Manifesto à Sociedade Democrática Venezuelana e à sua Força
Armada Nacional
Escrito por Fuerza Solidaria
11 Janeiro 2013
Nós, os abaixo assinados, nos dirigimos a todos os setores
democráticos do país e em especial aos integrantes das Forças Armadas
Nacionais, nesta hora nefasta da pátria, para estabelecer-lhes o seguinte:
1. Desde há quatorze anos a Venezuela tem sido vítima de uma
invasão por parte do regime castro-comunista cubano. Esta invasão efetuou-se
devido a que foi propiciada e amparada desde o mais alto governo.
2. De maneira lenta e progressiva, os cubanos tomaram o
controle de nossas notarias, os registros, o sistema de identificação e
estrangeria, a política exterior e setores importantes da economia nacional. O
controle dos cubanos chegou inclusive aos corpos policiais e às Forças Armadas,
em detrimento da segurança e defesa do Estado.
3. As conseqüências da dominação castro-comunista se
evidenciam em todos os âmbitos da vida nacional. Isto significou, entre outros
muitos males, a destruição de nossa indústria petroleira, o desmantelamento do
aparato produtivo, tanto no campo como na indústria, a progressiva eliminação
das liberdade civis e econômicas, e o avanço do narcotráfico, da guerrilha e do
crime organizado.
4. Para garantir seu controle sobre a Venezuela, o
castro-comunismo desenhou um sistema eleitoral à sua medida, que lhe permite
tergiversar a vontade dos eleitores mediante o vantagismo, o abuso, a coação, a
compra de consciências e um sem-número de vícios e irregularidades.
5. Os recursos do Estado venezuelano já não são investidos
para resolver os múltiplos problemas que afetam nosso povo, senão que se
utilizam abertamente para financiar a expansão do castro-comunismo em toda a
região. É por isso que uma parte da comunidade internacional, subornada com
petro-dólares venezuelanos, avaliza e legitima a invasão cubana na Venezuela.
6. É público e notório que o destino dos venezuelanos já não
é decidido por nossas próprias autoridades, senão que se define descaradamente
em Havana, com a participação aberta dos irmãos Castro.
7. Preocupados pelo desaparecimento físico do presidente
Chávez, o regime cubano desenhou um mecanismo para perpetuar seu controle sobre
a Venezuela. A manobra inclui apontar um sucessor submisso a seus interesses,
Nicolás Maduro, e propiciar um “pacto” entre os diferentes setores do PSUV que
garanta a continuidade da ingerência cubana em nossa nação.
8. Esta manobra conta com o respaldo de vários presidentes
latino-americanos, entre eles os de Argentina, Brasil, Bolívia, Cuba, Equador,
Nicarágua e Uruguai, a maioria dos quais não só compartilha a mesma ideologia e
as mesmas metas políticas, senão que todos se beneficiam das contribuições
econômicas que o governo venezuelano lhes proporciona.
9. Tudo o que foi dito anteriormente constitui uma clara
violação à Constituição e às leis, configura um golpe de Estado em favor de uma
potência estrangeira e significa, finalmente, a transformação do Estado
venezuelano em um apêndice de Cuba.
10. Em que pese que nossa proposição é razoável, democrática
e constitucional, porta-vozes do governo e alguns setores da oposição o
qualificarão de “golpista”. Porém, ocorre justamente o contrário: golpistas são
os que vieram violando a Constituição de maneira sistemática. Restabelecer sua
vigência é um mandato explícito, contemplado no Artigo 333 da Carta Magna.
Durante os próximos dias se definirá se a Venezuela deixará
de existir como nação, para se converter definitivamente em uma colônia de
Cuba, ou se recuperaremos nossa identidade e nosso destino histórico. Estamos
convencidos de que nossas Forças Armadas, respaldadas por todos os setores da
sociedade, daremos uma passo à frente e impediremos a dissolução da pátria.
Caracas, 10 de janeiro de 2013.
Para aderir ao manifesto, clique aqui:
Tradução: Graça Salgueiro
TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
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