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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O PIBÃO DA DILMA E O SOCIALISMO NO BRASIL. Socialismo é a subordinação de tudo ao desejo dos burocratas do Estado e do partido governante. É o que temos no Brasil. (Nivaldo Cordeiro)



O texto de Nivaldo Cordeiro sobre a natureza socialista da economia no Brasil anda por si mesmo. Leia com atenção e perceba para onde caminhamos, embora, talvez, o leitor mesmo possa sentir-se beneficiado, por alguma razão, pela atual política econômica dos últimos governos.

De minha parte, volto a tocar em algo que me deixa muito intrigado. Lido, entre outras coisas, com fotografias de imprensa e arquivos antigos. Nada me deixa mais abalado e, ao mesmo tempo, tão cheio de esperança quanto analisar as fotografias dos anos 30, relativas à Grande Depressão Americana.

Nos arquivos americanos vemos pessoas na mais absoluta pobreza, jovens mães com vestidos feitos de restos de sacos de 60 quilos, e crianças esquálidas, vestidas miseravelmente, com os pés no chão.  Em comparação, nada me deixa mais estupefato que olhar fotografias dos tais jovens indignados espanhóis de 2011/2012.

Jovens com boas roupas, calçados com tênis caros, gorduchos e corados, reclamando dos cortes em despesas públicas, sem o quê países como a Espanha, Portugal, Grécia, Irlanda ou Itália, por exemplo, tornar-se-ão inviáveis, com uma despesa governamental muito maior que a receita.

A política econômica socialista, embora calcada num alegado princípio abstrato de justiça social (seja lá o que isso for), desmonta a economia, desorganiza o mercado e destrói a capacidade de definição de preços. Cria uma sociedade absolutamente irreal, dotada de uma economia de ficção, que não consegue andar com as próprias pernas.

Por um lado, governos socialistas distribuem benesses saídas do Tesouro comum, por outro interferem na iniciativa das pessoas e nas empresas privadas, minando a capacidade de geração de riquezas. Em tempo curto a economia fica tão desorganizada que o governo cada vez mais passa a usar medidas de força para manter a ordem geral. Mais e mais autoritarismo, até uma solução final totalitária.

Os mais ligados à máquina central vão bem, basta não contrariar certas diretrizes, mas a maior parte da economia perde a motivação. Qualquer estudante sério poderia verificar por si mesmo como funciona hoje a economia na Coréia do Norte, em Cuba, na Argentina, na Venezuela, No Brasil. Há graus de diferença, mas a idéia central é a mesma.  Interferência sobre a realidade, como se o resultado fosse natural, e não mera projeção da ideologia socialista.

Millor Fernandes já dizia que a ideologia comunista é como o alfaiate que, ao experimentar a roupa no cliente, verificando que ficou mal acentada, não mexe na roupa, faz as correções no cliente!...   

Gutenberg J.   

Um sofista antológico

NIVALDO CORDEIRO
25 DEZEMBRO 2012           

Socialismo é a subordinação de tudo ao desejo dos burocratas do Estado e do partido governante. É o que temos no Brasil.

O PT está no poder há 11 anos e desde que desembarcou no Palácio do Planalto não perdeu tempo e pôs em andamento seu processo socialista de poder. É verdade que os governos anteriores já tinham marchado para o socialismo, mas o PT o fez em passo acelerado.


Dizer que a economia brasileira é capitalista é mera força de expressão, na medida em que há elevada tributação, acelerada estatização, regulação draconiana - que transforma donos de empresas em vacas de presépio -, insegurança jurídica e, sem esgotar tudo, o poder de compra do Estado, que em alguns mercados é quase monopsonista.

Fora do Estado não há processo econômico.

Os grandes grupos empresariais foram transformados em sócios do Tesouro. Inversamente, o Tesouro é agora o sócio dos grandes grupos empresariais, frequentemente na condição de majoritário. Ou indiretamente, via BNDES e fundos de pensão de empresas estatais.

O socialismo em vigor é o mesmo de sempre, a união do Estado com os grandes grupos capitalistas, preconizada por Hilferding. É o fascismo econômico, a face possível do socialismo, sobretudo depois do fracasso das economias centralmente planificadas. O poder do monopólio de emissão de moeda e de compra e venda de moeda estrangeira dá ao Estado o controle total sobre o processo econômico.

Quando não é sócio é porque é dono ele mesmo da principal empresa, como no setor bancário. E regulamenta tanto que as decisões empresariais acabam por ser meros reflexos das decisões dos burocratas estatais.

Socialismo é essa união indissolúvel entre o Estado e os grandes grupos empresariais, uma estatização tácita do setor produtivo. Socialismo é a politização completa da economia, na qual o setor privado acaba completamente emasculado. Socialismo é a subordinação de tudo ao desejo dos burocratas do Estado e do partido governante. É o que temos no Brasil.

Por isso li com espanto o artigo de Vladimir Safatle na Folha de São Paulo (Capitalismo de espoliação). O autor demonstra saber muito bem o que houve no governo Lula, mas continua acusando o capitalismo das mazelas criadas pelo modo socialista/fascista de conduzir a economia. Aqui estamos diante de um caso clássico de paralaxe cognitiva, nos termos definidos por Olavo de Carvalho. A coisa toda foi criada pela corriola socialista do Sr. Safatle, mas ele só enxerga a culpa do capitalismo. É um propagandista agressivo da causa e não tem pejo de negar a realidade para continuar na sua propaganda.

www. sponholz.arq.br
Antes que digam algo: o fascismo sempre foi primo-irmão do socialismo e o tempo mostrou que ele é mais consistente do que aquilo que era defendido pelos que advogavam pelo planejamento central. Creio que estamos vendo na Europa e no mundo todo o esgotamento desse modelo econômico, que mata a vitalidade dos agentes. O fascismo tem a vantagem de manter o formalismo da liberdade de mercado, mas todos sabem que as liberdades se dão dentro de um jogo de cartas marcadas, em que o juiz é dono da bola, faz as regras, muda-as quando quer, é dono do campo e é dono dos times. Não há liberdade, na prática. Tudo se encontra enrijecido por regulamentos e licenças.

É claro que essa maneira de fazer as coisas acaba por encarecer os produtos e atrofiar a poupança. Receita da gênese da crise, com baixo crescimento do PIB e elevação da inflação. É o quenchetes do dia. É o que sentimos na prática. Socialismo é perdiçnos informam as maão. Não há mais como ter “pibão”.
  
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:



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