Todos aqueles personagens e histórias povoam, até hoje, a imaginação.
Só conhecíamos o rádio. TV só vi aos 18 anos. Era brincar na rua de terra, descalço, subir em árvores, em muros, jogar futebol, brincar de mocinho e bandido. Andar de bibicleta ,algumas vezes esticando a cidades a 25 quilômetros por estradas de terra com bois, cavalos, árvores frutíferas e os trens de passageiros e de carga que passavam apitando. Banhos de rio. Boiadas, berrantes. Missas, confissões e sermões dos padres. Cantos em latim, órgão e mistério. As missas de hoje são uma porcaria. E muita, muita leitura. Era um enorme programa.
Assim, aprendi a valorizar o acesso aos bens culturais, aos livros e a liberdade de pensamento e expressão. Jamais tolerei as ditaduras, de qualquer natureza. Autoritários e totalitários, a para mim, são desprezíveis. Ainda não existe “totalitariofobia”, não é?
Não sei como pessoas que estudaram e que têm um certo conhecimento do mundo acabam aderindo ao pensamento totalitário. De fato até sei, pois, conforme alguns autores, como Olavo de Carvalho, a adoção da ciência e da revolução como critérios de “mudança” acabam justificando as maiores barbaridades. Eis um autor para o qual é necessário dispor alguns anos para leitura.
Fico profundamente chocado com a confusão em que o mundo parece mergulhado.
O modo de ver “politicamente correto” e o “multiculturalismo” fazem um imenso estrago hoje em dia. As crianças crescem como idiotas, tuteladas pelo estado em escolas absolutamente vagabundas. Não sabem o que é respeito ao próximo e nem conseguem observar as próprias barbaridades que cometem, em termos comportamentais.
Não têm a menor noção do fabuloso mundo da Literatura e das Artes, não sabem pensar e mal dominam a língua portuguesa e as operações elementares com os algarismos. Jovens de 17, 18 anos chegam às faculdades achando a leitura de livrinhos da Coleção Primeiros Passos uma coisa muito, mas muito difícil. Talvez até seja um bem, uma vez que tal coleção já apresenta um mundo esquerdizado e deformado pela ideologia.
Num dos livros sobre Educação comparada, de minha mãe, que era professora primária, no tempo em que professores ensinavam e alunos aprendiam, em em que os atrasados reprovavam, li sobre as crianças da Alemanha Nazista, da Rússia Comunista e da Itália Fascista.
Não tinha idade para compreender muita coisa, mas, com certeza, compreendi o que é uma fábrica de salsichas: as escolas estatais dos regimes totalitários. Não há coisa
mais odiosa do que dissolver o sentido de família e transformar a criança em uma peça para o exército de reposição social, abstraíndo o indivíduo que cada um é. Cada criança transformada em reprodutor de pura ideologia, disposta (sem perceber) pela doutrinação a entregar os próprios pais à policia política.
Isso jamais será tratado hoje em dia nas escolas, ou em seminários de Educação, pois fica a impressão de que a maioria dos professores já não percebe mais o que faz. São agentes totalitários não auto-conscientes. Já sofreram lavagem cerebral anos atrás, durante sua formação, ou infância.
Tratei disso porque me chamou a atenção algo que li sobre a Inglaterra. O curioso é que, ao longo do tempo, imaginei poder conhecer, um dia, alguns dos lugares sobre os quais li. Ó engano! Com o passar dos dias, quanto mais leio mais me convenço de que a realidade de alguns paises mudou tanto que é melhor ficar com a imagem obtida por meio das leituras.
O pensamento politicamente correto deformou de tal modo a cultura em alguns lugares que perdi a vontade de conhecê-los. Um seriam os Estados Unidos, outro a Inglaterra, por exemplo. Pelo visto a Inglaterra não é nem a sobra do que foi há trinta ou quarenta anos. O multiculturalismo está destruindo uma cultura que parecia sólida e estável.
Um dos lugares que deveriam ser interessantes é a Califórnia, mas a impressão que fica é a de um lugar de ranzinzas voltados para si mesmos, politicamente corretos, chatos, para quem não se pode em olhar caso contrário chamam seus advogados. A Califórnia já foi um dia o equivalente ao que seria o quinto país do mundo, caso fosse um pais, mas sem a chatice do não pode isso ou aquilo. Perdeu a graça.
Li, no blog do Rui Mig que na Inglaterra “consultores para a diversidade cultural, recomendaram aos professores do ensino primário, que não deixem usar vestidos pretos nas bonecas de bruxinhas, construídos pelas crianças, mas antes cor-de-rosa. Não contentes com tal imbecilidade, os consultores avisaram ainda que, a utilização de papel cavalinho branco nos desenhos das crianças pode ser contraproducente na luta contra o racismo. "Estas medidas, explicaram de cátedra aqueles comissários políticos, são úteis para prevenir o racismo nas crianças desde tenra idade."
Diz Mig, com razão, “Na China de Mao Tsé Tung, o semáforo vermelho, era o sinal para o trânsito avançar e o verde para parar. A revolução cultural na Inglaterra vai longe com os resultados que se conhecem e com outros que se advinham”...
Sobre o mesmo assunto, este é um texto de
KATHLEEN GILBERT (19 de setembro de 2011), extraído do Mídia Sem Máscara
CRIANÇAS DE ATÉ TRÊS ANOS SÃO FICHADAS POR “HOMOFOBIA” OU “RACISMO”!
(Notícias Pró-Família) — Crianças até de três anos de idade estão sendo registradas num banco de dados governamental como “racistas” ou “homofóbicas” por usarem palavras que são interpretadas pelos professores como politicamente incorretas.
Entre os anos de 2008 e 2009, foram registrados incidentes envolvendo crianças em idade de escola maternal, as quais são monitoradas pelas leis contra “discurso de ódio” instituídas durante o governo [socialista] trabalhista, de acordo com estatísticas obtidas pelo Clube Manifesto, uma organização de direitos civis.
Os incidentes registrados incluíam um aluno chamando outro aluno de “cabeça de brócolis”, que foi considerado racista, e outra controvérsia “homofóbica” entre alunos de escola primária que chamaram uns aos outros de “gays” e “lésbicas”. Outro aluno foi considerado homofóbico por dizer a um professor que uma tarefa escolar era “gay”.
Quase 100% dos incidentes registrados envolviam apenas xingamentos, sem nenhum contato ou violência física.
Em seu relatório sobre os números, o Clube Manifesto reivindicou que as leis de denúncia de “discurso de ódio” sejam abolidas, dizendo que essas políticas “trivializam os problemas reais do racismo e homofobia, e em nada ajudam para atingir a meta nobre da igualdade”.
“Há um mundo todo de diferença entre abuso racista e briguinhas de palavras nos pátios de escola primária — nublar essa diferença em nada ajuda a atingir a igualdade”.
Um total de 34.000 crianças, nas palavras de uma reportagem do jornal Daily Mail, foram “de maneira impressionante classificadas como preconceituosas por causa de normas anti-bullying”. Os registros, que as escolas são forçadas a submeter às autoridades educacionais governamentais, são mantidos quando as crianças passam de séries ou se transferem de escolas, e poderiam em teoria ser acessados por um futuro empregador ou universidade.
De acordo com o Daily Mail, o Ministério de Educação respondeu à reportagem dizendo: “Os pais esperam que os diretores de escola adotem uma linha de ação muito dura contra qualquer conduta medíocre e reprimam todo bullying — é por isso que estamos fortalecendo a autoridade para os professores imporem disciplina. Cabe às próprias escolas exercerem seu próprio bom senso e discernimento profissional acerca do melhor jeito de enfrentar os que comentem bullying”.
“As crianças precisam de espaço para brincar e aprender o significado das palavras, sem serem denunciadas às autoridades educacionais locais”, disse o relatório do Clube Manifesto. “Essas políticas são uma intervenção indevida no pátio de recreio das escolas, e mina a autoridade dos professores de estabelecer um exemplo moral para as crianças e ensiná-las a diferença entre certo e errado”.
Leia o relatório do Clube Manifesto aqui.
Tradução: Julio Severo
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/big-brother-uk-govt-collects-database-of-homophobic-racist-3-year-olds
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