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domingo, 30 de outubro de 2011

MENINAS VALEM MENOS QUE LIXO NA CHINA. O drama da garotinha atropelada por dois veículos e abandonada na rua para morrer.

Fiquei profundamente chocado com a história de Yue Yue (Pequena Jóia, em chinês). Quanta ironia para uma pequena jóia. O vídeo em que ela é atropelada duas vezes e fica jogada na rua, num mercado popular, em Fosham, diante da indiferença dos que passam (dezessete pessoas), é muito brutal. Num relance pensei, o que fizeram com o sentimento das pessoas na China? 

Antes que alguém me lembre de que por aqui também há violência e crueldade vou logo dizendo: isso faz parte da natureza humana. O ser humano é violento, e pode ser mau, muito mau. Mas há pessoas boas, muito boas. A índole da maioria das pessoas é tranquila, são fáceis de se lidar.

A questão na China vai além, trata-se do reflexo de políticas implantadas há décadas, e que tornam as pessoas frias e indiferentes ao sofrimento alheio, especialmente se for uma menina. Os estados socialistas, planejados centralmente, com sua característica de estados sem Deus, levam as pessoas a agirem como animais, como formigas. Ninguém é reponsável por nada, pois o Estado tudo pode e tudo decide. 

Tal situação gera uma imensidão de egoístas, centrados em seu próprio umbigo, sem solidariedade e compaixão. Outro dia li que ateus brigaram com Datena porque sentiram-se ofendidos com suas palavras. Não sei se ele os ofendeu, talvez eu não dissesse o mesmo, mas uma sociedade desenvolvida sem uma estrutura com a qual a pessoas possam dialogar, como um alter-ego, uma divindade, algo fora, que nos observa, parece uma sociedade fria. Uma sociedade sem a noção de culpa ou pecado tudo pode. E pode-se, até, deixar crianças morrendo na rua, como se fossem um saco de lixo.

Creio que ateus em uma sociedade de origem cristã acabam absorvendo os fundamentos da ética cristã comum a todas as sociedades ocidentais. Podem estar afastados de Deus, é um direito deles, mas não de coisas fundamentais como a solidariedade e a noção de dever. Desse modo, mesmo sem religião e sem acreditarem em um Deus, assimilam os valores que permitem uma vida comum com dignidade.

Numa sociedade há décadas sem religião, em que os princípios que valorizam a unidade do indivíduo, o valor da vida, como as sociedades socialistas, nada se torna o cimento que une. Ateus de uma sociedade cristã são diferentes de ateus de uma sociedade absolutamente sem Deus, como no caso da China. 

Se deixo de fazer algo mau pela noção de pecado, ao menos não cometi o Mal. Se posso me arrepender sinceramente do Mal cometido, melhor que dar de ombros e dizer, não tenho nada a ver com isso. As sociedades ocidentais têm violência, como qualquer outra, mas a atitude dos bons cristãos é diferente de grupos que justificam a morte, o sacrifício de fetos, a morte planejada.

A China, após 60 anos de revolução, de matança de milhões de fetos, em abortos forçados, até, é uma terra em que as pessoas tornaram-se, em grande número, indiferentes ao sofrimento alheio. O grande formigueiro, a colméia, são exatamente iguais. Morreu um coloca-se outro no lugar. Não são humanos, não quanto à espiritualidade, são peças de uma máquina estatal gigantesca que acabou com a sensibilidade humana.

Mas, segundo li no texto que publico a seguir, o vídeo de Yue Yue tem sido muito discutido na China, despertando ainda alguma emoção. Talvez os chineses consigam quebrar essa casca grossa de insensibilidade e falta de caridade e compaixão desenvolvida pelo comunismo.

Quem sabe?

ps. Alguns dias após o atropelamento Yue Yue morreu.

Horror numa rua chinesa: uma nação desperta para sua crescente desumanidade
Matthew Cullinan Hoffman

19 de outubro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Os chineses acabaram de perceber de relance a crescente desumanidade de sua sociedade, e eles estão revoltados com o que estão vendo. Mas o horror capturado num recente vídeo de circuito fechado numa rua chinesa é nada mais do que um microcosmo da desumanização sistemática das crianças da China que está em andamento há décadas, por meio da cruel “política de um só filho” da China.

O vídeo mostra uma criança muito pequena que se perde numa rua, é atingida por um van, que prossegue depois de parar brevemente, deixando-a como morta.
Mas o motorista da van não é o único vilão da cena. A câmara captura mais dez minutos de indiferença assustadora enquanto um pedestre após outro passa pela criança, que está no chão morrendo de hemorragia diante dos olhos deles. A criança foi atingida por uma segunda van, que também prossegue seu caminho.

Uma mulher pobre que coleta lixo reciclável acaba ficando comovida e dá uma parada para ajudar a menina. Ela corre até os pais dela, que apressadamente a levam a um hospital, onde ela permanece de coma.

O vídeo está circulando na China, exibido repetidamente na televisão e na internet, provocando indignação e exame de consciência. Suficiente é citar Eunice Yoon, correspondente da CNN na China, que comentou que “Muitas pessoas estão discutindo o que percebem como uma perda de moralidade na sociedade chinesa”.

“Muitas pessoas dizem que a China está há anos tendo um crescimento econômico acelerado, mas alguns observadores vêm apontando que o sistema educacional chinês realmente falhou nesse ponto, que fracassou ao não enfatizar e reforçar a necessidade de se respeitar a vida humana, numa época em que 1,3 bilhão de pessoas estão realmente clamando e com pressa para subir a escada social e econômica”, acrescenta Yoon.

Se os chineses desejam descobrir o poço envenenado do qual o país está bebendo, eles não precisarão olhar muito longe. Tais cenas de horror são comuns em todo o país e se repetem numa base diária, em “clínicas” governamentais onde crianças são abortadas a força ou pela decisão dos pais sob coerção, os quais são obrigados a se submeter à “política de um só filho” da China.

Conforme uma recente reportagem de LifeSiteNews, há uma ausência surpreendente de quatrocentos milhões a menos de bebês, que não nasceram, desde o início da cruel política da China de um filho só e abortos forçados. Essa política permite que famílias tenham apenas um filho se vivem numa cidade, e dois se vivem no campo. Aqueles que desafiam a lei e concebem e não fazem o aborto do segundo ou terceiro filho são multados, surrados e até assassinados pela polícia, conforme ativistas de direitos humanos frequentemente documentam. Seus filhos são então abortados a força.

O fato de que a criança no vídeo era uma menina não deveria causar surpresa a ninguém. A política de um filho só tem levado à devastação das mulheres, pois as famílias tipicamente preferem um menino em vez de menina, e praticam aborto por seleção sexual em escala de massa. De acordo com C-Fam, a proporção de meninos para meninas na China alcançou 120/100, e nas áreas rurais, até 130/100.

Em alguns casos, quando bebês “excedentes” nascem, as autoridades governamentais os raptam de seus pais, e então os vendem no mercado negro. Mulheres nas áreas rurais estão sendo enganadas e levadas a casamentos arranjados usando ofertas fraudulentas de empregos nas áreas urbanas. O tráfico de sexo está aumentando, e a homossexualidade também.

Embora a economia da China esteja crescendo de forma rápida, a longo prazo ela enfrenta o mesmo destino trágico do Japão, Europa Ocidental e outras sociedades que estão sacrificando sua descendência para a conveniência econômica: dívidas crescentes, estagnação econômica e crise social. Mas o resultado mais preocupante já está se passando bem diante dos olhos de milhões de chineses: uma sociedade que está perdendo sua alma para os ídolos dourados do mundo moderno.

Artigos relacionados com o tema "Criança" na China:


Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com


TEXTO REPRODUZIDO BLOG DE JÚLIO SEVERO:
http://juliosevero.blogspot.com/

VEJA AQUI O VÍDEO DO ATROPELAMENTO DA MENINA
ATENÇÃO - CENAS MUITO FORTES!


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