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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

HUGO CHÁVEZ LUTA A BATALHA CONTRA A MORTE EM HAVANA. O médico Rafael Marquina diz que Chávez tem 50% de chances de viver, ou de morrer. A situação é bem grave.

Hugo Chávez está em Havana, Cuba, e luta com a Morte. Na verdade, a sua luta com a Morte já começou há um bom tempo, desde que foi confirmado que estava com um tipo de câncer muito agressivo.

Lamento pela doença, mas a forma como ele reagiu a ela, tentando escondê-la em sua real dimensão de seu povo, talvez vá lhe custar bem caro. O médico venezuelano José Rafael Marquina, que trabalha nos Estados Unidos e tem fontes em Cuba, iz que a situação é muito grave, que ele está com uma infecção decorrente da operação que lhes extraiu duas vértebras concerosas, em um trabalho de mais de seis horas.

De certo modo as ideias que as pessoas adotam ou seguem acabam influenciando a sua própria vida. Chávez fez tantos discursos contra os Estados Unidos, espalhou tanto ódio aos americanos em seu próprio país, a Venezuela, que, uma vez doente, viu-se impedido, pelo nacionalismo excessivo, de procurar a medicina de ponta americana.


Fascinado por Cuba e pela mitologia relativa a Fidel, seu guru, Hugo Chávez preferiu as história de carochinha sobre as maravilhas da medicina cubana, um país onde não há sabonete, pasta de dentes e, até, papel higíênico, mas dotado de uma máquina de propaganda bem azeitada e que funciona em muitos países.

Com isso o ditador cubano vendeu a ideia da fantástica medicina cubana. Uma farsa evidente, em termos de pesquisa. A única coisa que funciona por lá é a medicina familiar preventiva.

Fidel, quando acometido de doença grave, há alguns anos, tratou de importar médicos espanhóis de sua confiança. Chávez seguiu o mestre e, ao invés de vir ao Brasil, como teve a oportunidade, para tratar-se no Hospital Sírio Libanês, ou ir aos Estados Unidos, ou a algum centro europeu de excelência, preferiu Havana.

Há outra razão, absurda mas real, para a preferência por Havana. A segurança de que pode dispor. No Brasil, Nos Estados Unidos, e em outros centros médicos avançados, não impediria os boletins médicos e a curiosidade da imprensa.

Como em Cuba funciona uma ditadura pesada, ali ninguém pode comentar um pio, um tico, um nadinha sobre a saúde de Chávez. Aqui, hoje, no Brasil, sabemos bem mais dos que os cubanos ao lado do Hospital Cimeq, em Havana, onde ele está internado.

Na primeira operação, segundo médicos americanos, teria havido uma barbeiragem e, desde então, o câncer avança e Chávez sofre com as dores. Toma remédios fortíssimos e estava inchado, mal podendo andar e parar de pé. 

Como está copiando o regime cubano, preferiu, como Fidel, não dar detalhes ao povo sobre a gravidade da doença, como se um líder não fosse um tipo humano, mas um deus. Os médicos fizeram o possível para mantê-lo vivo até outubro passado, para que disputasse as eleições. Ao invés de tratamento, remédios para a dor.

Agora, talvez não tenha condições de assumir o governo em janeiro.

www.sponholz.arqu.br
As ditaduras são regimes estranhos, os líderes centralizam tudo e devem ser imunes a tudo. Nada os atinge, e a eles tudo é possível. Mas isso não funciona assim na realidade. Desde os velhos tempos da mitologia grega as parcas tecem o fio da vida e o cortam quando lhes dá na telha. 

Hugo Chávez está pendurado por um fio.

Repentinamente, aquilo que foi negado por meses e meses é dito de sopetão, no último minuto, por meio de cadeia de TV: talvez eu não possa assumir.  Pode ser, até isso, uma estratégia para canalizar, por meio da emoção, os votos dos venezuelanos para Nícolas maduro, a quem ele pediu votos no domingo quando falou ao povo. 

Isto é, como Chávez sabia que poderia não voltar de Havana, usou a tensão máxima da emoção popular para pedir votos para Maduro, para evitar que o regime caia de podre. 

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