Reproduzo abaixo o texto de Rui Mig (Neuromante) para que percebam o quanto em Portugal a coisa se parece com o acontece aqui. É claro que há uma diferença de escala, posto o tamanho da economia do Brasil. Mas os aproveitadores são sempre iguais, em qualquer lugar.
Os que ficam à sombra do Estado sempre querem mais, pouco importando de onde sairá o dinheiro. Certamento do lombo e do suor de todos os que pagam os impostos.
Também Sou Um Indignado
Por RUI MIG, do Blog Neuromante
Nos próximos tempos as ruas portuguesas vão ser agitadas com desfiles, maioritariamente de funcionários públicos, encabeçados pelos dois dos mais gordos nababos da política nacional, os eternos dirigentes das centrais sindicais, pela extrema-esquerda, e pelos oportunistas do costume - os socialistas.
O que á primeira vista parece ser uma manifestação anti-governo, são afinal de contas as entranhas agitadas (indignadas) do aparelho de estado: As reinvidicações são claras: querem ser mais bem pagos e reformarem-se mais cedo, querem 14 meses de ordenado quando só trabalham 12...etc.
Mas quem vai pagar para isso? A resposta a esta questão não constitui o problema deles, e muito menos dos dirigentes sindicais que já têm a vidinha bem subvencionada, com 1 ou 2% dos salários dos seus associados descontados para as suas estruturas de classe vitalícias, estando-se completamente nas tintas para a aritmética da nossa ruína e do nosso descontentamento.
É assim que querem continuar numa confrangedora dissonância cognitiva face á realidade da banca rota portuguesa criada pelo socialismo. No fundo todos estes indignados querem ainda mais estado. Eu não. Por mim, privatizava tudo menos a Justiça, as Polícias e as Forças Armadas. Portugal precisa mais de cidadãos empreendedores e livres e menos de servos da gula do estado. O Jurássico Estado tutelar português é a fonte da nossa pobreza, do nosso atraso, da corrupção e do provincianismo nacional.
O amanhã já foi gasto… hoje. Talvez porque na Europa já quase que não há filhos e muito menos haverão netos. E portanto não haverá futuro. O desporto preferido dos estados salteadores sociais não foi o de imprimir dinheiro mas o de imprimir cartões de crédito. Como dizia Mrs Thatcher, o problema do socialismo é gastar completamente o dinheiro das pessoas. No entanto, a Europa actual, avançou para um estádio superior de desastre. Para além de ter esgotado o dinheiro, esgotou-se também de pessoas.
Bestial!, gritarão os progressistas e ecologistas. Acabemos com a explosão demográfica agora que já somos 7 biliões de almas neste terceiro calhau a contar do Sol.
Os portugueses já gastam mais com os cães do que com os filhos. Portugal tem a 3ª taxa mais baixa de fertilidade do mundo. Na Alemanha, uma em cada três fraulein retiraram-se completamente do negócio da maternidade. A população em idade de trabalhar na Alemanha vai decrescer 30% nas próximas décadas, afirma Steffen Krohnert, do Berlin Institute for Population Development. As áreas rurais verão um declínio massivo e muitas aldeias simplesmente desaparecerão. Nada do que já não tenha acontecido em Portugal. No futuro, a Alemanha e por maioria de razão toda a Europa, será um bloco económico-político bastante fraquinho.
Como bem diz Mark Steyn no seu último livro, After America (pedindo emprestado o conceito ao Minority Report de Philip K Dick), a União Europeia cometeu um Prè-crime: assassinou a próxima geração.
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