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sábado, 27 de outubro de 2012

MACONHA DEIXA, SIM, LELÉ DA CUCA. Para psiquiatra, entrevistado por Veja, maconha é a pior das drogas, pela destruição cerebral irreversível.




Os jovens gostam de fazer cara feia quando referem-se ao cigarro, de tabaco. No entanto, mesmo nesta geração que se diz saudável, pelo meio ambiente, ecológica, consciente, o álcool e a maconha não encontram tantos obstáculos, e reprovação.

A propaganda dos defensores da maconha é tão forte que adolescentes acreditam que fumar tabaco é que é perigoso (e é), mas que a maconha, uma droga divina, não oferece qualquer risco à saúde.

Mal sabem eles que, mais que problemas físicos, como o câncer, a maconha afeta ferozmente o funcionamento cerebral, trazendo conseqüências sérias do ponto de vista psicológico e gerando problemas psiquiátricos.

Este blog já publicou muitos textos, deste autor, e de especialistas, sobre o perigo das drogas e da maconha, especialmente. Mas, como afirma o psiquiatra Valentim Gentil Filho, na última edição de Veja, “Atualmente, pega mal ser contra a liberação da maconha”.

E ele afirma que, dado o perigo da maconha, “se fosse para escolher uma única droga a ser banida, seria a maconha”.

reportagem de Adriana Dias Lopes, que é capa da VEJA (edição 2293) desta semana:
 
(…)
 A razão básica pela qual a maconha agride com agudeza o cérebro tem raízes na evolução da espécie humana. Nem o álcool, nem a nicotina do tabaco; nem a cocaína, a heroína ou o crack; nenhuma outra droga encontra tantos receptores prontos para interagir com ela no cérebro como a cannabix.

Ela imita a ação de compostos naturalmente fabricados pelo organismo, os endocanabinoides. Essas substâncias são imprescindíveis na comunicação entre os neurônios, as sinapses. A maconha interfere caoticamente nas sinapses, levando ao comprometimento das funções cerebrais.

O mais assustador, dada a fama de inofensiva da maconha, é o fato de que, interrompido seu uso, o dano às sinapses permanece muito mais tempo — em muitos casos, para sempre, sobretudo quando o consumo crônico começa na adolescência. Em contraste, os efeitos diretos do álcool e da cocaína sobre o cérebro se dissipam poucos dias depois de interrompido o consumo.

Com 224 milhões de usuários em todo o mundo, a maconha é a droga ilícita universalmente mais popular. E seu uso vem crescendo — em 2007, a turma do cigarro de seda tinha metade desse tamanho. Cerca de 60% são adolescentes. Quanto mais precoce for o consumo, maior é o risco de comprometimento cerebral.

Dos 12 aos 23 anos, o cérebro está em pleno desenvolvimento. Em um processo conhecido como poda neural, o organismo faz uma triagem das conexões que devem ser eliminadas e das que devem ser mantidas para o resto da vida. A ação da maconha nessa fase de reformulação cerebral é caótica. Sinapses que deveriam se fortalecer tornam-se débeis. As que deveriam desaparecer ganham força”.
 (…)
  
A MACONHA E SEUS PROBLEMAS:

 – têm duas vezes mais risco de sofrer de depressão;
 – têm duas vezes mais risco de desenvolver distúrbio bipolar;
 – é 3,5 vezes maior a incidência de esquizofrenia;
 – o risco de transtornos de ansiedade é cinco vezes maior;
 – 60% dos usuários têm dificuldades com a memória recente;
 – 40% têm dificuldades de ler um texto longo;
 – 40% não conseguem planejar atividades de maneira eficiente e rápida;
 – têm oito pontos a menos nos testes de QI;
 – 35% ocupam cargos abaixo de sua capacidade.


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