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domingo, 20 de fevereiro de 2011

O TAPETE VOADOR DE DILMA. Mimo da Embraer. Alguns chamam de vassourão.

O Lineage varrerá os céus como um corisco
Dilma Rousseff vai ter um avião de príncipe árabe no hangar do Grupo de Transporte Especial, o esquadrão da Força Aérea responsável pelo frota da Presidência da República. É um Lineage, o mais caro e o maior jato da Embraer, uma versão especial para 19 passageiros do modelo 190, que normalmente leva até 122 pessoas.

Cheio de eletrônica e luxo, cada Lineage não sai por menos de US$ 50,4 milhões. Dilma, no entanto, não está comprando a aeronave, nem vai pagar pelo uso - a Embraer está emprestando o modelo para o GTE sem custos. Sob a matrícula FAB 2592, o grande jato será usado para substituir os dois Emb-190 comprados pelo ex-presidente Lula para viagens locais e regionais.

As duas unidades vão para a revisão ao longo deste ano. A presidente vai usar o Lineage nesse período. Coisa de um ano, talvez pouco mais que isso. O jato já foi pintado com as cores oficiais da Presidência e recebeu a insígnia.

Luxo e desempenho

Interior de fazer inveja aos príncipes árabes
 O arranjo interno é soberbo. A cabine é dividida em cinco áreas. Tem quatro salas: de estar, de refeições, reuniões e uma ampla seção privativa. Há ainda uma suíte isolada, com ducha, cama e televisão. O bagageiro pode ser acessado em voo. Os passageiros dispõem de dois ou três lavatórios. A rede internet está disponível em toda a cabine. O conjunto eletrônico é de última geração - um sistema Honeywell Primus Epic, com cinco telas de controle multifunção em cristal líquido.

O avião tem duas turbinas. Mede 36,20 metros de comprimento e 28,70 metros de envergadura. Pode decolar de Brasília e pousar em Madri sem escala; o alcance é de 8,3 mil quilômetros. Voa a 890 km/hora. Para isso, leva seis toneladas de combustível a mais que o 190.

Um dos motivos para o jato luxuoso ser entregue com boa antecipação é que a tripulação precisa de instrução específica. Os pilotos, habituados ao emprego do visor superior que permite receber informações do painel olhando para o exterior, um acessório de características militares, terão de receber treinamento adicional para a operação convencional, sem esse componente.

A equipe de comissárias também vai passar por ensaios rigorosos. Afinal, ninguém quer correr o risco de errar nos deslocamentos da presidente Dilma, como disse um oficial ouvido ontem pelo Estado.

O Lineage é um avião de xeque - o primeiro cliente foi a empresa Al Jaber Aviation, de Abu Dabi, nobre árabe que se transformou no maior usuário do avião.


Outros nove jatos foram negociados. Dois deles para servir ao Palácio do Planalto. Os outros para clientes que exigem segredo de suas identidades. O mais recente, um empresário da Jordânia, sentou no sofá de lã irlandesa de bordo no dia 3 de dezembro de 2010. Dilma fará isso nas próximas semanas. 

Roberto Godoy, de O Estado de S.Paulo
18 de fevereiro de 2011
COMENTO
As administrações socialistas têm demonstrado verdadeira paixão pelas máquinas de voar. Se tem um item em que Lula bateu de 10 x 0 em FHC foi em horas de vôo. Deu várias voltas ao mundo. E não conseguiu ficar sem um tremendo AirBus novo.
Dilma disparará pelos rincões como um corisco, só observando, pois temos visto que é de pouco falar.
Até o governador Cid Gomes não resiste a um par de asas, desde que sejam de metal e dotadas de jato. De preferência de algum amigo.
Quando se trata de aviação, o lema governamental deveria ser: mais alto, mais longe, mais rápido.  












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