Finalmente Hosni Mubarak falou ao povo egípcio, e disse que não vai renunciar, embora quem vá responder pelo governo seja o vice Omar Suleiman. Os manifestantes, que ocupavam a praça Tahrir não gostaram muito, e correspondentes dizem que houve fúria.
Mas, é preciso notar que o Egito é um país com 72 milhões de habitantes e na praça Tahrir algumas centenas de milhares de pessoas podem passar a impressão de que todo o Egito quer Mubarak fora.
Será mesmo assim? Embora Mubarak seja um ditador, o país não tem uma população controlada pelos islâmicos fundamentalistas que, de fato, estão por trás das manifestações que abalam o país há dias.
Talvez parte da população queria ver Mubarak pelas costas, mas quem querem ver em seu lugar? Essa é a pergunta que muitos não fazem no Ocidente, acreditando que os egípcios estão apenas desejando um regime democrático.
Muitos poderão querer algo como a democracia, mas mais gente ainda não quererá viver sobre a chibata islâmica fundamentalista associada aos amigos da Muslim Brotherhood.
O Egito tem mais de 11% de seu PIB dependente da indústria turística que, em 2010, recebeu mais de 12 milhões de visitantes (o dobro do que recebeu o Brasil). O prejuízo do setor turístico já ultrapassa, em muito, 1 bilhão de dólares. Isso não é pouco dinheiro.
Com a crise se prolongando, muito mais gente sofrerá. Acho que os radicais e os manipulados por eles terão que voltar para casa, pois começarão a ser pressionados pelos seus próprios compatriotas que, neste caso, são a maioria.
Part of Mubarak speech (CNN)
..."Dear citizens, the priority right now is regaining the sense of confidence in Egyptians and a sense of trust in our economy, our reputation. Change and transfer that we have already started and that is not going to bring us any sort of step backwards.
Egypt is passing through a critical juncture. We should not ever permit that this is going to continue because this affects negatively our economy. Negative repercussions on our economy day after day would lead to a situation where we find those youth who had called for change, they would really be endangered out of the movement.
This critical juncture is not at all co-relevant to me personally, it's not co-relevant to Hosni Mubarak, but now Egypt is a top priority. It's present, it's future, the future of the coming generations, all of the Egyptian people now are all in one boat, in one corner, and we have to continue the national dialogue that we have already started with the spirit of a team and away from any sense of animosity and any sense of differences. So that we would overcome this critical juncture, and so that we would regain confidence in our economy and we would retain security and stability on the Egyptian street."...
Nenhum comentário:
Postar um comentário