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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

ROSE, O FURACÃO. NO DIA 15 O PARAÍSO, EM 23 O INÍCIO DO PASSEIO PELO INFERNO. Pois é, as coisas estão aceleradas em Brasília. Parece que há um furacão rondando a República. Nos EUA furacões tinham nomes masculinos. Depois, pelos protestos feministas, passaram a ter nomes femininos. Rose seria um bom nome para um furacão tropical.




As rajadas foram tão fortes que Lula foi parar na Alemanha. Algumas pessoas ficaram atordoadas. O ministro da Justiça, Cardozo, disse no Congresso que não havia quadrilha alguma, no entanto, dois ou três dias depois a Policia Federal indiciou Rosemary Nóvoa de Noronha por, entre outras coisas, formação de quadrilha!

Os petistas começaram com a choradeira de sempre, que já está se tornando uma coisa muito chata: tudo coisa da mídia, intriga da oposição, etc. Alguns lideres vêm com aquela abordagem aparentemente racional, mas absolutamente equivocada de separar partido de pessoas. Ora, o partido é uma entidade, um corpo, um organismo, um todo, formado pelas partes, seus membros.

Claro que um membro pode fazer algo que não foi determinado ou planejado por um partido. Mas isto, no Brasil, já está ficando vergonhoso. Os maiores escândalos dos últimos tempos sempre envolvem petistas, e sempre muito próximos de gente mais poderosa. Sempre à sombra dos poderosos. Isso é muito mau sinal. Ou tolerância com os “erros”, ou “malfeitos”, como dizem agora para tratar de suspeitas de crimes, ou desleixo, falta de controle. 

Há algo de poddre no reino da Dinamarca.

DO PARAÍSO PARA O INFERNO

No dia 15 de novembro Rose estava hospedada com José Dirceu e a mulher dele em uma mansão de um empresário, na praia de Camaçari, Camaçari é um paraíso litorâneo, na Bahia. 

Uma semana depois começa uma viagem por um inferno dantesco, com a Operação Porto Seguro, o que acabou, em seguida, com o seu indiciamento por formação de quadrilha. Tudo fulminante como um raio, pois faltam ainda cinco dias para se completar um mês da viagem a Camaçari.

ROSE, NO CÍRCULO AMARELO
(FOTO: EDSON RUIZ/ESTADÃO)
Segundo o ministro Cardozo, na primeira fase da investigação, de fevereiro de 2011 a março de 2011, a PF analisou documentos entregues pelo ex-auditor (o que se arrependeu e denunciou o esquema), quebrou sigilos bancários e de comunicações, sobretudo emails dos envolvidos. Na segunda fase, houve quebra do sigilo telefônico de investigados.

De acordo com o ministro, a operação demonstrou tentativas de fraudar pareceres a partir da cooptação de servidores públicos na Agência Nacional de Águas, na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), na Advocacia-Geral da União (AGU), nos Correios, na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), e no gabinete da Presidência da República em São Paulo. (informações O Globo).

Em matéria do Estadão, o jornalista Fausto Macedo informa que:

(Fausto Macedo, de O Estado de S.Paulo)
“No relatório da Operação Porto Seguro que entregou à Justiça Federal na última sexta-feira, a Polícia Federal sustenta que Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, era "o braço político da quadrilha" que se instalou em órgãos públicos para compra de pareceres técnicos fraudulentos.

Segundo a PF, Rose "fazia aquilo que Paulo Vieira pedia". Vieira, ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), foi nomeado para o cargo por recomendação e ingerência de Rose que, em troca de e-mails interceptada pela PF, dizia a seus interlocutores frequentemente que se reportava ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem rotulava de PR.

A PF sustenta que Vieira era o líder da organização que teria se infiltrado nas repartições federais, inclusive três agências reguladoras, para atender interesses empresariais, como do ex-senador Gilberto Miranda, que também foi indiciado no inquérito da Porto Seguro.

Um irmão de Paulo, Rubens Vieira, chegou a cargo estratégico - diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - pelas mãos de Rose, conclui a PF.

"(Rosemary) marcava reuniões, colocava pessoas de interesse de Paulo em contato com autoridades", assinala o relatório da PF.

Rose foi indiciada pela PF em quatro crimes: corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de influência e formação de quadrilha. Nomeada para o cargo em 2009 pelo então presidente Lula, ela foi demitida no último dia 24 pela presidente Dilma Rousseff, quando estourou a Operação Porto Seguro”. (O Estadão)

IMAGEM DE TORNADO:



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