Alguma coisa incomodava Adam Lanza já há algum tempo. Havia
conversado com a mãe, Nancy Lanza, sobre irem embora de Newtown, pois ele
pensava em fazer faculdade em Seattle ou nas Carolinas (Norte ou Sul).
Alguma coisa não andava muito bem com ele, na terça-feira da
semana passada, três dias antes do massacre, ele esteve na Dick´S Sportings
Good Store tentando comprar um rifle. Não conseguiu. Não porque não tivesse
dinheiro ou outro motivo assim, é que seria necessário esperar uma checagem de
antecedentes, e isso levaria alguns dias. Lanza foi embora irritado.
Na madrugada de sexta-feira, dia 14, talvez ele nem tenha
dormido muito bem. Talvez sua cabeça estivesse muito ocupada pelo plano de resolver
tudo definitivamente.
Mas resolver o quê? Bem, isso ninguém sabe e nem,
provavelmente, saberá. É o que a policia procura entender, juntando os cacos,
os sinais, os detalhes, como num jogo puzzle.
NANCY LANZA - DAILY MAIL |
Há informações de que era arredio ao relacionamento social,
mas inteligente. Há informações de que um cuidador de crianças contratado pela
mãe, quando ele era menor, havia recebido a recomendação de não desgrudar os
olhos dele e nem de ficar de costas para Adams. E qual o motivo? Ninguém sabe.
A MORTE ESPREITA NO QUARTO
Naquela manhã de 14 de dezembro Adam foi silenciosamente até
o quarto de sua mãe e deve ter olhado bem para o seu rosto, ainda bonito, de uma
mulher de 52 anos. Quanto tempo ficou ali? Ninguém poderá dizer. Nancy foi
morta, Adam suicidou-se. Até o momento a policia não informou se encontrou algo
escrito, ou nos computadores, que possa esclarecer o mistério todo.
Adam pode ter ficado longamente olhando sua mãe adormecida,
vestida de pijamas, enquanto resolvia puxar o gatilho. Foi um crime cruel,
talvez psiquiatras possam explicar o fato de Adam, um filho de 20 anos de
idade, haver matado a mãe com quatro tiros no rosto, que a desfiguraram
mortalmente.
Não foram tiros a esmo, espalhados pelo corpo, pelo quarto. Ao,
foram disparos certeiros, a curta distância, contra o rosto da mãe. Isso deve significar alguma coisa especial.
O que Adam via de perigoso ou alarmante naquele rosto? Qual o segredo
escondido pelos olhos de sua mãe? Ou teria sido um castigo para ela?
TESTEMUNHA SILENCIOSA |
A família Lanza morava em um tipo de mansão em um condomínio
de mansões espaçosas, separadas entre si por muitas árvores, na periferia de
Newtown, localizada no número 36 da Uogananda Street. Segundo as informações, a casa poderia valer entre US$1,4 e US$1,6 milhão.
Nancy tinha uma pensão de 280 mil dólares anuais do ex-marido, e não era, conforme foi
divulgado antes, professora na escola de Sandy Hook.
Segundo testemunhas, era uma mãe dedicada, que cuidava dos
filhos, embora o outro, Ryan, 24 anos, já tivesse vida própria e não morasse mais com
ela e Adam. Ela era apaixonada por armas de fogo e tinha uma coleção delas. E
havia ensinado Adam a atirar.
Após matar a mãe, provavelmente com uma das pistolas, Adam
recolheu todas as armas (duas pistolas –Glock e Sig Sauer, e um rifle de
assalto Bushmaster), muita munição, pegou as chaves do Honda Civic, e
dirigiu-se, tranquilamente, para a escola Sandy Hook.
É um percurso curto, de uns 8 quilômetros, percorridos sem
problemas. É uma região fora do centro, muito tranquila. Adam matou a mãe cedo, talvez entre 6 e 8 horas da manhã. Preparou
as armas, as munições, vestiu uma roupa militar preta, colocou colete à prova
de balas e levou uma máscara, que usava quando atirou nas crianças.
CALMA EM SANDY HOOK
Como todos os dias, os ônibus escolares transportaram as
mais de 600 crianças que estudavam em Sandy Hook, logo pela manhã. Quando Adam
chegou à escola, perto das nove horas, a escola estava já em pleno funcionamento
normal. Seria apenas mais um calmo e longo dia de aulas.
A vida é assim. Para o bem ou para o mal, a vida é cheia de surpresas. Poucos minutos depois muitas pessoas estariam mortas, e elas não haviam planejado isso.
Adam deveria conhecer bem a rotina. Parou o carro preto no
estacionamento, carregou as armas, saiu do Honda, dirigiu-se à escola andando, atirou numa porta de vidro que estava
fechada por segurança, e invadiu o prédio.
O resto nós sabemos: gritos, tiros, medo dor e morte. Vinte
crianças, a maioria entre 6 e 7 anos, morreram, além de seis adultos,
professoras e funcionários. Mais o próprio Adam, que suicidou-se assim que percebeu que policia
havia chegado, e sua mãe, Nancy, morta em casa, na cama, vestida de pijamas.
Morta pelo
filho que amava e que aprendeu a gostar e usar armas com ela mesmo, uma apaixonada pelas
armas de fogo.
Informações coletadas da imprensa internacional
The Huffington Post e Daily Mail
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