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domingo, 20 de março de 2011

AGORA QUE O FEITIÇO ACABOU, BOA VIAGEM DE VOLTA AO FILHO DE ANN DUNHAM. Ou: a visita da famíla Obama ao Brasil.


Barack Hussein Obama, finalmente, veio ao Brasil. Mas algo ficou faltando, para regozijo dos fotógrafos e da imprensa deslumbrada: um abraço do senhor Hussein nO Cara. Mas o Cara Lula da Silva refugou e não apareceu no almoço, para tomarem uma caipirinha.

Sendo assim, tome capoeira. E Cristo Redentor. E favela. Rio de Janeiro é sempre assim.
Um estereótipo para turista.

Um artista de TV, Lázaro Ramos, falou que a vinda de Obama seria grande estímulo e ajudaria muito os negros do Brasil. Fico sempre pensando nessas coisas.
A mãe de Obama não é a senhora Stanley Ann Dunham Soetoro, uma moça branca do Kansas? Haveria algum problema de chamar o presidente americano de mestiço? Não foi a isso que se referiu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quando disse que ele mesmo tinha os pés na cozinha? Quantos estão na mesma situação...Teria o presidente Lula algo de sangue indígena? Baixo,  atarracado. Qual seria o problema? A população do norte e nordeste não tem alta incidência de DNA indígena na mistura sanguínea? No sudeste idem, com o caiçara e com o caipira. Qual o problema?
O Brasil é um país em que a miscigenação é imensa. Mas o pensamento politicamente correto racista americano está fazendo escola aqui no Brasil. Lá, se um sujeito parece ser branco, mas tem uma gota de sangue negro será discriminado pelos brancos. Aqui, com o politicamente correto reverso, um sujeito que parece um negro, e tem mãe branca, (ou pai branco) tem 50% de seu sangue negado e vira negro.

Esse pessoal fala só da aparência? Como falar de etnia pura, no caso de Obama ou de milhões de mestiços que temos no Brasil? Passado na África, na Europa, na Ásia, ou no sangue indígena, milhões de nós temos. Qual dos dois Obamas será mais estimulante para as crianças: o Obama inteiro, o que tem a mãe branca e o pai negro (ou o contrário), como milhões de brasileiros, ou só o meio Obama, que herdou o sangue do Pai?

Qual o sentido de querer dividir a população apenas pela cor da pele? E as misturas que existem no sangue, como na cultura, não valem mais? Vamos deixar de lado todas as manifestações culturais que foram construídas a quatro mãos? E isso, sem contar a injustiça com os índios, pois como só vemos conversa de brancos e direitos de negros, parece que os índios é que chegaram depois e são intrusos no pedaço.
Penso que os radicais racistas deveriam ler o livro de Demétrio Magnoli (Uma Gota de Sangue)

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