(ACRESCIDO NO DIA 03 DE SETEMBRO:
A polícia divulgou hoje (3) laudo que mostra que Marcelo distendeu a mão esquerda ao usar a arma de sua mãe, uma pistola calibre 40, usada para matar seus familiares e no suicídio. O cano da pistola tinha cabelos de Marcelo chamuscados grudados e os cabelos na cabeça dele também estavam chamuscados, sinal de de que ele deu um tiro na própria cabeça.)
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A história real sobre a chacina da Vila Brasilândia, que se desenha a cada dia que avançam as investigações policiais sobre as cinco mortes, fica mais e mais alucinante e surrealista.
Paralelamente, à medida que mais sinais apontam para Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos de idade, como sendo o autor dos crimes, mais surgem movimentos questionando a investigação, e querendo inocentar o menino, como se isso pudesse ser feito por votação, por exemplo.
Há um grupo reunido no Facebook que pretende fazer uma manifestação pela inocência de Marcelo. Podemos protestar ou reivindicar muitas coisas na democracia, mas não podemos fazer isso, no caso da família Pesseghini, sem acompanhar as informações sobre os depoimentos das pessoas que estiveram com ele.
Achar que há uma trama diabólica da PM ou de bandidos que controla toda a realidade para jogar a culpa em Marcelo chega a ser ridículo. Poderia ser um despiste? Claro.
Mas, com a passagem do tempo os professores fizeram depoimentos, colegas da escola fizeram depoimentos, parentes falaram e, vagarosamente vai surgindo um outro Marcelo, um pouco diferente daquele garotinho loiro de olhar meigo da fotografia em que ele aparece com o pai e a mãe.
As pessoas precisam ser menos infantis e aprender a lidar com a realidade e com os sinais emitidos pelas pessoas nas diversas situações.
Quanto mais leio sobre o assunto, mais admirado fico com a falta de capacidade de análise das pessoas. Parece que muita gente pensa que basta acreditar em uma coisa, por mais fantasiosa que seja, que ela se transformará em verdade.
No final da tarde de segunda-feira, dia cinco, a polícia descobriu que cinco pessoas de uma casa da rua Dom Sebastião, número 42, estavam mortas. A tiros. Uma bala na cabeça de cada uma. Foram encontrados os corpos do sargento PM da Rota, Luiz Pesseghini, sua esposa a cabo da PM Andréia Pesseghini, pais do menino Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de uma tia-avó e de sua avó.
Desde então, surgem sinais de que o autor das mortes foi o garoto, mas a polícia ainda não havia encontrado uma explicação, uma motivação para os crimes. Muitas vezes isso é deixado em uma carta, geralmente quando há suicídio. A polícia acredita que o menino matou a família na noite de domingo, ou no início da madrugada de segunda.
O suicídio teria acontecido final da manhã de segunda, ou no início da tarde do mesmo dia, quando ele voltou da escola.
Já escrevi alguns textos neste blog tratando do caso.
Realmente ele é impressionante; mas é impressionante também como as pessoas se recusam a, ao menos, aceitar a possibilidade de que o garoto possa mesmo ter mata seus parentes mais próximos.
O site R7 revela hoje (16) o que já dissemos há alguns dias aqui no blog:
Marcelo dizia uns quinze dias antes dos crimes aos colegas que pretendia matar seus pais para tornar-se um assassino profissional. Certamente tinha a intenção de matá-los; a segunda parte, embora possa revelar algo de sua mente, mais parece alucinação adolescente.
Uma vizinha disse à polícia que o menino usava uma arma de brinquedo para atirar em passarinhos e pessoas que passavam na rua, e uma vez apontou a arma do pai a todos os familiares presentes em sua casa.
Segundo depoimentos de professores e colegas, desde abril ele vinha mudando de comportamento, ficando mais retraído, quieto e estranho.
NOS ÚLTIMOS MESES MARCELO HAVIA MUDADO O COMPORTAMENTO. |
TEMPOS DIFERENTES
Creio que o que colabora para a confusão seja o fato de que o ritmo das investigações policiais, como é normal, é mais lento que o ritmo da cobertura jornalística. Além disso, o trabalho policial é sistemático, e o da imprensa, apesar de seus procedimentos técnicos, acaba publicando muitas versões, palpites, falsas informações que chegam aos repórteres. E tudo num ritmo de tempo real.
Desse modo,
além de outras razões, de natureza ideológica e filosófica, que já abordei em outros textos,
o trabalho da imprensa acaba atropelando o trabalho policial, criando uma
poeira, um barulho que só confundem a opinião pública.
A cada dia, a
polícia, que trabalha num ritmo mais lento, vai confirmando com o exame dos celulares
e conteúdos dos computadores da família Pesseghini e ouvindo testemunhas, quase
trinta, vai montando um quadro em que todos os sinais apontam para o menino,
por mais chocante que possa parecer.
Mas o passar
de tempo vai confirmando as impressões e indícios iniciais: o menino dopou a
família, matou os parentes, saiu pouco depois da 1 hora da manhã guiando o
carro de sua mãe em direção à escola em que estudava, acordou perto de seis e
trinta, assistiu às aulas, voltou para casa de carona e após entrar na residência
acabou com a própria vida.
Colegas dele
já confirmaram à polícia que ele falava em matar os pais e fugir para tornar-se
assassino profissional. Seu Facebook tinha
uma imagem postada em dezembro do ano passado referente a um massacre familiar
ocorrido em 1974 nos Estados Unidos; a sua identidade na rede era a de um
assassino do jogo Assassin´s Creed. A polícia descobriu no computador pesquisas
sobre como dopar pessoas, fazendo-as dormir profundamente.
O menino também
sabia dirigir e atirar.
Como todo mundo
o achava educado, tranquilo, bem comportado, parece que ficou difícil que
possam acreditar que ele poderia ser, também, um desconhecido, como escrevi no
último texto.
O ser humano
pode ser cheio de mistérios; tem uma caixa preta na alma, na mente, ou no
coração.
O JOGO MORTAL –
LEIA INFORMAÇÕES DOS SITES UOL E G1
(UOL) Quinta-feira,
15 de agosto de 2013 - 18h04
Brasilândia: Polícia diz que jovem de 13 anos
formou grupo de jogo que premiaria mortes de parentes .
Polícia civil
dá o primeiro passo para esclarecer a motivação do crime da Vila Brasilândia.
O jovem de 13
anos montou um grupo na escola chamado "Os mercenários", que
funcionaria de forma semelhante a um jogo. Segundo a polícia, ganharia mais
pontos quem atingisse mais pessoas da própria família.
Cinco pessoas
da mesma família foram encontradas mortas na madrugada do dia 4 e a manhã do
dia 5, na casa da família, na Brasilândia, zona norte de São Paulo.
Entre as
vítimas estão Luis Marcelo Pesseghini, 40, pai do menino, era sargento da Rota.
A mulher dele, Andreia, 36, era cabo do 18º Batalhão. As outras vítimas moravam
na casa nos fundos: a mãe e uma tia de Andreia, de 65 e 55 anos.
(G1)Nesta
quarta-feira (14), um amigo de Marcelo Pesseghini disse em depoimento que
recebeu um telefonema do garoto, horas antes do crime, avisando sobre os
assassinatos.
A polícia
começa, com os depoimentos, a traçar o perfil do adolescente. Colegas de escola
confirmaram que ele disse várias vezes que queria matar os pais, se tornar um
matador de aluguel e sair pelo mundo. Um deles contou que, no domingo à tarde,
horas antes do crime, Marcelo ligou e disse que iria colocar esse plano em
prática. O amigo não deu muita atenção e desligou. No dia seguinte, o garoto
soube o que aconteceu com a família Pesseghini.
Foram ouvidos
nesta quarta-feira no DHPP dois policiais militares, colegas do sargento da
Rota, uma aluna da escola onde o menino estudava e a mãe dela. Até agora, 28
pessoas prestaram depoimento no inquérito. A polícia espera receber na próxima
semana os laudos da perícia que vão ajudar a esclarecer o caso.
R7 – MARCELO CONVIDOU AMIGO PARA MATAR FAMÍLIA E FUGIR
OUÇA O
REPÓRTER DA BANDEIRANTES PEDRO CAMPOS EXPLICANDO O JOGO INVENTADO POR MARCELO
EDUARDO “OS MERCENÁRIOS”, PARA MATAR FAMILIARES. COPIE O LINK:
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