"Menos de quatro meses depois das eleições, ficamos sabendo que o governo federal decidiu abraçar resolução do Conselho Nacional de Educação e incentivar a implementação da progressão continuada no Brasil inteiro — a mesma progressão de que Dilma Rousseff falou mal durante a campanha; a mesma progressão que Aloizio Mercadante, agora ministro, malhou impiedosamente. (destaque do blog)
Pior: quando eles faziam seu proselitismo, o MEC, na prática, já havia adotado a sugestão do CNE. A candidata Dilma, pois, estava praticando aquilo que usualmente se conhece como “mentira”. Mercadante também.
Se forem cobrados — boa parte da imprensa não fará isso para não parecer indelicado com os companheiros —, dirão que a “progressão” deles é diferente da dos tucanos porque vem acompanhada de aulas de reforço etc. Como se não houvesse isso em São Paulo — estado em que há dois professores em sala de aula no primeiro ano, o da alfabetização.
Eis aí: mentira, trapaça, enganação. E não que ajam à socapa. Isso nem mais é necessário.
Chegamos ao ponto em que já não se avalia a qualidade de uma política pública, mas quem a implementa.
A progressão continuada, se implementada por tucanos, é viciosa; se abraçada por petistas, é virtuosa. Programas de reparação da miséria, como os do governo FHC, eram viciosos; chamados de Bolsa Família por Lula, são virtuosos e devem ganhar até um museu, instalado num palacete.
Setores importantes da imprensa, que se calam diante da vigarice, tornaram-se agentes da tentativa de construção do partido único.
Tudo segundo a mais legítima lógica democrática, é claro! Dilma já dá sinais de que não pretende mais “controlar a mídia”, a exemplo de Lula.
“Controlar pra quê?” Está tudo sob controle."
Por Reinaldo Azevedo
trecho do texto de Reinaldo Azevedo sobre o assunto, hoje.
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