TWITT DE CRISTINA KIRCHNER SOBRE CHÁVEZ: "HASTA SIEMPRE" |
A presidente da Argentina, que foi a Cuba para tentar uma
visita a Hugo Chávez, e a seus familiares, não foi bem sucedida. Ela não viu Chávez,
mas saiu de Havana com uma frase postada no seu Twitter que é quase um epitáfio:
“Hasta Siempre”. Em espanhol essa frase soa como “Até nunca mais”, é uma
despedida.
Em Havana estão muitos familiares de Hugo Chávez e, talvez,
dada a segurança instalada no hospital Cimeq, apenas seus filhos saibam seu
real estado de saúde. Hugo Chávez, a julgar pela nebulosidade e lentidão das
notícias oficiais, deve estar realmente sedado profundamente, como informou há
alguns dias o médico José Rafael Marquina, uma das fontes confiáveis sobre a saúde
do tiranete de Caracas.
Nenhuma autoridade de qualquer país que tenha ido a Cuba
viu, pessoalmente, a Hugo Chávez. As cortinas e as bocas dos cubanos ligados ao
hospital e ao governo cubano estão cerradas.
FANTASMA DE CHÁVEZ
No Manhattan Connection, o programa de TV a cabo, a frase de Diogo Mainardi foi perfeita como
manchete: “O fantasma de Chávez deu um golpe no próprio Chávez”. Essa é a
realidade que poucos jornais e jornalistas querem tratar de frente.
Houve um
golpe na Venezuela, em que chavistas usaram Chávez para dar um golpe na vontade
de Chávez. Eu havia comentado isto em outro texto.
Chávez havia deixado claro, no dia 9 de dezembro, que se ele não
voltasse de Havana para a posse, por conta da operação de seu câncer agressivo,
era para Diosdado Cabello, o presidente da Assembleia, seguindo a Constituição, tomar posse e marcar eleições para 30
dias. Nesse caso, Nicolás Maduro, o vice até o último dia 10 de janeiro, seria o candidato oficial do Chavismo.
Hoje um grupo que inclui Cabello e Maduro governa a
Venezuela, como um tipo de junta provisória, sob a nítida influência forte de
Havana, porque o mandato de Chávez foi estendido.
Já li muitos comentários de
venezuelanos chavistas dizendo “não votei em Maduro, votei em Chávez”. E eles têm toda a razão. Maduro governa hoje sem ter sido votado. O governo deveria estar nas mãos de Cabello e Maduro deveria ser o candidato chavista. Não sendo assim - e o resto é embromação, mesmo do Tribunal Superior - houve um golpe do próprio chavismo. E a primeira vítima foi a vontade de Hugo Chávez.
Milhões de venezuelanos ouviram e viram Chávez pela TV
falando que se não voltasse haveria outra eleição e que era para votarem em Maduro. Agora não
haverá outra eleição. Isso intriga milhões de venezuelanos.
E, afinal, o que está acontecendo em Havana. E se Chávez está
morto a esta altura dos acontecimentos? Estão os chavistas do comando aguardando o regime se fortalecer para
anunciar a morte do caudilho?
Como a Venezuela sairá desse episódio?
A frase de despedida e o silêncio posterior de Cristina
Kirchner são muito significativos.
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