Marina Silva é nosso Dom Quixote da política. E o clássico Dom
Quixote, de Cervantes, é o pobretão bem intencionado Brancaleone da Nórcia, da
clássica comédia cinematográfica italiana, L´Armata Brancaleone, filme dirigido
por Mario Monicelli.
Chamado no Brasil de O Incrível Exército de Brancaleone o
filme, de 1966, é uma comédia satírica sobre os costumes da cavalaria medieval.
Brancaleone, sempre com suas alucinações e sonhos, como um Quixote enfurecido,
enfrenta seus inimigos imaginários: a peste negra, os sarracenos, os bizantinos
e os bárbaros que ameaçam a Europa.
MARINA SILVA E UM PARTIDO À FRENTE! |
Marina Silva não gosta dos partidos do Brasil, eles não lhe
servem; e ela precisa encontrar um exército para enfrentar os demônios destruidores
de florestas, dos rios e de Pachamama.
E assim, entusiasmada com os 19 milhões
de votos das eleições presidenciais de 2010, pelo PV, Marina quer mais. O PV já não lhe serve, assim como o PT, que serviu por décadas.
A imprensa relata algo de pasmar. Marina, a quem os partidos
existentes já não servem mais, quer fundar um outro, não igual, mas muito
diferente.
Assim como o PSD de Kassab, o futuro partido de Marina não se
mistura com qualquer coisa, como óleo e água. Ela quer um partido que seja nem de esquerda e nem
de direita, mas tampouco de centro. Para ela, terá de ser à frente.
O EXÉRCITO BRANCALEONE, COMBATENDO SONHOS E ALUCINAÇÕES |
Quem está à frente lidera. Marina Brancaleone e seu exército
que vai reconstruir o Brasil esperam liderar, certamente. Porque temos essa
miserável sina de criarmos políticos tão inovadores? Nunca o que existe serve,
nada pode ser melhorado, é preciso ser inventado.
Traço curioso da cultura Brasileira. O antropólogo Lévi-Strauss,
quando esteve no Brasil para estudar os índios e fundar a USP já havia
observado esse nossa sede de destruição do passado.
O curioso é que muitos de nossos
militares e intelectuais no final do Século XIX sofriam uma certa influência
do pensamento de outro francês, Augusto Comte que dizia “é preciso conservar,
melhorando”; isto é, nada se faz aos saltos, aos trancos, aos arroubos
revolucionários.
Mas aqui só se conserva, sem melhorar.
Lévi-Strauss observou que os brasileiros, muitos daqueles
que moravam em casas antigas, coloniais, resolviam modernizá-las à força,
arrancando as grandes janelas de folhas de madeira, de mais de cem anos, e
trocando por esquadrias modernosas, de metal, desfigurando a arquitetura.
O Brasil é assim, segue modas.
E, na política, ou inventamos
modas, como o futuro partido à frente de Marina, que aceitará gente de qualquer
partido, disse ela, ou não mudamos nada, repetimos, como temos visto pelo
noticiário político, as piores práticas de roubo e corrupção, mesmo aqueles que
vieram com a bandeira da ética. Aqui nada se conserva melhorando.
Como ela pretende tratar da produção industrial, da competição
internacional, da necessidade de produzir mais alimentos, do combate à inflação,
de melhorar o poder de consumo da população, diminuir a violência urbana? Ninguém sabe. Por enquanto,
moinhos de vento em sonhos de ano pré-eleitoral. Precisamos é de políticos com mais pé
no chão, ou mais vergonha na cara.
Branca, branca, branca! Leone, Leone, Leone.
GUTENBERG J.
Imagem Marina Silva: Fabio Rodrigues Pozzebom
http://agenciabrasil.ebc.com.br/galeria/2010-06-10/marina-silva-critica-proposta-do-codigo-florestal
L´ armata brancaleone
http://www.valentano.org/ciaksi.htm
VEJA NO ENDEREÇO ABAIXO O FILME L´ARMATA BRANCALEONE - ORIGINAL:
Aqui os nativos também encontraram um apelido para esta efeito Tiririca presidencial. Na linguá tupi guarani é conhecida como Taconhaba Moapugaba. Veja também no blog mataalheiamamatanossa.blogspot.com e divirta-se com as charges desta rainha do mogno, amiga do panda cruel e da aristocracia europeia
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