POR ENQUANTO, APENAS UM BRINQUEDINHO CARO
NÃO HÁ LINHAS DE TRANSMISSÃO!
È COMO UM TREM SEM LINHAS FÉRREAS, UM AVIÃO SEM ASAS.
Nesta Terra de Santa Cruz, se fizerem uma barragem em um
rio, para implantar uma hidrelétrica, é capaz que os responsáveis se esqueçam
de colocar as turbinas. Não é exagero.
Na região de Caitité, na Bahia,
inauguraram em julho deste ano 184 aerogeradores gigantescos que, apesar do
vento existente, não servem para acender uma só lâmpada. Os gênios não fizeram
a linha de transmissão de energia, o que só deverá estar concluído em julho de
2013!
Leio em matérias de arquivo, que o tal complexo de produção
de energia eólica, o maior da América Latina, custou R$ 1,2 bilhão, e foi
inaugurado na presença de 400 convidados. Ainda bem que a inauguração não foi
noturna. Teriam ficado no breu. O complexo pode gerar 300MW, o suficiente para abastecer
uma cidade do tamanho de Brasília. O conjunto ficará um ano inteiro sem ser
utilizado!
O Brasil é um país assombroso. Do ponto de vista moral, uma terra
macunaímica. Do ponto de vista natural, riquíssimo em terras férteis, recursos
hídricos e eólicos. Até petróleo tem. Do ponto de vista político, é um milagre
que esta terra sobreviva a tanta incompetência e descaso com o dinheiro público.
Diz matéria do Estadão, em arquivo, “que a ausência de um
sistema de transmissão impede o escoamento da energia gerada. O sistema, maior
complexo eólico da América Latina, foi inaugurado no último dia 9 de julho e
contou com cerca de 400 personalidades do meio político, técnicos do setor
elétrico e moradores da região.”
Segundo o diário paulista, “o problema deve continuar pelo
menos até julho do ano que vem. No lugar onde deveria existir uma subestação
para conectar a usina ao sistema nacional há apenas mato e cupinzeiros. Com
isso, quase 300 megawatts (MW) - suficientes para abastecer uma cidade do
tamanho de Brasília – são desperdiçados por falta de planejamento. Construído
pela Renova Energia, empresa com participação da Light e da Cemig, o complexo
"Alto Sertão 1" custou R$ 1,2 bilhão e demorou 17 meses para ser concluído.
Embora a Renova tenha cumprido o prazo para entrega do complexo eólico, a
estatal Chesf, do Grupo Eletrobrás, não honrou o compromisso para a construção
do sistema de transmissão...”
“Procurada, a empresa não respondeu ao pedido de entrevista.
Mas, nos bastidores, executivos afirmam que ela costuma jogar a culpa do atraso
na demora do governo para realizar o leilão de transmissão. Por conta disso,
quem pagará a conta é o consumidor brasileiro. Pelas regras do edital de
licitação, as geradoras que concluíram os parques eólicos até 1.º de julho
deste ano têm direito a receber uma receita fixa prevista no contrato. No
total, são 32 usinas prontas e paradas em todo o Brasil, que somam R$ 370
milhões de receitas a receber. Ou seja, o consumidor terá de pagar por uma
energia que não está sendo produzida porque a Chesf nem começou a fazer a sua
obrigação”.
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