CAROLINE LEE, 15 ANOS |
Agora é assim, neste país patético, em que a vida humana
vale nada e a vontade dos bandidos dita as regras para os bons cidadãos.
Deuses, onipotentes, poderosos, devem
imaginar-se os pequenos marginais que roubam um carro e saem praticando
assaltos. Mas as autoridades acham tudo
normal, especialmente os apoiadores do desarmamento civil, e os ongueiros dos
direitos humanos que, agora, certamente estarão preocupados como o modo como os
três bandidos, que foram presos após trocar tiros com a polícia, serão tratados
na cadeia.
A imprensa conta que a garota e seu namorado voltavam para a
casa dela após uma festa, pela rua Sabará, quando foram abordados pelos
marginais.
Por volta das duas horas da madrugada de domingo. Tudo muito rápido.
Exigiram dinheiro, celulares e outros bens. Como Caroline demorou um pouco a
atender o exigido, tomou dois tiros no pescoço. Só por isso. Assim mesmo. Se não me der eu tomo tudo agora, até a sua vida.
Quinze anos sendo criada com dificuldade, amor, cuidados.
Uma fração de segundo para estar caída na calçada sobre uma poça de sangue.
A
sociedade que se afasta de valores espirituais e mergulha num materialismo sem
limites, em que valores morais são desprezados por relativistas e pela esquerda
que considera a sociedade culpada pela existência de bandidos, não parece
chegar a bons termos. As leis devem ser respeitadas,cumpridas, para que tudo funcione.
Senso de culpa, remorso, autocrítica. Nada disso existe
mais. Há uma absoluta falta de sentimentos. Ousados, arrogantes, cheios de si, e
quase sem encontrar limites para suas ações, bandidos agem como se fosse os
senhores da vida.
Decidem quando, onde e quem matar. Basta que fiquem
impacientes, nervosos, ou queiram dar um espetáculo de força e poder.
As matérias informam que o namorado de Caroline ligou para a
polícia, que localizou e perseguiu o veículo. Durante a fuga, os bandidos
bateram o veículo em outro carro no cruzamento da avenida 23 de Maio com a rua
Arsênio da Silva, no Paraíso (zona sul).
Marcos Vinícios Correia Gomes, 19 anos, Alex Rodrigues
Venancio, 18 anos, e Claudinei Avelino Modesto, 18 anos, confessaram o crime
após serem presos.
O delegado do 27º DP
(Campo Belo), onde o caso foi registrado, disse à imprensa que Marcos Gomes
confessou que atirou na adolescente. "Ele disse que é isso que acontece
com quem reage ao assalto. Ele falou com muita frieza".
A pobre Caroline não sabia dessa regra. Foi condenada à
morte.
BANDIDOS FORAM CONDENADOS
BANDIDOS FORAM CONDENADOS
Os três assassinos da estudante Caroline Silva Lee, de 15
anos, foram condenados, na sexta-feira (22), no Fórum da Barra Funda, Zona
Oeste de São Paulo a 33 anos de reclusão. O brutal assassinato, verdadeira
execução, ocorreu em 21 de outubro do
ano passado, em Higienópolis, antigo bairro de São Paulo.
Caroline e o namorado voltavam de uma festa de uma amiga
dela quando foram abordados por dois sujeitos na Rua Sabará. Marcus Gomes, o
matador, puxou duas vezes o gatilho após perceber que Caroline demorou um pouco
para entregar a bolsa.
Marcos Vinícios Correia Gomes, de 19 anos, Alex Rodrigues
Venâncio, de 18, e Claudinei Avelino Modesto, de 18, foram detidos poucas horas
depois em um carro roubado, na Avenida 23 de Maio. Trocaram tiros com os
policiais e, depois, confessaram o crime.
Marcos foi o autor da frase cruel dita ao delegado: “quem não
obedece, morre”.
Os bandidos eram todos ex-internos da Fundação Casa. Foram
condenados a 33 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado,
além do pagamento de 564 dias-multa, no valor mínimo legal, pelos delitos de
roubo e latrocínio.
Foram também condenados a 5 meses de detenção pelo crime de
resistência. A sentença foi dada pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha,
da 4ª Vara Criminal da Barra Funda.
O único defeito, e o mais grave, de nossa legislação penal, é
que os presos cruéis têm direito a liberdade condicional. Após poucos anos de
cadeia, voltam às ruas e muitos continuam a executar pessoas.
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