O jornalista cubano-americano Humberto Fontova, autor do
livro “O Verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram” tem razão
quando questiona porque uma ideologia tão assassina como a
comunista-socialista tem representantes tão idolatrados.
Artistas, intelectuais, jovens de todas as classes, mas
especialmente aqueles de classe média alta, adoram andar com a cara do Che
Guevara estampada na camiseta, como se fosse um indicador de bom caráter, de um
lutador pela vaga justiça social, e muito amigo dos pobres e oprimidos do
mundo.
Mas os heróis comunistas, fazendo as contas, mataram muito
mais gente que Hitler e seus exércitos, em toda a sua insanidade. Mas a
insanidade nazista foi banida, é crime usar os símbolos nazistas na maior parte
dos países. Todavia, é sinal de quase nobreza, pasmem, usar representações de
Che, de Stálin, Mao Tse Tung e outros genocidas. O mundo não ficou maluco?
E Fontova não está só nessa dúvida intrigante. No belíssimo
e muito bem fundamentado em fontes primárias, documentário “Soviet Story”, de
2008, o letão Edvins Snore mostra a convergência profunda entre o comunismo
soviético e o nazismo, e toda a colaboração entre os dois regimes, antes da
invasão da Rússia pelas tropas alemãs.
A indagação de Snore é sobre porque os símbolos nazistas
foram banidos (e ele concorda com isso), mas os símbolos comunistas, que pingam
o sangue de muitos milhões a mais de pessoas, sangue de décadas de vários regimes
comunistas no Século XX continuam a ser
usados como se fosse uma medalha de honra ao mérito.
Ambos os regimes foram
genocidas. Teria sido sorte da Rússia haver passado para o lado Ocidental
quando foi invadidada pela Alemanha? Isso por acaso diminuiu as atrocidades
soviéticas e comunistas de antes e de depois da Segunda Guerra Mundial?
Realmente estranho. Fontova, no seu livro que demandou
também muita pesquisa, mostra que Che Guevara foi um sujeito frio, que gostava
de matar, que era um verdadeiro porco (seu apelido em Cuba era Chancho, porco)
por falta de higiene pessoal, que foi um péssimo dirigente quando ministro da
Revolução em 1959.
Além disso, segundo ex-companheiros seus, soldados
profissionais, foi um péssimo soldado que nada entendia de estratégia e
conduziu como comandante suas tropas a uma vergonhosa derrota na aventura do
Congo, na África, e era um sujeito que não gostava dos negros cubanos.
Na Bolívia, enquanto seus poucos companheiros lutaram bravamente contra as tropas bolivianas, muitos até a morte, entregou-se pensando em sobreviver dizendo que valia mais vivo do que morto. Como o comando do Exército boliviano sabia quem ele era mandou matá-lo. E assim morreu Che como prisioneiro na Bolívia, abandonado por Fidel Castro que, espertamente, após a sua morte o transformou num mito revolucionário.
Na Bolívia, enquanto seus poucos companheiros lutaram bravamente contra as tropas bolivianas, muitos até a morte, entregou-se pensando em sobreviver dizendo que valia mais vivo do que morto. Como o comando do Exército boliviano sabia quem ele era mandou matá-lo. E assim morreu Che como prisioneiro na Bolívia, abandonado por Fidel Castro que, espertamente, após a sua morte o transformou num mito revolucionário.
CHE VENEZUELANO
Pois é, e com tudo isso a imagem do Che ainda enternece corações.
É um tipo de uma doença estranha de uma época em que muitos se dizem
humanistas, mas reverenciam assassinos cruéis.
Che mandou fuzilar milhares de
cubanos, apenas por serem considerados adversários no campo das idéias, e ele
mesmo gostava de puxar o gatilho de sua pistola para matar algum cubano acusado
– e muitos injustamente – de não apoiarem a revolução. Che gostava de sangue, é
o que dizem muitos depoimentos.
O CHE VENEZUELANO
O CHE VENEZUELANO
CHARUTO RITUALÍSTICO |
Isto posto, lemos na imprensa matérias grandes, com várias
fotos, em tom de admiração, de um sujeito venezuelano chamado Humberto López,
de 54 anos de idade, que adora andar fantasiado de Che Guevara, fazendo pregação
chavista pelos bairros pobres de Caracas.
Humberto, ou Che, anda vestido de soldado-guerrilheiro, com coturno e uma faca no tornozelo. Disse à imprensa que é um tipo de agitador que costuma entrar em confusões contra adversários que criticam Hugo Chávez.De fato é um tipo folclórico, como se alguém resolvesse andar vestido de Batman, Superman, ou de general Patton.
Humberto, ou Che, anda vestido de soldado-guerrilheiro, com coturno e uma faca no tornozelo. Disse à imprensa que é um tipo de agitador que costuma entrar em confusões contra adversários que criticam Hugo Chávez.De fato é um tipo folclórico, como se alguém resolvesse andar vestido de Batman, Superman, ou de general Patton.
GAROTO PROPAGANDA DO CHAVISMO |
O curioso é que, em seu
estranho mundo, costuma criticar, como bom socialista que se imagina ser, a má
influência dos filmes e desenhos americanos, que fazem as crianças quererem
imitar aqueles personagens.
Creio que na casa de Humberto falta um bom espelho. Então o cinema e os quadrinhos americanos e ocidentais são má influência, e ele que se veste de Che Guevara recebeu influência de alguma coisa, ou é o próprio Che Guevara?
Às vezes anda por Caracas num jipe militar antigo, de sua propriedade, mas é um utilitário MUTT, da Kaiser americana, ano 1960, o mesmo modelo usado na odiada guerra do Vietnã. Não deveria usar um Lada Niva ou um Gaz russo?
Creio que na casa de Humberto falta um bom espelho. Então o cinema e os quadrinhos americanos e ocidentais são má influência, e ele que se veste de Che Guevara recebeu influência de alguma coisa, ou é o próprio Che Guevara?
Às vezes anda por Caracas num jipe militar antigo, de sua propriedade, mas é um utilitário MUTT, da Kaiser americana, ano 1960, o mesmo modelo usado na odiada guerra do Vietnã. Não deveria usar um Lada Niva ou um Gaz russo?
PASSEANDO NO MUTT KAISER, AMERICANO |
Li que todos os dias, após as primeiras divulgações vagas
sobre o câncer de Chávez, passou a acender uma vela, logo cedo, após
levantar-se, para o bem de Hugo Cháez. E diz que anda vestido de Che não porque
não tenha personalidade, mas porque Fidel teria dito, um dia, para todos serem
como Che! Certamente em atitude, não em fantasia.
Não sei se o Che venezuelano já chegou a candidatar-se, mas, creio que seria um candidato tão forte quanto um Tiririca, e se tentasse o senado venezuelano, poderia ser tão ou mais bizarro que o nosso às vezes patético senador Suplicy.
Não sei se o Che venezuelano já chegou a candidatar-se, mas, creio que seria um candidato tão forte quanto um Tiririca, e se tentasse o senado venezuelano, poderia ser tão ou mais bizarro que o nosso às vezes patético senador Suplicy.
E a vida de Humberto López segue tranqüila, é mecânico profissional e, agora, foi contratado como consultor do Palácio Miraflores, para andar pela periferia como um outdoor ambulante, pregando a revolução socialista bolivariana, seja lá o que isso for.
FOTOGRAFIAS : REUTERS / CARLOS GARCIA RAWLINS
TEXTO SOBRE O CHE VENEZUELANO BASEADO EM INFORMAÇÕES DO
ABC.ES E HUFFINGTON POST
SOBRE HUMBERTO FONTOVA E SOVIET STORY:
Site de Humberto Fontova:
The Soviet
Story – site:
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