Brasil estão com cara feia pelo fato de que um senador evangélico saiu da
embaixada do Brasil na Bolívia não para se entregar aos perseguidores, mas para
ser levado para refúgio no Brasil do PT.
A presidente Dilma Rousseuff
adora fazer propaganda de ter um governo defensor de direitos humanos — mas
debaixo desse rótulo a defesa segue uma direção apenas de defesa à ideologia
que ela ama.
O senador boliviano Roger Pinto
Molina havia pedido asilo à Embaixada do Brasil na Bolívia em 2012,
permanecendo num quartinho trancado, com muitas restrições, literalmente como
se fosse um criminoso. O diplomata Eduardo Saboia, responsável pela Embaixada
do Brasil, estava incomodado com o que o boliviano estava sofrendo: “O senador
estava havia 452 dias sem tomar sol, sem receber visitas. Eu me sentia como se
fosse o carcereiro dele… O asilado típico fica na residência [do embaixador],
mas ele estava confinado numa sala de telex, vigiado 24 horas por fuzileiros
navais.”
O senador estava também com
sérios problemas de saúde, mas não podia sair da embaixada para se consultar
numa clínica médica, sob risco de ser preso pelo governo comunista boliviano.
Roger Pinto Molina é um líder
político batista conservador e é considerado a principal oposição ao comunista
Evo Morales, presidente da Bolívia. Depois de denunciar escândalos do governo
de Evo, Molina passou a ser perseguido, em seguida buscando refúgio na
Embaixada do Brasil, que acabou se tornando uma prisão “informal” para ele.
O tratamento dado a ele contrasta
com os privilégios que o governo do Brasil deu a Manuel Zelaya, político
socialista de Honduras que foi exilado depois de tentar dar um golpe e derrubar
o governo em 2009. Nesse caso, o governo brasileiro sob Lula participou de um
esquema para trazer Zelaya do exterior e levá-lo escondido diretamente à
Embaixada do Brasil em Honduras.
Na Embaixada, Zelaya gozou muitas
regalias, amplo espaço e facilidades, inclusive fazendo discursos políticos,
afrontando a honra de Honduras, sem que as autoridades hondurenhas nada
pudessem fazer, pois Zelaya provocava as autoridades hondurenhas de dentro da
embaixada, que é território protegido.
O embaixador brasileiro não foi
punido por transformar a embaixada em palanque político, quartel-general e
hotel de luxo para um vigarista comunista.
O azar do senador boliviano é não
ser terrorista nem comunista.
EDUARDO SABOIA (VEJA) |
Sua sorte foi que Eduardo Saboia
é católico e não se conformou com a injustiça do governo de Dilma Rousseff.
Saboia disse que o governo do PT não tinha nenhuma intenção de ajudar o senador
evangélico preso na embaixada. Ele disse: “Tenho os e-mails das pessoas,
dizendo ‘olha, a gente sabe que é um faz de conta, eles fingem que estão
negociando (a saída do senador da embaixada) e a gente finge que acredita.’”
Em entrevistas aos jornais do
Brasil, Saboia chorou ao dizer que “ouviu a voz de Deus” para tirar Molina da
embaixada.
Ele contou detalhes da tensa
viagem de La Paz
até a fronteira com o Brasil. Molina passou muito mal, vomitou e todos
começaram a rezar quando a gasolina do carro estava quase acabando. Saboia
conta: “Foram 22 horas, 1.600 quilômetros. Pegamos névoa, gelo, frio. Saímos de
4.600 metros [de altitude] até 400 metros. Não paramos para nada, foi tudo
direto. Só tinha umas nozes e umas bananas para comer, mais nada..”
Não puderam parar em nenhum
banheiro nem lanchonete, para evitar riscos do governo comunista boliviano.
“Na reta final, fomos ficando sem
gasolina e aí começamos a, literalmente, rezar. Eu, católico, e o senador,
evangélico. Peguei a Bíblia, abri nos Salmos e li. Foi o milagre da
multiplicação da gasolina,” disse Saboia.
Como a maioria dos brasileiros
emburrecidos, Saboia também votou em Dilma para presidente. Mas emburrecimento
tem limite quando entra em choque violento com valores cristãos e éticos, e ele
viu que o tratamento dado ao senador boliviano na embaixada violava os direitos
humanos.
O esquema de empurrar com a
barriga o caso do senador até ele sair da embaixada não funcionou. Dilma está
de cara feia com a presença do senador evangélico no Brasil. Dilma está de cara
feia para Eduardo Saboia, pelo fato de que ele preferiu ouvir a voz de Deus a
ouvir as ordens do PT.
Saboia fez sua parte: trouxe um
refugiado ao Brasil dos brasileiros. Mas como em outras vezes, o PT de Dilma
mostrará que o Brasil é mais deles do que nosso.
Saboia está sendo punido. Seu
crime é não entender que a missão do governo do Brasil é acobertar Zelayas e
outros criminosos comunistas.
O senador evangélico não está a
salvo no Brasil do PT, que agora está torcendo a lei para dizer que a permanência
do boliviano no Brasil é ilegal. O governo do PT já está trabalhando nos
bastidores para dar um “final feliz” para alegrar a cara feia de Evo Morales e
Dilma.
O azar do senador boliviano é não
ser terrorista nem comunista.
Cesare Battisti, um terrorista
comunista condenado à prisão perpétua na Itália por assassinato, vive sossegado
no Brasil, asilado e protegido pelo PT desde 2010.
O PT sabe proteger seus cúmplices
e terroristas. Mas faz cara feia para qualquer cristão que ousar ouvir a voz de
Deus e pedir asilo depois de fazer oposição a um governo comunista.
Oposição a governos comunistas é
crime e quem fizer isso será tratado como criminoso, mesmo que peça asilo na
Embaixada do Brasil na Bolívia.
Graças a Deus o diplomata Eduardo
Saboia não aguentou continuar fazendo o jogo sujo do PT, que propositadamente
dificultou a presença do senador na embaixada a fim de que ele
“voluntariamente” escolhesse sair. Saboia colocou a vida e a saúde de um
evangélico perseguido acima da ideologia maligna do PT. Saboia colocou sua
carreira diplomática em risco para salvar uma vida das artimanhas de Evo e do
PT.
Católicos e evangélicos, orem por
Saboia e Molina, pois Evo Morales e Dilma Rousseff, que estão com cara feia
nesse caso, e com certeza têm intenções feias para o senador perseguido e para
o católico que ouviu a voz de Deus. O Deus que multiplicou a gasolina da fuga
pode jogar gasolina e fogo nas más intenções dos comunistas que governam a
Bolívia e o Brasil.
Com informações da Folha de S.
Paulo.
IMAGEM MOLINA:
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA
SEM MÁSCARA:
UM CASO PARECIDO COM O DE MOLINA, NA VENEZUELA CHAVISTA
Entrevista com Alejandro Peña
Esclusa
Revista Atenea
08 Agosto 2011
APEsclusa Nota da tradutora:
No dia 19 de julho passado a
Justiça outorgou uma medida cautelar permitindo a liberdade condicional de
Alejandro Peña Esclusa, embora ele estivesse preso ilegalmente há um ano sem
ainda ter sido julgado. No dia 25 de julho ele concedeu essa entrevista, pois
as únicas exigências feitas pelo Tribunal na ocasião da soltura, foram que ele
teria que se apresentar mensalmente diante do juiz, apresentar boletins médicos
sobre seu estado de saúde, que não se ausentasse do país sem autorização da
justiça e, ainda assim, só se fosse para tratamento de saúde no exterior, e que
não comentasse sobre seu processo. Esta entrevista, entretanto, só agora foi
publicada.
É importante esclarecer este fato
para que não pareça que ele infringiu a lei, porque no dia 02 de agosto o mesmo
tribunal que outorgou sua liberdade para tratar da saúde, emitiu novas ordens
proibindo-o de manifestar-se publicamente por escrito em qualquer meio de
comunicação, ou dar entrevistas de qualquer natureza. Neste artigo pode-se
conhecer melhor a respeito, embora os motivos para tal censura não tenham sido
revelados. A meu ver, a “mordaça” imposta a Peña Esclusa apenas confirma o
caráter autoritário e impiedoso de Chávez (e não uma solidariedade a seu estado
de saúde), após declarações de Alejandro chamando-o a uma “reconciliação
nacional”. Chávez não admite dividir nem partilhar nada com a oposição, daí
mostrar sua verdadeira face diante desta proposta.
***
Recém-libertado pelo regime
venezuelano, por razões “humanitárias”, Alejandro Peña Esclusa foi um dos
emblemas na luta contra a ditadura que Hugo Chávez, o máximo líder bolivariano,
encarna. Escritor, organizador do grupo político Fuerza Solidaria e
ex-candidato presidencial, Peña Esclusa aborda nesta entrevista a grave
situação que seu país padece, e advoga por um grande acordo nacional para sair
da mesma.
Revista Atenea: Qual o balanço
que você faz deste ano de reclusão forçada, após ser detido pelo regime de Hugo
Chávez?
Alejandro Penã Esclusa: Estou
orgulhoso de que podendo sair do país, evitando meu encarceramento porque tive
muitas ofertas para sair da Venezuela através de amigos muito valiosos, fiquei
na Venezuela e enfrentei a prisão. Há muitas formas de resistência, de luta,
inclusive o exílio, mas eu considerei que minha obrigação era ir para a prisão
e demonstrei meu compromisso com a Venezuela, como ativista político. Me
sacrifiquei pela Venezuela e creio que valeu a pena este sacrifício. Depois,
considero que foi uma experiência muito enriquecedora que me serviu para
crescer, amadurecer, estudar e meditar. Creio que para um dirigente político
esta é uma parte de sua carreira. Cada um deve saber quais são suas obrigações.
E um político, se for necessário, deve enfrentar o cárcere para defender suas
idéias. Sempre disse isso e me sinto muito satisfeito de ter podido fazer, de
ter podido cumprir com esse compromisso com meu povo, com a Venezuela.
Você está satisfeito com a reação
internacional ante seu caso?
A reação internacional foi
sensacional, quase sem precedentes. O Congresso do Paraguai, por exemplo,
pronunciou-se a favor do meu caso sem nenhum voto contra. Também no Chile, o
Congresso se manifestou a favor do meu caso e de minha libertação por 51 votos
contra 6, inclusive até gente da bancada socialista vinculada a Chávez votou a
favor da minha liberdade. Na Bolívia se observou uma reação parecida e 37
deputados, todos da oposição, se manifestaram a meu favor. Da mesma forma,
houve uma reação parecida no Parlamento Europeu e 23 euro-deputados se
manifestaram a favor da minha liberdade e condenaram meu encarceramento.
Escritores, acadêmicos, instituições de direitos humanos, pessoas
independentes, enfim, um público numeroso se manifestou e tomou partido em
favor do meu caso. Na Espanha, por exemplo, o partido Convergencia i Unión se
manifestou a favor da minha causa. A hierarquia da Igreja venezuelana e a Mesa
da Unidade da Venezuela, também se manifestaram a favor. Quase que poderia
dizer que todos os dias algum representante ou instituição se manifestava a
favor do meu caso, se interessava pelo mesmo.
Hoje se encontra uma Venezuela
muito distinta da que deixou antes de ser preso?
A oposição ganhou inclusive as
últimas eleições legislativas mas as mudanças na norma eleitoral feitas pelo
regime, permitiram-lhe manter a maioria no parlamento. Ganharam por maioria,
porém a oposição só conseguiu arranhar um terço das cadeiras, graças às
trapaças perpetradas pelo executivo chavista. Porém, o que constato agora é que
a crise do país é muito grave, em todos os sentidos e setores da vida, muito
profunda, e desde que saí da prisão o que tenho defendido é um grande pacto
nacional que favoreça a governabilidade. E defendo esta idéia porque neste
momento não acredito que a crise tão grave que o país atravessa possa ser
resolvida por um só candidato ou partido, senão que necessita do consenso de
amplos setores sociais e da ajuda de todos. A situação é tão grave que requer
um grande acordo de governo que vá além dos partidos e englobe também a
sociedade. É uma das mais graves crises da nossa história e tenho a impressão
de quem nem todos os setores estão atentos para a gravidade da mesma.
Entretanto, quando se observa os
canais e mídias oficiais parece que não está acontecendo nada no país. Você não
percebe assim?
Isso eles dizem da boca para fora
com fins propagandísticos, mas eu tenho a impressão de que nas altas esferas do
governo há sim uma preocupação com relação à situação que vivemos. Eles estão
preocupados e nervosos porque sabem que os problemas que têm diante de si
ultrapassam suas próprias capacidades. Temos os indicadores de inflação mais
altos da América Latina, Caracas é uma das cidades mais perigosas do mundo, a
insegurança disparou de uma forma alarmante, a produção na agricultura e na
criação de gado reduziram-se drasticamente, um presidente enfermo que vai se
tratar em Cuba, uma crise na liderança do partido governante, a divisão interna
do chavismo. Tudo isso em meio de uma grave crise econômica internacional que
nos golpeia a todos. A situação é muito crítica e não se pode esconder.
O que você acha que pode
acontecer daqui até as eleições de 2012, se agravarão os problemas?
Sim, claro, vai-se agravar e a
crise vai se tornar mais evidente. E por isso não acredito que as eleições
sejam suficientes para superar a crise; estamos em um barco frágil que navega
em águas turbulentas e necessitamos do consenso de todos para não naufragar e
salvar a nave. As eleições não resolverão os graves problemas da Venezuela,
como tampouco acredito que uma lista única da oposição seja a solução para a
crise. Acredito que temos que ir além, em uma aliança de todos os setores
políticos e sociais que sejam capazes de trabalhar por um projeto de nação a
longo prazo, talvez de até quarenta anos. Precisa-se procurar um acordo geral
amplo, em que todos participem, capaz de satisfazer as demandas e os problemas
de todos os venezuelanos, com respostas aos muitos desafios que temos agora
sobre a mesa. E que o presidente eleito para liderar esse projeto seja um mero
gerente do projeto aceito por todos os partidos e setores sociais, alguém que
concite o consenso e seja capaz de conduzir a nave.
Não parece que o chavismo esteja
nessa linha, senão que pretendem seguir governando o país até 2031, como o
próprio Chávez disse?
Isso é em teoria, mas a
realidade, muitas vezes, faz com que as teorias se derrubem. Todo mundo tem
muitos projetos e idéias, porém, a realidade acaba se impondo e é quem acaba
condicionando a agenda finalmente, por mais que alguns se empenhem em defender
suas teorias. Acredito que este governo vai se chocar com a realidade e eles
vão ter que resolver, de uma vez por todas, os problemas dos cidadãos. Há um
colapso total no país, inclusive das infra-estruturas, nada funciona e os
serviços são um caos. Essa é a realidade e alguém terá que assumi-la.
Você acredita que Chávez acabará
assumindo o que diz, esse estado caótico da situação e o colapso total de um
país?
Isso não depende de sua vontade,
a realidade supera as vontade dos homens. Ele terá desejos de fazer outras
coisas, mas a realidade se impõe. Depois, ninguém o questiona, o que é pior,
porque deveria haver gente dentro do governo que dissesse a Chávez o que
realmente está acontecendo. Que lhe contem a verdade e que digam também ao
país. Tratar de impor o “socialismo do século XXI” nas atuais circunstâncias é
pura fantasia, está totalmente fora da realidade. Uma voz sensata dentro do
governo deve dizer a Chávez o que está ocorrendo e procurar uma ponte, uma
aproximação com outros setores sociais. Eles necessitam de ajuda porque os
problemas são muito graves e muito profundos, e não creio que eles sejam
capazes de resolvê-los por si sós.
Você acredita que Chávez não está
a par do caos que o país padece?
Realmente não sei, pois não falei
com ele, mas me parece que ele teria que dizer as coisas para a sociedade e não
continuar mentindo acerca dos problemas reais que este país padece neste
momento fatídico. Chávez não pode viver fora da realidade; isso é um erro.
Que movimentos políticos você
prevê, quais são suas prioridades?
Eu tenho três prioridades: a
primeira é enfrentar minha situação pessoal relativa à minha saúde, pois tenho
um câncer, e me aproximar de minha família após esse ano de prisão. Sem saúde
não há trabalho político que se possa desenvolver. A segunda prioridade é gerar
um movimento político pela libertação de todos os presos políticos que há nos
cárceres venezuelanos e que permita também a volta dos exilados. Creio que este
assunto é vital para conseguir a reconciliação e um diálogo entre o governo e a
oposição. E, em terceiro lugar, vou promover um grande acordo nacional de
reconciliação e reunificação que possa guiar o país neste momento em que
vivemos uma grave crise em todos os níveis e o que se avizinha, que pode ser
mais ainda mais profundo. Porém, bem, eu já disse que o primeiro é minha saúde;
sem ela não há política.
Você vai continuar com seu
projeto de UnoAmérica?
Creio que meu encarceramento
obrigou a UnoAmérica a trabalhar sem a minha presença e a trabalhar com outras
organizações muito ativas e interessantes do continente. Creio que essa é a
parte positiva deste ano. UnoAmérica não é só uma organização, mas uma idéia e
um projeto a favor das liberdades, da democracia e dos direitos humanos.
Acredito que UnoAmérica, como conceito, cresceu muito no último ano e é a
organização pioneira na defesa desse conceito da defesa da liberdade e da
democracia.
Se não conseguir levar adiante
seu projeto de um grande acordo nacional, o que faria?
O importante, penso, é o
diagnóstico da realidade venezuelana e a profunda crise que o país vive. E
quando nos encontramos com esta situação tão crítica, a única saída - continuo
pensando - é um grande acordo nacional e um consenso amplo para seguir adiante.
As eleições, inclusive embora tenha as primárias dentro da oposição, não vão
resolver os graves problemas que este país tem. Os problemas se agravarão e
estourarão de uma forma mais virulenta em um curto tempo. Acredito que os
venezuelanos temos que assumir a gravidade da crise que vivemos. Sem assumir
esta proposição, não se caminhará na resolução dos desafios que temos como
país. A crise de governabilidade que a Venezuela tem passa por um grande acordo
nacional, e também por um presidente com um papel de gerência aceito mediante
consenso e que concite o apoio majoritário de todo o país.
Publicado na Revista Atenea
Tradução: Graça Salgueiro
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA
SEM MÁSCARA:
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