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domingo, 16 de dezembro de 2012

QUEM PRIVATIZOU A PETROBRAS. TREZE TÓPICOS PARA ENTENDER COMO A PETROBRAS JOGOU FORA O DINHEIRO DOS BRASILEIROS. A compra e a posterior venda, com um prejuízo monstruoso, da Pasadena Refining System Inc, refinaria americana situada no Texas, pela Petrobras, sinaliza a duvidosa passagem de Sérgio Gabrielli pela presidência da empresa. Um bom negócio deve ser bom para todos os sócios, não só para os sócios belgas. E Dilma sabia de quase tudo, era do Conselho da Empresa.

EM 2005 A PETROBRAS COMPRA, POR US$360 MILHÕES, A METADE DE UMA REFINARIA OBSOLETA NO TEXAS (EUA), QUE HAVIA SIDO COMPRADA POR US$42,5 MILHÕES POR UMA EMPRESA BELGA (ASTRA OIL).

PORTANTO, A EMPRESA BELGA VENDEU À PETROBRAS O QUE VALIA POUCO ANTES US$21,5 MILHÕES. CARAMBA, UMA DIFERENÇA DE 16,7 VEZES PARA MAIS. 

UM LUCRO E TANTO!, PARA OS BELGAS, LOGICAMENTE. MAS HÁ MAIS BARBARIDADES, MUITOS MAIS.

EM SEGUIDA, EXPLICA-SE ABAIXO, A PETROBRAS COMPRA A OUTRA METADE POR US$700 MILHÕES DE DÓLARES! A METADE QUE HAVIA CUSTADO AOS SÓCIOS BELGAS OS OUTROS US21,5 MILHÕES. QUASE TRINTA VEZES MAIS CARO.

OS BELGAS SÃO GENIAIS PARA FAZER NEGÓCIOS... COM BRASILEIROS. E, COMO DIZIA AQUELA BELA AMERICANA, KATE LYRA, FAZENDO BIQUINHO NA TV : "BRASILEIRO É TÃO BONZINHO!"...

KATE LYRA: "BRASILEIRO É TÃO BONZINHO"!
ESTA É A NOTÍCIA, DE 2005, SOBRE A COMPRA DE 50% DA REFINARIA PASADENA REFINING SYSTEM Inc, PELA PETROBRAS (Matéria do site da Câmara de Comércio Brasil-Japão)

Presidente da Petrobras formaliza compra de refinaria nos EUA                       

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, formalizou, nesta terça-feira (19/9), a compra, por parte da Companhia, de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. A empresa Astra Oil Company, subsidiária do grupo belga Compagnie Nationale a Portefeuille AS, é sócia da Petrobras no negócio e detém os 50% restantes.  O investimento é de aproximadamente US$ 360 milhões.

O gerente-geral da Petrobras América, Renato Bertani, e os diretores Nestor Cerveró (Internacional) e Paulo Roberto da Costa (Abastecimento) estavam presentes à cerimônia de assinatura do contrato.

A refinaria terá ampliada a capacidade de processamento que, hoje, é de 100 mil barris por dia.  A Petrobras e a Astra realizam estudos para dobrar essa produção e adaptar a unidade para processar óleo pesado importado da Bacia de Campos e convertê-lo em derivados de alta performance e adequados às normas reguladoras do meio ambiente nos Estados Unidos.

Com a aquisição de metade da refinaria de Pasadena, a Petrobras inicia sua maior participação no segmento dowstream (refino e comercialização) nos Estados Unidos, em conformidade com o Plano Estratégico da Companhia.

Antes da assinatura, os executivos da Petrobras concederam uma entrevista coletiva para cerca de 30 jornalistas norte-americanos e brasileiros, na sede da Petrobras América, em Houston.

Gabrielli ressaltou para a imprensa os investimentos da Companhia no setor norte-americano do Golfo do México, região onde, no mês passado, a Companhia arrematou, em leilão, o maior número de blocos leiloados no Lease Sale 200.

BANDEIRA BRASILEIRA TREMULANDO EM PASADENA
Com um total de US$ 45.483 milhões, oferecidos para 34 blocos, a Petrobras também foi a maior ofertante no que diz respeito ao valor total investido.

No leilão, a Petrobras buscou consolidar a sua posição em duas atuais áreas que são o foco de suas atividades: as águas ultraprofundas no quadrante Keathley Canyon e as águas profundas na região de Garden Banks.

 Também no mês passado, A Petrobras América anunciou a aquisição de participação adicional de 25% no campo de Cascade, e de 26,67% no campo de Chinook, da BHP Billiton, ambos situadas no setor norte-americano do Golfo do México.

A Companhia também decidiu adquirir até a totalidade dos 15% da participação que a Hess detém no campo de Chinook. Após a conclusão destas duas transações, a companhia passará a deter 50% de participação em Cascade e até 71,67% em Chinook. A Petrobras será a operadora no desenvolvimento dos dois campos. As participações restantes em Cascade e Chinook permanecerão com a Devon e com a Total, respectivamente.

O desenvolvimento de Cascade e Chinook é de enorme importância para a Indústria do Petróleo no Golfo do México. Além de produzir petróleo de reservatórios paleogênicos nunca antes desenvolvidos nessa profundidade de água, será utilizado um conceito de desenvolvimento baseado em uma unidade de produção do tipo FPSO, o que será uma novidade nas águas americanas do Golfo do México, embora esta tecnologia seja muito familiar para a Petrobras em suas operações offshore no Brasil.

A Petrobras também é a operadora de um campo de gás denominado Cottonwood, situado no bloco Garden Banks, onde é detentora de 80% de participação. O projeto de produção consiste na completação submarina dos poços e suas interligações às infra-estruturas de produção disponíveis em águas mais rasas, com início de produção previsto para o início de 2007.

Entre 2007 e 2011, a  Petrobras vai investir US$ 12,1 bilhões  no exterior. As atividades de Exploração & Produção no exterior receberão 70,2% dos investimentos. A segunda maior parcela de investimentos - 24,8% - será destinada às atividades de refino e comercialização.

Dos US$ 12,1 bilhões, 28% (US$ 3,3 bilhões) serão alocados na América Latina, 23% (US$ 2,8 bilhões) na América do Norte, 16% (US$ 2 bilhões) na África e 33% (US$ 4 bilhões) em novos projetos.

CÂMARA DE COMÉRCIO RASIL JAPÃO:


SETE ANOS DEPOIS A PETROBRAS COLOCA A REFINARIA A VENDA
AQUI SEGUE UMA MATÉRIA DA ÉPOCA, DO ESTADÃO (SABRINA VALLE): 

Petrobrás pode ter perda milionária nos EUA

Estatal pôs a venda refinaria de Pasadena, pela qual pagou US$ 1,2 bi, mas que já havia sido negociada, 7 anos antes, por US$ 42,5 milhões

11 de julho de 2012 
Sabrina Valle, da Agência Estado

RIO - A Petrobrás deve amargar prejuízo milionário com a venda da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Esse é um dos ativos que a estatal pretende ofertar ao mercado, no programa de desinvestimento que vai ajudar a financiar investimentos no pré-sal. Após anos de batalha judicial com sua sócia, uma trading belga, a petroleira brasileira fechou há duas semanas um acordo para aquisição de 100% da refinaria.

Ao todo, a Petrobrás pagou US$ 1,18 bilhão, em duas etapas, para comprar uma refinaria que, há sete anos, custou US$ 42,5 milhões à sua agora ex-sócia - quase 28 vezes menos.

Fontes que acompanharam a operação em diferentes estágios asseguram que o valor de mercado hoje da refinaria texana, de baixa complexidade, é muito menor do que o valor gasto pela Petrobrás para a obtenção do controle. Poderia chegar a um décimo do que foi pago.

Os investimentos programados na época para dobrar a capacidade para 200 mil barris por dia e adequar a unidade ao processamento de óleo pesado brasileiro, tornando-a mais sofisticada, nunca foram feitos.

Perguntada se espera retorno para os US$ 1,18 bilhão, a Petrobrás afirmou, em nota, ter como princípio "trabalhar para agregar valor aos seus ativos, e para tanto analisa constantemente as oportunidades do mercado".

"Quando avaliamos a aquisição da refinaria, o cenário era de margens de refino crescentes, a demanda mundial também estava em crescimento e não havia previsões sobre a crise de 2008, com seus desdobramentos no segmento de refino", disse a companhia, na nota.

A Agência Estado antecipou, no início de maio, a possibilidade de venda da refinaria, em entrevista com o presidente da Petrobrás Americas, Orlando Azevedo.

Apesar de haver diferenças de custos entre unidades de refino, uma comparação de mercado poderia ser feita com a refinaria americana Trainer, também para óleo leve, comprada no fim de abril deste ano pela Delta Airlines por US$ 150 milhões. A refinaria processa 85% mais óleo do que a de Pasadena. A Delta ainda recebeu US$ 30 milhões em incentivos do governo para fechar o negócio com a ConocoPhilips.

O acordo em Pasadena, anunciado no último dia 29 pela Petrobrás, desvinculou a petroleira da sócia Transcor/Astra. Em 2006, a trading de energia belga vendeu 50% da refinaria à petroleira. A outra metade foi repassada no mês passado, após encerrada a briga judicial, travada por divergências entre os sócios sobre investimentos. A trading é subsidiária do grupo NPM/CNP, controlado pela família Frère, com ações negociadas em Bruxelas.

A empresa belga comprou 100% da refinaria em janeiro de 2005 por US$ 42,5 milhões, segundo relatório financeiro enviado à bolsa europeia. Onze meses depois, em 16 de novembro de 2005, foi fechado memorando de entendimento para vender metade da refinaria à Petrobrás por mais de US$ 300 milhões.

Em setembro de 2006 foi oficializada a aquisição por cerca de US$ 360 milhões, um negócio que o controlador belga descreveu em seu balanço como "um sucesso financeiro acima de qualquer expectativa razoável". O negócio foi aprovado em conselho de administração. Participaram da coletiva de imprensa nos EUA os ocupantes, na época, da presidência da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, da diretoria de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e da diretoria Internacional, Nestor Cerveró. O negócio foi fechado em um momento de pico das margens de refino no mercado, que depois caíram. Antes e depois do acordo a refinaria passou meses parada para manutenção ou por causa da passagem do furacão Rita. Em 29 de junho deste ano, a Petrobrás anunciou o pagamento de mais US$ 820,5 milhões para encerrar processos na Justiça e comprar os 50% restantes da refinaria.


 SEGUE ABAIXO UM TRECHO DE TEXTO ESCLARECEDOR DE REINALDO AZEVEDO SOBRE AS AVENTURAS DA PETROBRAS EM TERRA DO TIO SAM. 

"...Desde que Sérgio Gabrielli, o buliçoso ex-presidente da Petrobras, deixou a empresa, os esqueletos não param de pular do armário. A presidente Dilma Rousseff o pôs para correr. Ele se alojou na Secretaria de Planejamento da Bahia e é tido como o provável candidato do PT à sucessão de Jaques Wagner. Dilma, é verdade, nunca gostou dele, desde quando era ministra. A questão pessoal importa menos. 

Depois de ler o que segue, é preciso responder outra coisa: o que ela pretende fazer com as lambanças perpetradas na Petrobras na gestão Gabrielli? Uma delas, apenas uma, abriu um rombo na empresa que passa de UM BILHÃO DE DÓLARES. Conto os passos da impressionante reportagem de Malu Gaspar na VEJA desta semana. Prestem atenção!


1: Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou uma refinaria americana chamada Pasadena Refining System Inc. por irrisórios US$ 42,5 milhões. Por que tão barata? Porque era considerada ultrapassada e pequena para os padrões americanos.

2: ATENÇÃO PARA A MÁGICA – No ano seguinte, com aquele mico na mão, os belgas encontraram pela frente a generosidade brasileira e venderam 50% das ações para a Petrobras. Sabem por quanto? Por US$ 360 milhões! Vocês entenderam direitinho: aquilo que os belgas haviam comprado por US$ 22,5 milhões (a metade da refinaria velha) foi repassado aos “brasileiros bonzinhos” por US$ 360 milhões. 1500% de valorização em um aninho. A Astra sabia que não é todo dia que se encontram brasileiros tão generosos pela frente e comemorou: “Foi um triunfo financeiro acima de qualquer expectativa razoável”.

3 – Um dado importante: o homem dos belgas que negociou com a Petrobras é Alberto Feilhaber, um brasileiro. Que bom! Mais do que isso: ele havia sido funcionário da Petrobras por 20 anos e se transferiu para o escritório da Astra nos EUA. Quem preparou o papelório para o negócio foi Nestor Cerveró, à frente da área internacional da Petrobras. Veja viu a documentação. Fica evidente o objetivo de privilegiar os belgas em detrimento dos interesses brasileiros. Cerveró é agora diretor financeiro da BR Distribuidora.

CERVERÓ: SEMPRE ATENTO A BOAS OPORTUNIDADES
Calma! O escândalo mal começou
Se você acha que o que aconteceu até agora já dá cadeia, é porque ainda não sabe do resto.

4 – A Pasadena Refining System Inc., cuja metade a Petrobras comprou dos belgas a preço de ouro, vejam vocês!, não tinha capacidade para refinar o petróleo brasileiro, considerado pesado. Para tanto, seria preciso um investimento de mais US$ 1,5 bilhão! Belgas e brasileiros dividiriam a conta, a menos que…

5 – … a menos que se desentendessem! Nesse caso, a Petrobras se comprometia a comprar a metade dos belgas — aos quais havia prometido uma remuneração de 6,9% ao ano, mesmo em um cenário de prejuízo!!!

6 – E não é que o desentendimento aconteceu??? Sem acordo, os belgas decidiram executar o contrato e pediram pela sua parte, prestem atenção, outros US$ 700 milhões. Ulalá! Isso foi em 2008. Lembrem-se que a estrovenga inteira lhes havia custado apenas US$ 45 milhões! Já haviam passado metade do mico adiante por US$ 360 milhões e pediam mais US$ 700 milhões pela outra. Não é todo dia que aparecem ou otários ou malandros, certo?

7 – É aí que entra a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acusou o absurdo da operação e deu uma esculhambada em Gabrielli numa reunião. DEPOIS NUNCA MAIS TOCOU NO ASSUNTO.

8 – A Petrobras se negou a pagar, e os belgas foram à Justiça americana, que leva a sério a máxima do “pacta sunt servanda”. Execute-se o contrato. A Petrobras teve de pagar, sim, em junho deste ano, não mais US$ 700 milhões, mas US$ 839 milhões!!!

9 – Depois de tomar na cabeça, a Petrobras decidiu se livrar de uma refinaria velha, que, ademais, não serve para processar o petróleo brasileiro. Foi ao mercado. Recebeu uma única proposta, da multinacional americana Valero. O grupo topa pagar pela sucata toda US$ 180 milhões.

10 – Isto mesmo: a Petrobras comprou metade da Pasadena em 2006 por US$ 365 milhões; foi obrigada pela Justiça a ficar com a outra metade por US$ 839 milhões e, agora, se quiser se livrar do prejuízo operacional continuado, terá de se contentar com US$ 180 milhões. Trata-se de um dos milagres da gestão Gabrielli: como transformar US$ 1,199 bilhão em US$ 180 milhões; como reduzir um investimento à sua (quase) sétima parte.

11 – Graça Foster, a atual presidente, não sabe o que fazer. Se realizar o negócio, e só tem uma proposta, terá de incorporar um espeto de mais de US$ 1 bilhão.

12 – Diz o procurador do TCU Marinus Marsico: “Tudo indica que a Petrobras fez concessões atípicas à Astra. Isso aconteceu em pleno ano eleitoral”.

13 – Dilma, reitero, botou Gabrielli pra correr. Mas nunca mais tocou no assunto.

REINALDO AZEVEDO

NESTOR CERVERÓ:

KATE LYRA - IMAGEM:



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