PRISCILA MACHADO SIMÃO, 33
Mais uma vez, lamento, escrevo sobre a morte.Todos estamos
sujeitos à morte. Ela nos asssombra e nos ronda e acompanha desde sempre. A
descoberta de que morremos nos intriga desde o tempo das cavernas. Muitas culturas tinham na Morte um tema central para reflexão e culto.
Mas nestes tempos de tanta ciência, de tanta conversa furada (agora sabemos que é conversa furada) sobre Direitos Humanos, de tanto discurso de falsos humanistas sobre justiça social (sabe-se lá o que é isso), apenas podemos fazer uma contabilidade macabra, a das pessoas que morrem da maneira mais estúpida, sem sentido, e cruel pelas cidades do Brasil. Sem um único lamento das autoridades.
Pessoas voltam de festas às duas horas da manhã, em plena segurança (claro que estamos sujeitos a acidentes eventuais), mas nem se pensa nisso em muitos países. Os cidadãos não imaginam que possam encontrar a Morte, em pessoa, no meio de seu caminho.
Não dessa forma brutal que a imprensa tem registrado quase em sequência, cotidianamente, um show de horrores, quando pessoas de todos os tipos e idades são executadas como se nada fosse, objetos, coisas que atrapalham, pacotes que pode ser deslocados de lá para cá, chutados pelas calçadas.
Não se trata de alguém que bebeu e dormiu ao volante, ou um acidente possível em um cruzamento qualquer. Não. Trata-se de que, agora, existem por aí caçadores de pessoas, agentes do Mal, emissários da Morte, que matam, pelo simples prazer de matar. Para provar a valentia, por nenhum motivo, por estar alucinado por alguma droga, por não considerar os outros seus semelhantes. Predadores.
A Natureza Humana
É isso que faz toda a diferença. Há malucos e assassinos frios em qualquer país do mundo, pois isso é da natureza humana. Mas o que está acontecendo no Brasil? Aqui ficamos chocados quando um doente mental pega uma arma e executa crianças uma escola americana (realmente é chocante), mas aqui temos execuções diárias, as mais absurdas, as mais sem sentido, o tempo todo! 50.000 mortes por ano, mais de 32 mil por armas de fogo ilegais nas mãos de criminosos.
O sujeito olha para alguém e atira. Nem rouba nada!! (o que também não justificaria). Pelo prazer de matar, como se estivesse em um joguinho eletrônico!
Priscila Machado Simão voltava de uma festa com a amiga Aline, em seu Citroen Aircross, e estava a duzentos metros do condomínio em que morava. Sua filha de 14 anos a esperava. Estava na Rua Sinfonia Popular, uma rua curta, de uns cem metros, entre a Rua Sinfonia Italiana e a estrada dos Mendes, no Grajaú, no Jardim Santa Francisca Cabrine.
Mas nestes tempos de tanta ciência, de tanta conversa furada (agora sabemos que é conversa furada) sobre Direitos Humanos, de tanto discurso de falsos humanistas sobre justiça social (sabe-se lá o que é isso), apenas podemos fazer uma contabilidade macabra, a das pessoas que morrem da maneira mais estúpida, sem sentido, e cruel pelas cidades do Brasil. Sem um único lamento das autoridades.
Pessoas voltam de festas às duas horas da manhã, em plena segurança (claro que estamos sujeitos a acidentes eventuais), mas nem se pensa nisso em muitos países. Os cidadãos não imaginam que possam encontrar a Morte, em pessoa, no meio de seu caminho.
Não dessa forma brutal que a imprensa tem registrado quase em sequência, cotidianamente, um show de horrores, quando pessoas de todos os tipos e idades são executadas como se nada fosse, objetos, coisas que atrapalham, pacotes que pode ser deslocados de lá para cá, chutados pelas calçadas.
Não se trata de alguém que bebeu e dormiu ao volante, ou um acidente possível em um cruzamento qualquer. Não. Trata-se de que, agora, existem por aí caçadores de pessoas, agentes do Mal, emissários da Morte, que matam, pelo simples prazer de matar. Para provar a valentia, por nenhum motivo, por estar alucinado por alguma droga, por não considerar os outros seus semelhantes. Predadores.
A Natureza Humana
É isso que faz toda a diferença. Há malucos e assassinos frios em qualquer país do mundo, pois isso é da natureza humana. Mas o que está acontecendo no Brasil? Aqui ficamos chocados quando um doente mental pega uma arma e executa crianças uma escola americana (realmente é chocante), mas aqui temos execuções diárias, as mais absurdas, as mais sem sentido, o tempo todo! 50.000 mortes por ano, mais de 32 mil por armas de fogo ilegais nas mãos de criminosos.
O sujeito olha para alguém e atira. Nem rouba nada!! (o que também não justificaria). Pelo prazer de matar, como se estivesse em um joguinho eletrônico!
Priscila Machado Simão voltava de uma festa com a amiga Aline, em seu Citroen Aircross, e estava a duzentos metros do condomínio em que morava. Sua filha de 14 anos a esperava. Estava na Rua Sinfonia Popular, uma rua curta, de uns cem metros, entre a Rua Sinfonia Italiana e a estrada dos Mendes, no Grajaú, no Jardim Santa Francisca Cabrine.
RUA SINFONIA POPULAR |
É um lugar deserto e assustador de madrugada, certamente.
Repentinamente Priscila se assusta porque uma motocicleta com dois sujeitos passa ao lado de seu carro e o piloto começa a fazer manobras em zigue e zague, como se fosse para impedir a ultrapassagem, e foi diminuindo a velocidade. Priscila deve ter se assustado e ficado nervosa. Certamente o coração disparou e ela e Aline pensaram, ou falaram: “é um assalto”.
O que duas moças podem fazer, desarmadas, de madrugada, diante de dois sujeitos em uma moto, no meio do nada? Ou por medo, ou por descontrole e medo de Priscila ela acelerou, ou não conseguiu frear quando a moto parou, e o carro dela bateu atrás da moto e os dois caíram.
Foi o suficiente para o julgamento e a aplicação da pena. O carona ergueu-se, sacou de uma arma, olhou para Priscila, apontou para a sua cabeça e puxou o gatilho.Mais uma execução à pena de morte de um cidadão de bem no Brasil. Isso é exclusividade dos bandidos. Só eles têm esse direito especial.
Uma fração de segundo. O dedo puxou o gatilho. Aquele estampido nunca mais sairá da memória de Aline. Que tristeza. Aquele estampido foi o último som ouvido pela pobre Priscila...na Rua Sinfonia Popular!
Marchas não adiantam
Não adianta as pessoas fazerem marchas pedindo paz. Não se pede paz a crápulas, assassinos cruéis, matadores que sentem prazer em matar. Quem matou Priscila não sente prazer em matar?
Passeatas pela paz não resolvem nada. As pessoas precisam canalizar sua dor e revolta de outro modo. É preciso deixar a ideia vaga de paz de lado, isso é muito generalizado.
É preciso indicar o que queremos. Queremos paz, sim, certamente. Tenho uma filha jovem que também chega tarde, às vezes, e isso é muito preocupante.
Mas queremos a paz da limpeza real do ambiente social.
Repentinamente Priscila se assusta porque uma motocicleta com dois sujeitos passa ao lado de seu carro e o piloto começa a fazer manobras em zigue e zague, como se fosse para impedir a ultrapassagem, e foi diminuindo a velocidade. Priscila deve ter se assustado e ficado nervosa. Certamente o coração disparou e ela e Aline pensaram, ou falaram: “é um assalto”.
O que duas moças podem fazer, desarmadas, de madrugada, diante de dois sujeitos em uma moto, no meio do nada? Ou por medo, ou por descontrole e medo de Priscila ela acelerou, ou não conseguiu frear quando a moto parou, e o carro dela bateu atrás da moto e os dois caíram.
Foi o suficiente para o julgamento e a aplicação da pena. O carona ergueu-se, sacou de uma arma, olhou para Priscila, apontou para a sua cabeça e puxou o gatilho.Mais uma execução à pena de morte de um cidadão de bem no Brasil. Isso é exclusividade dos bandidos. Só eles têm esse direito especial.
Uma fração de segundo. O dedo puxou o gatilho. Aquele estampido nunca mais sairá da memória de Aline. Que tristeza. Aquele estampido foi o último som ouvido pela pobre Priscila...na Rua Sinfonia Popular!
Marchas não adiantam
Não adianta as pessoas fazerem marchas pedindo paz. Não se pede paz a crápulas, assassinos cruéis, matadores que sentem prazer em matar. Quem matou Priscila não sente prazer em matar?
Passeatas pela paz não resolvem nada. As pessoas precisam canalizar sua dor e revolta de outro modo. É preciso deixar a ideia vaga de paz de lado, isso é muito generalizado.
É preciso indicar o que queremos. Queremos paz, sim, certamente. Tenho uma filha jovem que também chega tarde, às vezes, e isso é muito preocupante.
Mas queremos a paz da limpeza real do ambiente social.
TEXTO DE PRISCILA NO FACEBOOK. |
Temos que colocar o dedo na ferida. A ferida são os
defensores dos Direitos Humanos que crucifixam um policial que troca tiro com
um bandido e o mata, e que prefeririam, talvez, ver o policial morto. Vejam,
não estou defendendo policiais de milícias, de esquadrões. Esses são bandidos
também.
A nossa sociedade está fazendo uma leitura errada sobre a violência. Violência não resulta da pobreza, simplesmente. Resulta da Maldade que há nas pessoas e não é reprimida pelas autoridades, pela falta de valores. A maldade é da natureza humana. Assim, precisa ser reprimida.
A nossa sociedade está fazendo uma leitura errada sobre a violência. Violência não resulta da pobreza, simplesmente. Resulta da Maldade que há nas pessoas e não é reprimida pelas autoridades, pela falta de valores. A maldade é da natureza humana. Assim, precisa ser reprimida.
No Brasil as autoridades estão mais preocupadas em desarmar
pais de família que têm armas em casa que desarmar e colocar na cadeia, por
longas décadas, executores como os de Priscila e outras vítimas de crimes
inexplicavelmente brutais.
Crimes cruéis merecem duras punições. A prisão é para que o sujeito entenda que matar é errado, não é escolinha de boas maneiras. Se o preso puder estudar na prisão, ótimo, mas quem mata do modo que matou Priscila não merece sair depois de quatro ou cinco anos da prisão. Merece ficar os 30 anos em reclusão.
Quando isso começar a acontecer, não teremos transformado bandidos em santos, mas aqueles que tem o dedo rápido no gatilho e não têm coração, pensarão muito antes de matar alguém. Eles são maus, perversos, mas não são idiotas.
video sobre o caso
Crimes cruéis merecem duras punições. A prisão é para que o sujeito entenda que matar é errado, não é escolinha de boas maneiras. Se o preso puder estudar na prisão, ótimo, mas quem mata do modo que matou Priscila não merece sair depois de quatro ou cinco anos da prisão. Merece ficar os 30 anos em reclusão.
Quando isso começar a acontecer, não teremos transformado bandidos em santos, mas aqueles que tem o dedo rápido no gatilho e não têm coração, pensarão muito antes de matar alguém. Eles são maus, perversos, mas não são idiotas.
video sobre o caso
AJUDEM O COMBATE À VIOLÊNCIA, ESPALHEM ESTE TEXTO PELO FACEBOOK.
LEMBREM-SE, MARCHAS PEDINDO PAZ PROVOCAM RISOS NOS BANDIDOS.
AS AUTORIDADES É QUE DEVEM SER PRESSIONADAS E AGIR COM RIGOR.
BANDIDOS NÃO LIGAM PARA PAZ, ELES ESPALHAM A DOR, A VIOLÊNCIA E A MORTE.
Este crime foi bárbaro demais!!!! Autoridades brasileiras onde é que vamos parar?? Quantos de nós teremos que morrer. Absurdo, revoltante....
ResponderExcluirA PRI ERA MINHA AMIGA PESSOAL...AMIGA DA VIDA TODA...CRESCEMOS JUNTAS E ESSE ULTIMO ESTAMPIDO FOI O QUE SEPAROU ELA DE MIM E DE MUUUITAS PESSOAS QUE A AMAM E VÃO AMAR ETERNAMENTE.
ResponderExcluirQUANTAS PRISCILAS VÃO MORRER EM?!?!!?ENQUANTO NÃO MUDAR NOSSAS LEIS INFELIZMENTE TEREMOS MILHARES DE PRISCILAS QUE VÃO MORRER DESSA FORMA...NÃO FALO SÓ COMO UMA AMIGA DELA MAS SIM COMO UMA CIDADÃ REVOLTADA....SEM MAIS.
Lamento muito, Biana, pela morte de sua amiga Priscila. Realmente mais uma morte brutal. Os brasileiros precisam punições mais rigorosas, só o medo de uma reclusão sem saídas e facilidade como é hoje pode frear os bandidos. Eles perderam o medo da Lei e da punição e o respeito para com as outras pessoas.
ResponderExcluirGutenberg