Pesquisar este blog

sábado, 19 de fevereiro de 2011

COCAÍNA, AK47 E LUCROS. Em Santos, professor de matemática usa a pedagogia dos oprimidos para conscientizar os alunos.

Prova de matemática, a contabilidade do crime
O jornal A Tribuna, de Santos, publicou matéria, na última sexta-feira, que ganhou repercussão nacional. Uma triste repercussão, em todo caso, uma vez que foi sobre um professor que ensina matemática usando exemplos tirados da prática criminosa. O sujeito faz isso há vários anos, e nunca algum diretor, colega ou pai estranhou. 

O professor trabalha na escola João Octávio dos Santos, no Morro de São Bento, mas, devido à indignação da mãe de uma aluna de 14 anos, o caso foi parar na polícia, onde foi registrado um boletim de ocorrência. A Secretaria Estadual de Educação afastou o professor e o caso será investigado. Ele poderá ser indiciado por apologia ao crime.

A questão: “Zaroio tem um fuzil AK-47 com um carregador de 80 balas. Em cada rajada ele gasta 13 balas. Quantas rajadas ele poderá disparar?”

Segundo pais e alunos, o professor fez uma avaliação no primeiro dia de aula (dia 14) para saber como estava o conhecimento de matemática dos estudantes.
As outras questões eram sobre consumo de crack, venda de cocaína, e dinheiro de um assassinato encomendado.

Os alunos informaram à Imprensa que gostam das aulas do professor, que já foi até vice-diretor da escola.

Comento:

Fica evidente que o tal mestre foi, ele mesmo, perturbado, em sua formação, pela pedagogia de Paulo Freire. O famoso pedagogo ídolo da esquerda recomendava alfabetizar utilizando aspectos da realidade circundante ao aluno. Com isso, a médio e longo prazo, a meta seria criar pessoas, "críticas e conscientes, para um mundo igualitário, solidário, justo, feliz e sem capitalismo." Já escutaram esses chavões surrados em alguma universidade ou escola?

Milhões de crianças têm sido molestadas por tais mestres e tal filosofia, Brasil afora.

O Morro de São Bento, segundo me informaram amigos santistas, é um bairro formado a partir de um núcleo de famílias portuguesas, há mais de 70 anos. Hoje os morros de Santos têm muitos bairros, e uma população de cerca de 40 mil habitantes.

De modo geral a vida é tranquila. Há a presença de marginais - como em qualquer bairro - e alguns traficantes armados, mas em absolutamente nada a situação se parece, por exemplo, com o Rio de Janeiro.

Isto colocado, fico pensando como é possível um sujeito que propõe uma questão daquele tipo a uma criança, ache que, desse modo esteja educando alguém. As próprias mães se espantaram porque, segundo os enunciados, as atividades criminosas nunca tinham prejuízo!!!

Em suma, o crime compensa!

Longe vão os tempos em que professoras como as que tive, em escolas públicas, nos 50 e 60, contavam, nos últimos quinze minutos de aula trechos de livros como os de Monteiro Lobato, os irmãos Grimm, Mark Twain. Por partes, como nos seriados de TV. E todos os dias.

As crianças prestavam a maior atenção às aulas para poderem saber, depois, o que aconteceria a Narizinho, Tia Benta, Tom Sawyer, Huck ou Chapéuzinho Vermelho.

Nada como tais histórias e autores para estimularem a imaginação dos alunos e ensinarem que há, sim, o Bem e o Mal. E que nada se obtém sem luta e sacrifício.

Talvez um professor como esse, que trata seus alunos com exemplos com cocaína e AK47 seja, até, vamos lá, um bem intencionado mal formado. Mas deveria estar longe das crianças, esse é o fato.








Nenhum comentário:

Postar um comentário