Na China, mostra Bene Barbosa, existe uma grande quantidade de ataques as a escolas, e crianças são feridas a faca. Quando algum americano maluco usa arma de fogo e mata malucos, isso repercute no mundo todo. Os Estados Unidos são uma democracia, a China uma ditadura. Duas coisas a pensar.
Pensar nas armas de fogo, é como pensar nos aviões. Um avião com 300 passageiros, quando despenca dos ceús, mata todo mundo. Ninguém pensa em proibir os aviões. Ora, aviões são usados como como meio de transporte. Claro. Mas são usados na guerra, podem ser pilotados por um maluco repentino.
As armas de fogo, podem ser vistas como armas de agressão, sim, mas principalmente como armas de prevenção à violência. Os americanos mantém 270 milhões de armas de fogo em casa, e ninguém sai atirando por aí. Quando um louco mata pessoas querem probir as armas para todo mundo.
Automóveis também são meios de transporte... no entanto...Martelos são ferramentas...
Gutenberg J.
O sangue na ponta de uma faca é menos vermelho?
Bene Barbosa
Será que o sangue inocente de uma criança chinesa no gume de
uma faca é menos vermelho que o sangue de uma criança norte-americana no chão
de uma escola?
Dia 14 de dezembro de 2012, um homem invade uma escola
primária e consegue atacar 22 crianças. Não, não estamos falando do mais
recente e hediondo ataque em uma escola norte-americana. Estamos falando de
mais um ataque ocorrido na China. Não, ele não usou uma arma de fogo, usou uma
pequena faca que roubou da cozinha de uma senhora que também foi esfaqueada.
Os ataques à escolas primárias na China são extremamente
comuns e causam centenas de mortes e mutilações em crianças e adultos. O
governo Comunista Chinês decidiu inclusive vetar informações sobre os ataques,
para evitar os possíveis copiadores, ou seja, pessoas que resolvem agir da
mesma forma. Assim, dificilmente teremos número reais da quantidade de ataques
que ocorrem na gigantesca e censurada China.
Ao contrário, os EUA vivem uma democracia que venera a
liberdade de imprensa e por isso não existe qualquer freio – e não deve haver
mesmo - para noticiar-se esse tipo de ocorrência, que sempre causa comoção no
mundo com os vídeos e fotos que são veiculados em milhares de jornais, revistas
e canais de televisão.
No Brasil, imediatamente dois tipos de sentimentos aparecem
em comentários, debates e reportagens, quase sempre juntos: o antiamericanismo
e o desarmamentismo. O discurso de modo simplista e simplório de que o
americano é belicista, que os EUA são a cultura das armas, que o cinema
vangloria a violência, etc. E, claro, num tom professoral, que os EUA deveriam
restringir a compra de armas de fogo pela população, em detrimento da chamada
Segunda Emenda.
O mais interessante é que esses doutos especialistas
brasileiros moram em um país onde o desarmamento vem sendo implantado desde
1997. Em um país onde o porte – legal – de armas é proibido, onde a compra de
um reles .22 tem tamanha burocracia e custos que inviabiliza a aquisição para
99% da população. Ou seja, um país desarmado, mas em que se mata 55 mil
brasileiros por ano! Onde 45% dos jovens que não morrem por causas naturais são
assassinados.
Os EUA possuem 5 vezes menos homicídios que o Brasil.
Connecticut teve, em todo o ano de 2010, menos de 150 assassinatos, e a pequena
cidade de Newton, onde ocorreu o massacre, tem em média dezesseis crimes
violentos por ano, e apenas um homicídio!
Qual o motivo destes “especialistas” que culpam as armas, o
belicismo, o cinema ou o próprio capitalismo não se manifestarem tão
veementemente sobre as mais de cem crianças mortas a facadas, machadadas ou
marretadas na China, só em 2010?
Será que o sangue inocente de uma criança chinesa no gume de
uma faca é menos vermelho que o sangue de uma criança norte-americana no chão
de uma escola? A verdade é que o que define o horror e que “alguma coisa
precisa ser feita” é a ideologia cega e burra dos especialistas de plantão.
Bene Barbosa
18 Dezembro 2012
Bene Barbosa é bacharel em direito, especialista em
segurança pública e presidente da ONG Movimento Viva Brasil.
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/desarmamento/13697-o-sangue-na-ponta-de-uma-faca-e-menos-vermelho.html
ATUALIZADO EM 19/12 - 10H22
Matéria sobre os crimes a faca na China no USAToday:
ATUALIZADO EM 19/12 - 10H22
Matéria sobre os crimes a faca na China no USAToday:
Man with knife injures 22 kids at school in China
December 15, 2012
Security guards are across China after a spate of school
attacks in recent years
Min Yingjun, 36, attacked the students, according to police
An elderly woman and 22 children were injured by knife
BEIJING (AP) — A knife-wielding man injured 22 children and
one adult outside a primary school in central China as students were arriving
for classes Friday, police said, the latest in a series of periodic rampage
attacks at Chinese schools and kindergartens.
The attack in the Henan province village of Chengping
happened shortly before 8 a.m., said a police officer from Guangshan county,
where the village is located.
The attacker, 36-year-old villager Min Yingjun, is now in
police custody, said the officer, who declined to give her name, as is
customary among Chinese civil servants.
A Guangshan county hospital administrator said the man first
attacked an elderly woman, then students, before being subdued by security
guards who have been posted across China following a spate of school attacks in
recent years. He said there were no deaths among the nine students admitted,
although two badly injured children had been transferred to better-equipped
hospitals outside the county.
A doctor at Guangshan's hospital of traditional Chinese
medicine said that seven students had been admitted, but that none were
seriously injured.
Neither the hospital administrator nor the doctor would give
his name.
It was not clear how old the injured children were, but
Chinese primary school pupils are generally 6-11 years old.
A notice posted on the Guangshan county government's website
confirmed the number of injured and said an emergency response team had been
set up to investigate the attacks.
No motive was given for the stabbings, which echo a string
of similar assaults against schoolchildren in 2010 that killed nearly 20 and
wounded more than 50. The most recent such attack took place in August, when a
knife-wielding man broke into a middle school in the southern city of Nanchang
and stabbed two students before fleeing.
Most of the attackers have been mentally disturbed men
involved in personal disputes or unable to adjust to the rapid pace of social
change in China, underscoring grave weaknesses in the antiquated Chinese
medical system's ability to diagnose and treat psychiatric illness.
In one of the worst incidents, a man described as an
unemployed, middle-aged doctor killed eight children with a knife in March 2010
to vent his anger over a thwarted romantic relationship.
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