ESTE É PARTE DE UM TEXTO LONGO DE REINALDO AZEVEDO SOBRE A USINA DE BELO MONTE QUE SUGIRO A TODOS:
Ele tem produzido textos importantes sobre o assunto, para mostrar as mentiras que circulam pela Internet sobre a possível futura usina hidrelétrica.
Faço a questão de reproduzir o video dos artista globais e alguns dos argumentos de Azevedo usados na contestação. O jornalista mostra que os artista fazem parte de uma campanha que usa o peso de artistas famosos da Tv para convencer as pessoas de algo sobre o que eles mesmos nada entendem.
O vídeo é um conjunto de opiniões estapafúrdias, desinformação, pura propaganda contra a usina, mas sem qualquer fundamento lógico, racional, objetivo. Um vídeo feito para emocionar, não para fazer as pessoas pensarem, com dados reais, concretos.
Parte do texto de Reinaldo Azevedo cujo titulo é:
Artista, malabarista, açougueiro e jornalista têm o direito de ter o miolo mole. Mas tem o dever democrático de agüentar a crítica. Ou: Falar mentiras é diferente de ter uma opinião
25/11/2011 às 6:55
...Simplificação grosseira
O vídeo traz uma soma vergonhosa de mentiras e é de uma ligeireza absurdamente irresponsável. O Brasil não precisa de energia apenas para que os brasileiros “assistam à novela”, como afirma Marcos Palmeira — até parece que seu ofício principal é outro e que ele ganhou notoriedade por ser produtor de morango orgânico… Também não é para que uma loura lá, outra que não sei quem é, possa carregar as baterias do “iPhone, do iPod, do iPad, do iTudo”, como ela diz, fazendo-se de mais tonta do que provavelmente seja na vida real.
Sem energia, as indústrias têm de parar, e há desemprego em massa. Sem energia, os hospitais públicos têm de parar (os dos ricos contam com gerador), e os pobres ficarão com seus respectivos abdômenes abertos, nas salas de cirurgia. Sem energia, os investidores deixam o seu dinheiro no banco porque não vão se arriscar a ter um apagão pela frente. Sem energia, não há crescimento econômico, e a pobreza e a miséria se alastram, e os remediados ficam pobres.
A novela do Palmeira ou o “iTudo” da loura que se faz de louquinha são só a expressão doméstica e a privada do uso da energia. Belo Monte é uma questão que diz respeito ao planejamento estratégico — ela, as demais usinas em construção e outras tantas que terão de ser feitas. Essa gente, sem querer, expõe um aspecto que sempre apontei no ecologismo doidivanas, embora seja ricamente financiado por potentados econômicos estrangeiros: seu aspecto obscurantista.
Vocês acham mesmo que aqueles bacanas se ocuparam ao menos de ler a respeito? Tentaram se informar? Pensaram minimamente sobre o assunto? Nada! Ou não diriam aquela coisa estúpida: já que a usina vai gerar apenas um terço do seu potencial (na verdade, é mais, em torno de 40%), então não pode ser feita! Como se o Brasil pudesse abrir mão dos 40%. E não pode! E só será assim, como deixei claro, em razão das imposições ambientais. Perguntem à China, à Rússia ou à Índia, países emergentes como o Brasil, se buscariam ou não fazer a sua “Belo Monte” render o máximo… Eles, que não dão a menor bola para danos ambientais gigantescos (e não sugiro que o Brasil siga a trilha) o fariam ainda com mais gosto se o dano ambiental fosse, como seria o nosso ainda que se fizesse o grande reservatório, mínimo!
Que fique claro:
1 - O Brasil não precisa de energia elétrica só para satisfazer os chiliques da turma do “iTudo” e da novela;
2 - a usina não vai inundar terras indígenas;
3 - a usina não vai desalojar índios;
4 - a usina não vai mudar substancialmente o regime do rio Xingu;
5 - a inundação, como o demonstrado, é ridiculamente pequena; mais: parte dela já é inundada hoje no período das chuvas;
6 - a energia utilizada não será usada apenas pelos “grandes capitalistas”; é mentira! 70% será comprada pelas redistribuidoras, que venderão aos brasileiros, NÓS TODOS, que precisamos de energia, sim!;
7 - ainda que fosse energia apenas para empresas, é bom lembrar: elas geram empregos para os brasileiros, que, assim, se livram da pobreza; brasileiros que têm o direito de trabalhar, assim como aqueles atores da Globo;
8 - as populações ribeirinhas, não-índias, que serão desalojadas vivem hoje numa situação de extrema carência, de miséria; se esses atores querem ser úteis, deveriam se organizar para verificar se as condições de reassentamento serão mesmo adequadas. Mas isso dá trabalho.
9 - é impossível — APENAS ISTO: IMPOSSÍVEL — abrir mão das hidrelétricas em favor da energia eólica ou solar porque é técnica e financeiramente inviável;
10 - a crítica que poderia ser pertinente — o custo da usina aos cofres públicos — se perde na boçalidade à medida que os “artistas” não estão debatendo o peso excessivo do estado no empreendimento, mas tentando afirmar que tudo não passa de desperdício. É uma bobagem! UM PAÍS TEM A OBRIGAÇÃO DE FAZER INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURA. Querem lutar contra uma bobagem? Combatam a estupidez do trem-bala. Mas sei: isso não chama a atenção do Sting ou do Leonardo DiCaprio…
11 - índios, senhores patetas, precisam, sim, de educação e antibióticos, como todos nós. A idéia de que eles vivem bem nas carências da mata é coisa de gente estúpida, desinformada ou cruel...
LEIA AQUI O TEXTO INTEGRAL DE REINALDO AZEVEDO:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/artista-malabarista-acougueiro-e-jornalista-tem-o-direito-de-ter-o-miolo-mole-mas-tem-o-dever-democratico-de-aguentar-a-critica-ou-falar-mentiras-e-diferente-de-ter-uma-opiniao/
VIDEO DE PROPAGANDA CONTRA BELO MONTE
VIDEO DE PROPAGANDA CONTRA BELO MONTE
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