Cuba é um paraíso perto do inferno da Coréia do Norte. A Coréia
do Norte é um paraíso perto do que foi o inferno da China de Mao nos anos 70.
Todos
eles inimagináveis para quem mora em países com pluralidade política e
liberdade de expressão, de imprensa e a garantia dos sagrados direitos de ir e vir
e de propriedade.
YOANI SÁNCHEZ: DOCE OPOSIÇÃO CONSENTIDA. |
É necessário lembrar isto para que se entenda o que
significa a prisão de Yoani Sánchez. Ela é uma figura polêmica. Os cubanos que
moram na ilha (a fazendinha privada da família Castro) mal a conhecem, posto
que não têm acesso a uma Internet livre.
Os cubanos que vivem no exílio, milhões
deles, não gostam muito dela, pois é vista como uma arma de propaganda do regime
comunista cubano para sinalizar que há liberdade de critica em Cuba.
Um bom paralelo, mas ainda bastante pálido, seria associar Yoani ao
antigo MDB dos tempos da ditadura militar. O MDB não era mais que uma oposição consentida.
Yoani, da mesma forma, somente pode publicar seu famoso blog “Geração Y” (Generación
Y) porque as autoridades fecham os olhos. Claro que se quisessem, ela não colocaria
mais seus textos na Internet.
Concordemos, então, Yoani vive em Cuba, Cuba é uma ditadura
super-vigilante, com milhares de espiões do governo em todas as quadras; sendo
assim, ela não daria um espirro sem que fosse anotado. Ela, de certa forma, é
mesmo interessante para o regime. Faz uma critica suave ao regime, tratando de
aspectos cotidianos, das carências que afetam a vida dos cubanos comuns.
Seus textos são bem escritos. Yoani é uma boa cronista do
cotidiano. Nada do que escreve afeta profundamente o regime. Ela não trata de
questões sistêmicas, nem defende posições antissocalistas. É uma oposição dócil,
portanto. É aquela critica que parece querer ajudar, não demolir.
Yoani não é uma revolucionária querendo o desmonte daquilo
que se chama revolução cubana. Na verdade aquela revolução de 1959 levou a um
regime altamente conservador, estratificado e totalitário, como sempre o faz o
velho Marx aplicado. Mas é interessante que, com todo o açúcar que ela usa para defender a revolução, ainda conseguimos perceber a mesmice e a pobreza geral em que vivem os cubanos. Não é de todo mal que exista. leitores mais espertos percebem extrair a real aspereza do regime cubano.
OSWALDO PAYÁ
"A blogueira pró-Estados Unidos Yoani Sánchez foi presa
na quinta-feira, 4, na cidade de Bayamo, para onde viajou na intenção de fazer
provocações e um show midiático no julgamento que aconteceria na sexta-feira",
disse uma publicação no blog do governista Fontana Yohandry.
Desse modo fica claro como o governo a utiliza para efeitos
de propaganda. Dentro do pais é uma pró-americana. Coisa que nunca transparece
em seus textos. Ela é socialista e nunca agride a revolução comunista. Critica carências.
No exterior é vista como grande dissidente, o que provaria a liberdade de expressão
em Cuba. Uma ilusão.
Fontana citou em seu post o jornalista García Ginarte, que
informou pelo twitter que Sánchez tinha previsto "ações que violam a lei
para impedir o julgamento. Segundo a agência Reuters, as autoridades locais não
confirmaram a informação e não foi possível localizar Sánchez ou familiares.
PAYÁ: MESMO UMA OPOSIÇÃO SUAVE PODE LEVAR À MORTE |
Oswaldo Payá, um dos mais conhecidos dissidentes cubanos, líder
do Movimento de Libertação Cristã, morreu no domingo, 22 de julho, em um
acidente rodoviário, disseram fontes governamentais e de oposição. O caso é
altamente suspeito e surgiram fortes indícios de que o carro em que se
encontrava Payá tenha sido empurrado para fora da estrada. Como se fosse para dar
um susto nele. Mas acabou com a sua morte, pois acidentes não podem ter seus
resultados controlados.
Payá, 60, viajava pela província de Granma (leste) quando o
carro em que ele estava saiu da estrada e atingiu uma árvore, disseram
autoridades à Reuters. Outro dissidente morreu no acidente, que também feriu um
espanhol e um sueco.
A blogueira Yoani Sánchez, que divulgou a notícia da morte
dele, disse que a morte foi confirmada pelo bispo de Granma, Carlos Amador. Outros
detalhes do acidente não foram divulgados, e a família de Payá não foi
imediatamente localizada para comentar.
Em 2002, Payá comandou a coleta de mais de 30 mil
assinaturas para uma proposta de reforma política que incluía a realização de
um referendo sobre o regime unipartidário cubano. O abaixo-assinado foi
rejeitado pelo governo, mas Payá emergiu como o principal defensor de mudanças
democráticas pacíficas no regime comunista.
Como se mudanças democráticas pacíficas fossem possíveis em
um regime comunista.
PS. Os interessados em saber como funciona, realmente, o
sistema comunista cubano e como é
o cotidiano em uma ditadura e seus cruel sistema prisional e de persecução
a quem pensa diferente duas sugestões:
1. “O Verdadeiro Che Guevara – e os idiotas úteis que o
idolatram”, do jornalista Humberto Fontova:
2. “Contra Toda a Esperança”, do poeta Armando Valladares,
que ficou 22 anos nas masmorras castristas pelo pecado de ser cristão:
IMAGENS DE:
YOANI SÁNCHEZ
OSWALDO PAYÁ
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