Rodrigo Constantino
5 de janeiro de 2009
“Não devemos aceitar sem qualificação o princípio de tolerar os intolerantes senão corremos o risco de destruição de nós próprios e da própria atitude de tolerância.” (Karl Popper)
Não é justo condenar todos os muçulmanos pelo terrorismo moderno, mas não dá para negar o fato de que vários atentados terroristas modernos são obra dos muçulmanos. O fundamentalismo religioso islâmico, ao lado do separatismo e do nacionalismo, são as principais causas do terrorismo atual. Impressiona como tanta gente, com o apoio da mídia parcial que divulga sua agenda “politicamente correta”, consegue distorcer tanto os fatos, ignorar sinais claros, e concluir tanto absurdo. O terrorismo fica isento, assim, de uma análise mais objetiva, cedendo lugar ao relativismo cultural e às emoções instintivas, que condenam Golias e defendem Davi independente da questão da justiça.
Selecionei abaixo apenas alguns atos terroristas recentes, todos praticados pelos islâmicos fundamentalistas. Seu objetivo é destruir o ocidente e seus valores, como a democracia e a liberdade. Mas eles usam essas mesmas ferramentas como armas, pois é desigual lutar quando apenas um lado tem que respeitar as regras do jogo. A liberdade ocidental é utilizada como instrumento de manipulação das massas. O próprio povo ocidental acaba condenando o ocidente e contribuindo para o avanço daqueles cujo único objetivo é o totalitarismo. Nada disso é novo. Os métodos são muito semelhantes aos utilizados pelos comunistas. Trata-se de uma cultura do ódio, que faz milhares de vítimas através da alienação. Não é mera coincidência tantos comunistas defenderem os terroristas islâmicos contra o “império americano”. Vamos à cronologia de alguns eventos:
1979 - 80 iranianos invadiram a embaixada americana do Teerã e fizeram 52 reféns, durante 444 dias;
1980 - 6 terroristas islâmicos tomaram a embaixada do Irã em Londres e mataram 2 pessoas;
1981 - Membros da Al Jihad assassinaram o presidente do Egito;
1983 - Integrantes do Hesbollah com o apoio da Líbia e Irã explodiram com bombas suicidas a embaixada americana de Beirute, matando 63 pessoas;
1983 - Novamente o Hesbollah jogou um caminhão com explosivos na embaixada americana, agora do Kwait. Ataques adicionais foram feitos a embaixada francesa, a apartamentos de empregados da Raytheon, com 5 mortos e 80 feridos;
1984 - Ataque com bombas na embaixada americana no Líbano, matando 24 pessoas;
1985 - Terroristas trabalhando para o governo da Líbia bombardearam o aeroporto de Viena e Roma, matando 20 pessoas;
1988 - Uma bomba explodiu no vôo da Pan Am matando 270 pessoas na Escócia;
1992 - O Hesbollah bombardeia a embaixada israelense em Buenos Aires;
1993 - Um carro-bomba explodiu no World Trade Center, matando 7 e ferindo centenas. Bin Laden estava por trás;
1993 - 18 membros das tropas americanas em missão humanitária foram mortos na Somália, com envolvimento de Bin Laden;
1994 - Hesbollah atacou um centro cultural israelense em Buenos Aires;
1995 - Caminhão-bomba explodiu na Arábia Saudita matando 7 americanos da Guarda Nacional em treinamento;
1996 - Novo atentado na Arábia Saudita mata 19 militares americanos;
1996 - O Talibã concluiu a conquista do Afeganistão, tomando sua capital Cabul, e criou centros de treinamento terrorista enquanto o mundo ocidental nada fez;
1997 - Bin Laden declarou, em entrevista a CNN, a jihad, guerra islâmica, contra os Estados Unidos;
1998 - Bin Laden publica declaração com objetivo claro de que é dever de cada muçulmano matar americanos civis ou militares, assim como seus aliados;
1998 - Um carro-bomba explodiu na embaixada americana da Quênia, e poucas horas depois outra explosão na embaixada da Tanzânia. O total de mortos foi de 224 civis, e mais de cinco mil feridos;
1998 - A ONU (finalmente) reconheceu o massacre no Afeganistão cometido pelo Talibã, por razões étnicas, totalizando cerca de seis mil mortos;
1998 - Bin Laden diz em entrevista que guerra contra América será muito maior que guerra contra URSS, e que o futuro dos Estados Unidos é negro;
1999 - Separatistas islâmicos da Chechênia bombardearam prédios em Moscou, matando 212 pessoas;
2000 - Ataque suicida no navio americano USS Cole, no Yemen, matando 17 tripulantes e deixando 37 feridos;
2001 - Explosão em uma discoteca de Tel Aviv matando 21 adolescentes e deixando 70 feridos. A autoria foi do Jihad Islâmico, o mesmo grupo terrorista que iria pouco tempo depois matar mais 16 israelenses num restaurante de Jerusalém;
2001 - Ataque ao World Trade Center e Pentágano, com estimativa de um total superior a três mil mortos;
2001 – O Hamas realizou três ataques em Jerusalém e Haifa, deixando 30 mortos e 150 feridos;
2002 - Atentado terrorista em Bali, com mais de 180 mortos e 300 feridos;
2002 – O Fatah e o Hamas praticam vários atentados terroristas em Israel, deixando centenas de mortos no total;
2003 – Mais de cem pessoas morrem em Israel vítimas de atentados terroristas assumidos pelo Fatah, Hamas e Jihad Islâmica;
2004 - Explosão em trem mata mais de 200 e fere mais de dois mil em Madri;
2004 – Atentado terrorista numa escola em Beslan, na Ossétia do Norte, matando 339 pessoas, na maioria crianças. A autoria foi dos chechenos islâmicos;
2005 – Londres foi vítima de uma série de explosões de bombas que atingiram o sistema de transporte público, deixando mais de 50 mortos e 700 feridos;
2005 – Novo atentado terrorista gera pânico em Bali, na Indonésia, levando à morte pelo menos 32 pessoas e ferindo outras 100;
2006 – Atentado terrorista matou mais de 180 pessoas e deixou outras 400 feridas em Mumbai, na Índia;
2007 – Dois atentados a bomba em Argel, capital da Argélia, deixaram 67 mortos, sendo 11 delas inspetores da ONU, e quase 180 feridos;
2007 – Foram detidos na Alemanha três terroristas islâmicos acusados de planejar atentados contra instituições americanas no país. Com eles foram apreendidos explosivos equivalentes a 550 quilos de TNT. Eles eram integrantes da Jihad Islâmica;
2008 – Alguns ataques terroristas matam quase 30 pessoas no Paquistão e deixam outras 100 feridas;
2008 – Quase 80 pessoas foram mortas em Mumbai numa série de ataques conduzidos por terroristas islâmicos principalmente contra os grandes hotéis da cidade;
Esses são apenas alguns destaques da longa lista de atentados terroristas mais recentes. Alguém realmente acha que a paz pode ser obtida com diplomacia e conversa? Alguém consegue condenar Israel por tentar se defender no meio de tantos fanáticos que simplesmente não aceitam sua existência? Alguém pode sinceramente pregar a conversa com um grupo como o Hamas como meio para a desejada paz? O que esperar de gente que usa as próprias crianças como escudo humano ou bomba contra o inimigo, ou que ataca o inimigo objetivando deliberadamente matar suas crianças inocentes? É possível conversar com gente assim? Seria tão ingênuo acreditar nisso como foi a crença de que bastava conversar com Hitler para evitar a guerra. Infelizmente, a realidade é bem mais dura do que muitos românticos gostam de supor. A escalada terrorista está diretamente associada ao fanatismo islâmico, e não há diálogo racional quando o inimigo não aceita seu direito de existir. O modelo ocidental, a liberdade individual e religiosa, a democracia, tudo isso representa uma enorme ameaça aos objetivos dos fanáticos religiosos do Islã, que demandam total submissão ao seu livro sagrado. Islã, por sinal, quer dizer justamente “submissão”.
Não parece nada racional oferecer rosas para quem deseja passionalmente te exterminar do mapa. O fundamentalismo islâmico é um atraso de vida, e seus discípulos desejam o retrocesso de séculos de avanço iluminista no mundo ocidental. Compreender isso, e o corolário de que é totalmente tola a crença de que é possível ser tolerante com tamanha intolerância, é um bom começo para salvar o progresso ocidental, tão odiado por todos que lamentam o término da Idade Média.
posted by Rodrigo Constantino at 9:44 AM
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2009/01/os-atentados-terroristas.html
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