Este blog é decididamente contra qualquer política que
facilite o uso de drogas. Não estou tratando aqui do tabaco (que não altera o
comportamento e a percepção de ninguém) e nem do álcool (que já é bem
controlado), mas das drogas como a maconha, a cocaína, o crack, os alucinógenos
em geral, as pílulas coloridas que são usadas em festas como se fossem o elixir
da alegria.
Drogas arruínam a vida das pessoas e matam, degradam
sistematicamente o usuário que, por óbvio, perde o controle sobre si mesmo. Ao
perder o controle sobre si mesmo afeta a vida dos outros, faz sua família
sofrer; rouba e mata pelas drogas.
Há cínicos sofistas modernos que defendem a liberdade
individual, como se fosse absoluta. Dizem o corpo é meu. Mas o que fazem afeta
os outros, de vários modos.
Você quer ficar alucinado? Fique fechado em um quarto, consuma e morra. Você não liga mesmo para quem está à sua volta.
Você quer ficar alucinado? Fique fechado em um quarto, consuma e morra. Você não liga mesmo para quem está à sua volta.
Não concordo com alguns pontos de vista de Ferreira Gullar
no caso do texto abaixo, mas no geral concordo com ele. Se há tráfico é porque
há consumidores.
Penso que os consumidores são tão responsáveis como os
traficantes. Uns em busca do prazer pelo consumo da droga. Outros em busca do
prazer que decorre de ter dinheiro proveniente da vendadas drogas. Por esse motivo acho om Tropa de Elite I muitomelhor que o II. O dois é uma recuada do autor diante das críticas dos defensores da liberação, de certa forma.
A questão fica confusa quando os defensores da liberação, ou
os que passam a mão na cabeça dos usuários alegam que trata-se de um problema de
saúde, e não de polícia. Isso é falso como uma nota de três reais.
Ninguém é doente antes de ficar viciado. E nem quero discutir
aqui se algumas pessoas são mais propensas que outras a serem jogadores viciados,
usuários, alcoólatras. Talvez isso seja em parte verdade, mas existem valores
com os quais educar melhor as pessoas e com isso muitos resistirão, com
certeza.
Não deixa de ser curioso ouvir os radicais individualistas
usuários defenderem seu direito à morte e pedirem, depois que se viciaram, ajuda
de dinheiro público para tratamento.
Entre o usuário inicial, por recreação, como se diz, e o doente, há uma certa distância, mas é para essa direção que a recreação caminha.
Por que começar, então?
Entre o usuário inicial, por recreação, como se diz, e o doente, há uma certa distância, mas é para essa direção que a recreação caminha.
Por que começar, então?
Gutenberg J.
REPRODUZIREI, A SEGUIR, O TEXTO DE FERREIRA GULLAR PUBLICADO
NA FOLHA DE SÃO PAULO DESTE DOMINGO:
Um confuso bate-boca
Ferreira Gullar
O fato mesmo é o seguinte: não há produção e venda de
mercadoria alguma se não houver consumidor
Um novo projeto de lei, que deve ser votado pelo Congresso
em fevereiro, trouxe de novo à discussão o problema das drogas: reprimir ou
descriminalizar?
Esse projeto pretende tornar mais severa a repressão ao
tráfico e ao uso de drogas, alegando ser esse o desejo da sociedade. Quem a ele
se opõe argumenta com o fato de que a repressão, tanto ao tráfico quanto ao uso
de drogas, não impediu que ambos aumentassem.
Quem se opõe à repressão considera, com razão, não ter
cabimento meter na prisão pessoas que, na verdade, são doentes, dependentes,
consumidores patológicos. Devem ser tratados, e não encarcerados. No entanto,
quem defende o tratamento em vez da prisão se opõe à internação compulsória do
usuário porque, a seu ver, isso atenta contra a liberdade do indivíduo.
Esse é um debate que não chega a nada nem pode chegar. Se
você for esperar que uma pessoa surtada aceite ser internada para tratamento,
perderá seu tempo.
Pergunto: um pai, que interna compulsoriamente um filho em
estado delirante, atenta contra sua liberdade individual? Deve, então, deixar
que se jogue pela janela ou agrida alguém? Está evidente que, ao interná-lo,
faz aquilo que ele, surtado, não tem capacidade de fazer.
Mas a discussão não acaba aí. Todas as pessoas que consomem
bebidas alcoólicas são alcoólatras? Claro que não. A vasta maioria, que consome
os milhões de litros dessas bebidas, bebe socialmente. Pois bem, com as drogas
é a mesma coisa: a maioria que as consome não é doente, consome-as socialmente,
e muitos desses consumidores são gente fina, executivos de empresas,
universitários etc..
Só que a polícia quase nunca chega a eles, pois estes não
vão às bocas de fumo comprar drogas. Sem correrem quaisquer riscos, as recebem
e as usam. Ninguém vai me convencer de que os milhões de reais que circulam no
comércio das drogas são apenas dinheiro de pé-rapado que a polícia prende nas
favelas ou debaixo dos viadutos.
Outro argumento falacioso dos que defendem a
descriminalização das drogas é o de que a repressão ao tráfico e ao consumo não
deu qualquer resultado positivo. Pelo contrário -argumentam eles-, o tráfico e
o consumo só aumentaram.
É verdade, mas, se por isso devemos acabar com o combate ao
comércio de drogas, deve-se também parar de combater o crime em geral, já que,
embora o sistema judicial e o prisional existam há séculos, a criminalidade só
tem aumentado em todo o planeta. Seria, evidentemente, um disparate. Não
obstante, esse é o argumento utilizado para justificar a descriminalização das
drogas.
A maneira certa de encarar tal questão é compreender que nem
todos os problemas têm solução definitiva e, por isso mesmo, exigem combate
permanente e incessante.
A verdade é que, no caso do tráfico, como no da
criminalidade em geral, se é certo que a repressão não os extingue, limita-lhes
a expansão. Pior seria se agissem à solta.
Quantas toneladas de cocaína, crack e maconha são
apreendidas mensalmente só no Brasil? Apesar disso, a verdade é que cresce o
número de usuários de drogas e, consequentemente, a produção delas. Os
traficantes têm plena consciência disso, tanto que, para garantir a manutenção
e o crescimento de seu mercado, implantam gente sua nas escolas a fim de aliciar
meninos de oito, dez anos de idade.
Por tudo isso, deve-se reconhecer que o combate ao tráfico é
particularmente difícil, já que, nesse caso, a vítima -isto é, o consumidor-
alia-se ao criminoso contra a polícia. Ou seja, ela inventa meios e modos para conseguir
que a droga chegue às suas mãos, anulando, assim, a ação policial.
O certo é que este bate-boca não leva a nada. O fato mesmo é
o seguinte: não há produção e venda de mercadoria alguma se não houver
consumidor.
Só se fabricam automóvel e geladeira porque há quem os
compre. O mesmo ocorre com as drogas: só há produção e tráfico de drogas porque
há quem as consuma. Logo, a maneira eficaz de combater o tráfico de drogas é
reduzindo-lhe o consumo.
E a maneira de conseguir isso é por meio de uma campanha de
âmbito nacional e internacional, maciça, mostrando às novas gerações
-principalmente aos adolescentes- que a droga destrói sua vida.
FOLHA DE SÃO PAULO- FERREIRA GULLAR:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/88326-um-confuso-bate-boca.shtml
SOBRE O EFEITO DAS DROGAS: (imagens)
http://kosas-k-hay-k-saber-y-ver.blogspot.com.br/2012/04/drogas-el-lado-oscuro-de-la-vida.html
SOBRE O EFEITO DAS DROGAS: (imagens)
http://kosas-k-hay-k-saber-y-ver.blogspot.com.br/2012/04/drogas-el-lado-oscuro-de-la-vida.html
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