PAULO VIEIRA, NOVO GARGANTA PROFUNDA. QUEM OPERA DAS SOMBRAS? |
A coisa é feia, basta observar que há uma rede de blogs e
sites de supostos jornalistas que se sustentam com dinheiro de anúncios de
empresas estatais e ministérios, e que, pasmem, estes supostos jornalistas
criticam a imprensa e colegas repórteres quando fazem o que tem que ser feito,
como em qualquer democracia do mundo.
A corrupção chegou a tal ponto no Brasil que a bancada do
crime conta com um sistema de comunicação próprio, que mimetiza a imprensa de
verdade. e critica o trabalho jornalístico, o que acaba confundindo o público.
E as próprias redações estão infestadas de jornalistas que
mal disfarçam a atração fatal que sentem pelos corruptos. Basta que os
corruptos justifiquem a corrupção dizendo que tudo é em nome do social. E
muitas escolas de Jornalismo ensinam esse jornalismo ao contrário, em que o bom
é ruim e o corrupto é herói.
Desse modo, os jovens saem achando que a grande imprensa,
aquela que opera conforme as regras do jogo democrático é que é errada, e os
traidores do jornalismo e os ladrões de dinheiro público é que são os heróis,
pois para essa garotada, conforme o que aprendem, os fins justificam os meios.
CORRUPÇÃO TRADICIONAL
Quando uma pessoa entra em um esquema de corrupção olha de
lado e imagina, todo mundo faz, por que não eu? É só uma graninha extra, um por
fora, afinal, aqui neztepais (como diz o Lula) ninguém é punido mesmo, só pobres, pretos e putas, como
se costuma dizer. É só um malfeitinho... Essa é a lenda, ou parte dos costumes
e tradições nacionais.
Mas e quando alguma coisa parece estar mudando na cultura política
e figuras carimbadas são postas sob os holofotes? Quando alguém é pego com a
boca na botija? Se for do grupinho amigo, daí começa uma choradeira danada.
Perseguição!, imprensa golpista!, conspiração!.
Não! Apenas a revelação de alguns malfeitos de grandeza
elevada, estratosférica, que escapam às ninharias do cotidiano, e que revelam o
imenso mundo subterrâneo, ou paralelo?, em que alguns se locupletam e enchem as
burras com o dinheiro do contribuinte.
E é sempre o dinheiro do contribuinte, pois quando empresas
privadas entram nesses esquemas, com seus milhões de dólares em interesses
escusos e distribuem propinas, comissões, operações plásticas, mimos de luxo, viagens
de navio, de avião, e em lombo de camelo, não estão dando dinheiro deles não.
Todo esse dinheiro voltará na forma de serviços prestados ao Estado.
HERÓIS E VILÕES
A cada vez que a bancada governista protege alguém e impede
que seja ouvido no Congresso, em uma CPI ou audiência, está colaborando com a
corrupção. Creio que as pessoas começam a perceber que em Brasília está
instalado um filtro, altamente seletivo, que impede que os que possam
comprometer certos esquemas venham a ser ou investigados ou ouvidos. E isso
envolve a maioria dos partidos.
A CPI do Cachoeira indicou, mas a base aliada tratou de
sabotar tudo!, que diversos governos estaduais e de grandes cidades estariam
envolvidos com a empresa Delta, que acabou saindo do foco principal. Ficou
parecendo que Cachoeira é que era o líder de um grande esquema de crimes e
corrupção, quando parece ser, apenas, parte de uma imensa engrenagem.
Foi essa sensação de ser acusado de chefe, creio,que o incomodou.
Carlos Cachoeira avisou: “Sou o Garganta Profunda do PT”, anunciou ele aos
quatro cantos, pronto a desovar
muito mais do que já disse, porque menos lhe foi perguntado, certamente.
Carlos Cachoeira é o Garganta Profunda número 1.
Outro Garganta Profunda que anuncia a sua disposição é Marcos
Valério, o publicitário condenado a 40 anos de cadeia pelo STF, por participar
do esquema do Mensalão, cujo chefe da quadrilha, segundo o STF, José Dirceu
(PT), pegou 10 anos de cadeia! O chefe pegou uma pena quatro vezes menor que um
subordinado!
Isso não deve estar parecendo muito certo a Marcos Valério,
que já acrescentou informações à Procuradoria Geral da República-PGR e acabou
envolvendo o ex-presidente Lula nas suas acusações.
Pronto, o mundo veio abaixo! Lula não pode ser envolvido em
nada. Rui Falcão, o presidente do PT disse que Valério não pode falar nada, por
ser um desqualificado condenado. Argh! E José Dirceu pode falar tudo, sendo um corrupto
condenado e chefe de quadrilha.
Que alguém do PT, chefe do Dirceu diga isso, tudo bem, mas
que a imprensa fique dando trela a asneiras é que é o problema. Essa repercussão constante de asneiras
em grandes jornais é que indica o quanto a grande imprensa está infiltrada pela
tropa de choque petralha e amigos dos corruptos condenados e afins.
Marcos Valério é o Garganta Profunda número 2.
Rosemary Nóvoa de Noronha, a envolvida na quadrilha de operações
fraudulentas, indiciada pela Polícia Federal, amiga de Lula e Dirceu, e que
operava, segundo a PF, da sala da Chefia de Gabinete da Presidência da República
em São Paulo, também está sendo blindada, pois, dizem, é muito emotiva e
explosiva.
Ela foi revelada após a divulgação pela PF da Operação Porto Seguro,
que investiga negócios cabeludíssimos no Porto de Santos, SP, e outras questões
que envolvem laudos falsos e fraudes.
Um temperamento assim, conforme a pressão, tem tudo para transformar
uma aparente simples secretária em uma Garganta Profunda. Pela proximidade com
os altos escalões do governo petistas. Rui Falcão, o desqualificador-mor da República
já disse que ela teria menor importância. Alguns disserem: mequetrefe! Qual a
razão de tanta blindagem para alguém tão mequetrefe? Amiga pessoal de Dirceu,
segundo se lê em jornais e namorada, ou ex-namorada de... Lula!!!
Rosemary Nóvoa de Noronha é a Garganta Profunda número 3.
Lemos, hoje, em matéria do Estadão que Paulo Rodrigues
Vieira, apontado pela PF como chefe da máfia dos pareceres, ex-diretor da
Agência Nacional de Águas (ANA), quer agora negociar uma delação premiada com o
Ministério Público.
Vieira ameaça contar tudo o que sabe do esquema e envolver outros
personagens (ainda inéditos) no escândalo revelado pela Operação Porto Seguro,
que também derrubou a então chefe de gabinete da Presidência em São Paulo,
Rosemary Noronha.
O ex-diretor da ANA tem dito a algumas pessoas que não sairá
do caso como chefe de quadrilha e ameaça denunciar gente “mais graúda”. Fico até
imaginando: quem será mais graúdo que um chefe de agência federal? Isso promete
ficar a cada dia mais interessante!
Ele quer obter do Ministério Público um tratamento mais
suave e empurrar para outros a posição de comando do grupo, que praticava
tráfico de influência nos bastidores do poder. Na prática, quer algum benefício
legal no futuro, como a redução de pena, caso seja condenado.
Vieira trocou o advogado Pierpaolo Bottini pelo defensor
Michel Darre, no intuito de apresentar uma estratégia mais agressiva de defesa.
Bottini afirmou que deixou o caso por motivos pessoais. Darre, por sua vez,
disse que ainda está estudando o processo.
“Há muita coisa a ser levantada e eu pedi a meu cliente para
ter paciência”, comentou o advogado. “Entrei no processo para verificar qual a
melhor medida a ser tomada.” (Informações do Estadão).
Paulo Vieira é o Garganta profunda de número 4
Fico pensando o tamanho do problema. Um Garganta Profunda se
acalma, dois é mais difícil; três, com um certo jeito. Quatro? Essa é uma missão
quase impossível. Tão impossível como imaginar que um dia a morte de Celso
Daniel poderá ser, realmente, esclarecida.
Diz o Estadão que “Na Esplanada, ministros temem que a
análise de computadores apreendidos no escritório da Presidência, em São Paulo,
envolva novas repartições no escândalo. Depois do depoimento do empresário
Marcos Valério Fernandes de Souza à Procuradoria-Geral da República, apontando
o dedo para Lula no mensalão, sem provas, petistas estão apreensivos com a
escalada de denúncias.”
O CASO WATERGATE
Em 18 de Junho de 1972, o jornal Washington Post noticiava
na primeira página o assalto do dia anterior à sede do Comitê Nacional
Democrata, no Complexo Watergate, na capital dos Estados Unidos. Durante a campanha
eleitoral, cinco pessoas foram detidas quando tentavam fotografar documentos e
instalar aparelhos de escuta no escritório do Partido Democrata.
Bob Woodward e Carl Bernstein, dois repórteres do Washington
Post, começaram a investigar o então já chamado caso Watergate. Durante muitos
meses, os dois repórteres estabeleceram as ligações entre a Casa Branca e o
assalto ao edifício de Watergate. Eles foram informados por uma pessoa
conhecida apenas por Garganta Profunda (Deep Throat) que revelou que o presidente
sabia das operações ilegais.
Richard Nixon foi eleito presidente em 1968, sucedendo a
Lyndon Johnson, tornando-se o terceiro presidente dos Estados Unidos a ter de
lidar com a Guerra do Vietnã.
Nixon voltou a candidatar-se em 1972, tendo como opositor o
senador democrata George McGovern, e obteve uma vitória esmagadora, ganhando em
48 dos 50 estados. McGovern venceu apenas em Massachusetts e em Washington. Foi durante essa campanha de 1972 que se verificou o
incidente na sede do Comitê Nacional Democrático.
Durante a investigação oficial que se seguiu, foram
apreendidas fitas gravadas que demonstravam que o presidente tinha conhecimento
das operações ilegais contra a oposição. Em 9 de Agosto de 1974, quando várias
provas já ligavam os atos de espionagem ao Partido Republicano, Nixon renunciou
à presidência. Foi substituído pelo vice Gerald Ford, que assinou uma anistia,
retirando-lhe as devidas responsabilidades legais perante qualquer infração que
tivesse cometido.
Por muitos anos a identidade de "Garganta
Profunda" foi desconhecida, até que a 31 de Maio de 2005 o
ex-vice-presidente do FBI, W. Mark Felt, revelou que era o Garganta. Bob
Woodward e Carl Bernstein confirmaram o fato.
(Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_Watergate
Nenhum comentário:
Postar um comentário