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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A VIDA DE HUGO CHÁVEZ ESTÁ NAS MÃOS DE SUA FILHA MAIS VELHA. SERÁ A DECISÃO MAIS TERRÍVEL DE ROSA VIRGÍNIA. SÓ ELA PODERÁ MANDAR DESLIGAR AS MÁQUINAS QUE O MANTÉM VIVO. Diosdado Cabello governará a partir da próxima quinta-feira (10/1). Ele é o presidente da Assembléia Nacional e deverá convocar eleições em um prazo de até 30 dias. Isso significa que, caso Hugo Chávez não reassuma mais o governo, por falta absoluta, em meados de fevereiro outra pessoa ocupará a cadeira presidencial, no Palácio Miraflores. Pode ser Nicolás Maduro, se vencer a disputa eleitoral.

URGENTE. ATUALIZADO ÀS 21h25

A TRISTE E DIFÍCIL DECISÃO DE ROSA VIRGÍNIA.

O jornal espanhol ABC informa, por meio de sua correspondente em Caracas, Ludmila Vinogradoff que a filha mais velha de Hugo Chávez, Rosa Virgínia Chávez, é a pessoa que tomará a decisão, quando julgar necessário e oportuno, de desligar as máquinas que mantém o coronel vivo. 



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SOMENTE ROSA VIRGINIA PODERÁ DAR A
ORDEM FINAL PARA DESLIGAR AS MÁQUINAS QUE
MANTÉM HUGO CHÁVEZ VIVO.

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Se Hugo Chávez continuar hospitalizado e não puder tomar posse no próximo dia 10 de janeiro, e se não estiver definitivamente impossibilitado de voltar a governar, terá um prazo constitucional de no máximo 90 dias (que se esgota em 10 de abril) para assumir o comando da Venezuela. 

Nesse caso, Diosdado Cabello, presidente da Assembléia, é quem governará. Se estiver absolutamente impossibilitado de assumir, ou morto, Cabello assumirá e convocará eleições num prazo de até 30 dias. 




Ocorre que a situação de saúde de Hugo Chávez é extremamente grave e crítica. Talvez Chávez volte à Venezuela morto ou para morrer em solo pátrio. 

Embora as autoridades venezuelanas tenham feito comunicados adocicados e nebulosos, longe de dizer a verdade aos venezuelanos sobre a saúde do coronel-presidente, fontes de alguns jornais espanhóis e americanos asseguram que Chávez está com infecção pulmonar, talvez tenha que passar por outra cirurgia, devido ao um inchaço abdominal, e teve falhas renais.

Isso significa que Chávez, consciente ou não, luta pela vida.

Desse modo, caso Chávez não reassuma o governo, Cabello dirigirá a venezuela até que sejam feitas novas eleições, em fevereiro próximo. É o que diz a Constituição da Venezuela. A imprensa brasileira continua, de modo geral, se baseando, para suas matérias, apenas nos relatos oficiais, agindo de modo burocrático, como se não tivesse muita vontade de verificar a verdade e cruzar informações de diversas fontes para ter uma quadro mais próximo á realidade. 

A frase do vice-presidente Nicolás Maduro de que Chávez continua estável é ambígua, pois pode significar uma estabilidade induzida por meio de equipamentos; isto é, poderia estar sendo mantido vivo, por tempo indeterminado.

O PAQUIDERME BRASIL

O Brasil, no caso de Hugo Chávez, parece querer tapar o sol com a peneira, ou que tratar do assunto “saúde de Chávez” seja um tipo de mau agouro, alguma ofensa. Não. Creio que ofensivo aos venezuelanos é o silêncio generalizado, como se não tratar do assunto claramente pudesse salvar o coronel de seu câncer violento e de suas metástases.

O Brasil tem um embaixador em Caracas e um outro em Havana e, pelo visto, a não ser que seja um jogo de cena, Brasília parece estar bastante desinformada sobre a real situação de Hugo Chávez. A imprensa brasileira publicou que na quinta-feira (3) o assessor de Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia foi enviado a Havana para obter mais detalhes.

Pelo que se sabe Garcia estava de férias no México e foi de avião a Havana onde chegou na quinta-feira à noite para conversas com representantes do governo cubano e venezuelano sobre a saúde de Chávez. Teria informado a presidente por telefone e voltado ontem mesmo para o México, de onde retorna ao Brasil na segunda-feira.

Não se sabe o que disse à presidente. Deve ser algum segredo de Estado. Mas será que o que fez não poderia ter sido feito pelos dois embaixadores?

Não acredito que Hugo Chávez volte a Caracas bem de saúde o suficiente para reassumir o governo. Ele já deu o seu adeus ao povo da Venezuela quando foi a Havana, em dezembro, para submeter-se à quarta operação. A luta agora é nos bastidores, para se saber quem de fato comandará a Venezuela, e quais as consequências disso.

Havana está imensamente empenhada em controlar a situação, coisa que os Castro de fato conseguiram fazer com relativo sucesso até agora, desde que Chávez ficou doente. Desde então, em 18 meses, o coronel passou 110 dias em Havana sob tratamento! Um terço de um ano!

Para Cuba é vital montar um esquema sucessório que permita à ditadura castrista continuar usufruindo do petróleo subsidiado venezuelano. Cuba está em péssima situação econômica e financeira. 

Se esse dinheiro faz falta ou não à Venezuela, ou aos venezuelanos, não faz a menor diferença, uma vez que os Castro e Chávez sempre trataram do assunto como se fossem eles os donos do petróleo, do povo e de seus respectivos paises. 

O resto é propaganda enganosa para iludir trouxas.    

Gutenberg J.  

IMAGEM DE CHÁVEZ:

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