Li uma matéria absolutamente sem sentido, no Uol, um
verdadeiro absurdo, do ponto de vista jornalístico, pois procura justificar, por
meio da voz dos entrevistados, o PCC, como se fosse um órgão de representação
de classe, um grupo de resistência política, o outro lado de alguma coisa. Dois rappers falam do PCC como se
fosse uma instituição respeitável, que devesse ser ouvida, com a qual as autoridades
devessem dialogar! E o PCC representa que segmento da sociedade? O crime? O tráfico?
O PCC é uma organização criminosa, como a Máfia, ou a
Yakusa. Com criminosos tratam a policia e a Lei. E a matéria diz que “falam com
o ponto de vista de quem vive na periferia”. Isto é, os entrevistas viraram representantes
legítimos da periferia e, por que não?, de certa forma, advogados do PCC.
Um deles chega às raias do absurdo ao sugerir que o PCC é um
tipo de Hamas, o grupo terrorista palestino que explode Israel com mísseis. Se
há alguma semelhança é que ambos matam gente indiscriminadamente, um por meio um da venda de drogas e assaltos
e execuções, e o outro por meio de bombas e ataques suicidas.
O Hamas, assim como outros grupos islâmicos radicais, justificam
a sua existência em nome da “causa” palestina. E isso lhes daria o direito de
explodir pessoas. Bem, eles têm um a justificativa política para agir, como o
antigo IRA, irlandês, ou o ETA basco. São grupos que agem politicamente, com praticas
de criminosos comuns.
O PCC é um grupo de criminosos comuns que pretende
romantizar e melhorar a sua imagem como se fosse um grupo de justiceiros que
luta contra?, ... a policia! Me engana que eu gosto. Como a policia levaria
intranquilidade à periferia, então é necessário... um PCC. Um dos raciocínios
mais pervertidos que já vi.
O leitor pode não estar muito interessado nisso tudo, mas
isso é importante.
BANDIDOS JUSTICEIROS
Os grupos como o PCC, o CV, e outros assemelhados, são
apenas grupos de criminosos comuns: assaltantes de banco, traficantes de
drogas, seqüestradores, arrombadores, assassinos, enfim. Bandidos, dos mais vagabundos
e cruéis. Não há justificativa para isso.
O que assusta é um veículo de comunicação tentar uma ação de
“limpeza” de um grupo criminoso como se fosse um punhado de justiceiros lutando
contra o sistema. Sim, são bandidos lutado contra o sistema do Estado de Direito.
Quem domina partes da periferia são quadrilhas de
traficantes que espalham o terror entre a população. Claro, quando a policia
aparece há tiroteios, etc, mas colocar a culpa da insegurança na Policia é um
absurdo. Há, sim, policiais corruptos, mas não este o caso aqui. A Policia é
uma instituição importante para o sistema legal do Estado de Direito democrático.
Nos anos 70 e
80, o convívio em prisões, de presos políticos e bandidos comuns foi o embrião
dessa doutrina do bandido justiceiro. Agora, para justificar suas ações criminosos
dizem que agem pelo Bem Comum. O que é isso, alucinação?
Boa parte da culpa desse estado de coisas parte da idéia, defendida
pelos esquerdistas,
De que as pessoas são sempre naturalmente boas, corrompidas
pelo sistema (bobagem baseada em Rousseau). Sistema é abstração e só pessoas
existem. Para um bandido é bom ouvir de alguém que ele, bandido, que mata, assalta ou estupra, é
que ainda por cima é a vitima. Ficaram doidos?
Por conta disso é que os partidos de esquerda nunca assumem
que grupos terroristas são grupos de criminosos. O PT nunca condenou as Farc,
sendo que ilustres figuras do governo petista no tempo luliano (esse já é um tempo
histórico) disseram que as Farc, os maiores traficantes e produtores de cocaína
do mundo são apenas um grupo beligerante na Colômbia. Isto é, teriam razão em
existir e lutar contra o governo!!!
Em vários países europeus os terroristas das Farc são vistos
como terroristas, ora. É o que são. Mas aqui na América do Sul estão querendo
que eles se transformem em um partido político.
Quando um rapper diz que o PCC é um tipo de Hamas, então
isso é sinal de que a mentalidade que justifica o crime já fez imensos
estragos. Logo teremos vereadores, deputados estaduais, federais e
representantes em outras instituições poderes, lutando defendendo os direitos
do PCC, do tráfico de drogas, das matanças.
Se o PCC é uma instituição a ser legitimada, então foi uma
injustiça mesmo condenar os corruptos do Mensalão.
A ESTRANHA MATÉRIA DO UOL EM QUE O PCC VIRA LUTA POLÍTICA!! Matéria que parte de um ponto de vista sociológico vagabundo, justificando o criminoso como vítima da Sociedade.
07/12/2012 - 06h00
Rappers ex-presidiários defendem PCC como grupo de
resistência
Rodrigo Bertolotto
Do UOL, em São Paulo
Um fez música mandando “salve” para integrantes do PCC.
Outro foi convidado várias vezes para entrar para a facção, mas negou em nome
do rap. Respectivamente, os rappers Cascão e Dexter são ex-presidiários e
testemunhas do surgimento do Primeiro Comando da Capital.
Os dois falaram com o UOL sobre a atual onda de violência no
Estado de São Paulo, trazendo o ponto de vista de quem vive na periferia e
sente na pele o clima de tensão.
Cerca de 100 policiais foram mortos desde o começo do ano em
ataques atribuídos ao grupo criminoso que nasceu nas penitenciárias. Muitos
apontam o estopim do conflito o dia 28 de maio, quando uma ação da Polícia
Militar terminou com seis homens mortos, supostamente todos integrantes do PCC.
Revide não demorou, e grupos de extermínio passaram a agir
nos subúrbios da Grande São Paulo, levando pânico à sociedade civil. Resultado:
o número de homicídios dolosos (com intenção de matar) em 2012 ultrapassou os
de 2011 no final de outubro.
“Eu tenho medo quando vejo viaturas. A polícia do meu país
não me traz segurança alguma”, afirma Dexter, 39 anos, 13 deles atrás das
grades, o que o transforma em alvo potencial de quem sai à noite em carros
escuros atrás de quem tem passagem por prisões.
Por seu lado, Cascão tem 40 anos de vida, 15 no crime e oito
na cadeia. Começou a compor música na prisão, após receber apoio de Mano Brown,
líder dos Racionais MCs, o grupo mais famoso do gênero.
Neste ano, Cascão, que lidera o grupo Trilha Sonora do
Gueto, lançou a música “Fala que é Nóis”, em que faz uma ode ao PCC (confira
vídeo abaixo). “Os atentado é pra mostrar que o comando é de verdade/O sistema
tá ligado que o comando tá crescendo/Que a cada dia mais armado, nóis não tá
podendo/Se cansamo de ficar vendo a polícia matar”, é um dos trechos da letra.
Além disso, Cascão cita vários líderes da facção na música.
“São caras que eu conheço. Quando eu escrevi a letra, eles autorizaram que eu
colocasse os nomes. Muitos até pediram”, conta o rapper. Ele diz que tem
cautela durante estes dias de violência na Grande São Paulo.
Para Cascão, o PCC é um Hamas (agremiação política
palestina) que nasceu nos presídios. “São pessoas que lutam contra as
patifarias do sistema”, afirmou.
Já Dexter, compara a facção ao MST (Movimento Sem-Terra).
“São formas de organização do povo, para reivindicar direitos.” Tanto Cascão
como Dexter defendem que o PCC ajudou a pacificar as penitenciárias e os
bairros periféricos. Os dois opinam isso a partir da experiência de vida atrás
e fora das grades.
Os dois rappers dão a visão da periferia de um tema que
preocupa a população paulistana: o ressurgimento do conflito entre a facção PCC
e as forças públicas, com muitas baixas de gente inocente no meio das
execuções, atentados e chacinas.
Confira abaixo a entrevista com três PMs aposentados que se
elegeram para a Câmara Municipal de São Paulo. Apelidados de integrantes da
“bancada da bala”, Conte Lopes (PTB), Paulo Telhada (PSDB) e Álvaro Camilo
(PSD) debateram sobre a onda de violência e deram o ponto de vista da polícia.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA EM:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/12/07/rappers-ex-presidiarios-defendem-pcc-como-grupo-de-resistencia.htm
IMAGEM DE PROTESTO EM PRISÃO (Foto Associated Press)
http://www.ocaoquefuma.com/2011/08/preso-do-pcc-primeiro-comando-da.html
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