A revista Time publicou uma lista de dez ditaduras cujos governos podem cair, como aconteceu com o ex-presidente da Tunísia, Zine Ben Ali.
EGITO - Hosni Mubarak
O presidente do Egito, que enfrenta protestos pela sua renúncia, é o primeiro da lista. Assumiu o poder em 1981, após o atentado que matou Anwar Sadat, em 1981. A polícia é conhecida pela violência na repressão a opositores. Denúncias de fraude surgiram nas últimas eleições. Mubarak prometeu deixar o poder em setembro, mas há pressões para saia agora.
Há 32 anos no poder, o presidente do Iêmen governa o país mais pobre do Oriente Médio, dividido entre tribos e clãs, que abrigam a Al-Qaeda na Península Arábica. Após os protestos na Tunísia e no Egito, o país também viu protestos contra o presidente e a corrupção. Salehprometeu desistir de concorrer à reeleição.
COREiA DO NORTE - Kim Jong-il
Comandante da ditadura (comunista) mais fechada do mundo, Kim Jong-il indicou seu filho Kim Jong-un, um jovem de 20 e poucos anos para sucedê-lo. Há impasses sobre o programa nuclear e o conflito com a Coreia do Sul, e problemas com a distribuição de comida. A incerteza provocada pela sucessão, segundo analistas, pode levar a um golpe contra a família de Kim.
BIELO-RÚSSIA - Alexander Lukashenko
Descrito como ‘o último ditador da Europa’, Lukashenko governa a ex-república soviética da Bielo-Rússia há 16 anos, desde a queda do regime soviético. A imprensa é censurada, e dissidentes perseguidos. Na última eleição, na qual foi reeleito com 80% dos votos, houve denúncias de fraude generalizada. O país enfrenta sanções da comunidade internacional.
SUDÃO - Omar Hassan al-Bashir
O presidente do Sudão tem um mandado de prisão contra ele emitido pelo tribunal penal de Haia por crimes contra a humanidade cometidos durante o conflito de Darfur, no sul do país. Em 2011 a região optou por se separar do país em um referendo. Bashir tem enfrentado protestos similares ao do Egito e da Tunísia.
IRÃ - Mahmoud Ahmadinejad
Um ano e meio antes da Revolução de Jasmin, os iranianos tomaram as ruas do país na ‘Revolução Verde’ para protestar contra fraudes nas eleições presidenciais do Irã. A reação do regime dos aiatolás foi brutal. A internet foi censurada e os manifestantes perseguidos. Desde os confrontos, Ahmadinejad tem enfrentado uma oposição maior de alguns clérigos do próprio regime.
ZIMBÁBUE - Robert Mugabe
Único presidente da história do Zimbábue, no poder desde 1980, Mugabe governa um país onde a inflação é incalculável e o dinheiro já perdeu o valor de face. Após uma crise política em 2008, um acordo de coalizão foi feito com a oposição.
TAJIQUISTÃO - Rahmon Emomali
O presidente do Tajiquistão, no poder desde 1992, governa um dos países mais pobres do antigo bloco soviético. Fronteiriço com países conturbados, como o Afeganistão e o Paquistão. O Tajiquistão é rota de tráfico de ópio e heroína.
ARÁBIA SAUDITA - Casa de Saud
No poder desde o início do século XX, a família real saudita governa o país como uma monarquia absolutista, no qual a lei islâmica, a Sharia, é seguida à risca. Um dos principais aliados dos EUA no Oriente Médio, a Arábia Saudita detém 25% das reservas mundiais de petróleo. A presença de radicais islâmicos no território é o maior risco para o regime.
ARGÉLIA - Abdelaziz Bouteflika
No comando da Argélia desde 1999, quando venceu uma guerra civil contra radicais islâmicos, Bouteflika enfrenta dificuldades econômicas. No começo deste ano aconteceram protestos similares aos da Tunísia.
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