GOVERNISTAS QUEIMAM JORNAIS NO EQUADOR (FOTO AFP) |
Essa guerra, na maior parte das vezes suja e baixa é travada pela esquerda antidemocrática e fascista contra jornais, emissoras de rádio e de televisão, incluindo, agora, os meios que operam na Internet.
Paradoxalmente, por mais estranho que pareça, há quase um silêncio geral sobre o perigo que paira sobre a liberdade de imprensa no continente.
O que se pretende, em diversos países, como Equador (ver notícia abaixo), Nicarágua, Venezuela, Bolívia e Argentina, para pinçarmos alguns exemplos (há muitos outros), é transformar o Jornalismo em instrumento de Propaganda das ações do governo, sem margem para criticas, questionamentos e denúncias.
Criar uma sociedade sem contestação, sem o incômodo dos adversários políticos, sem a necessidade de que os sábios iluminados condutores do poder tenham que responder ao povo, ou ao Judiciário, pelos seus crimes, erros e desmandos.
Como se alguns de nossos pseudo-líderes resolvessem transformar um pais onde há imensa corrupção e impunidade, como o Brasil, por exemplo, em um mero conjunto de aloprados que devem ser tratados com tapinhas nas costas e passadas de mãozinha
na cabeça.
De fato, os partidos ou coligações de esquerda que se encontram, sim, pelo voto, exercendo o poder em diversos países, querem é perpetuar-se na condução da sociedade, ampliando indefinidamente os mandatos dos governantes, solapando a democracia como o fez o coronel Hugo Chávez, na Venezuela e como indicam as ações cada vez mais estranhas do presidente Correa, do Equador.
Há também o péssimo exemplo das manipulações institucionais como o da presidente argentina Cristina Kirchner, que quer estrangular os jornais impressos, asfixiando-os pela falta de papel de impressão.
Meros populistas, demagogos, autoritários e totalitários, jogam com a ignorância do povo sobre a importância da democracia, do estado de direito, das liberdades individuais e da liberdade de imprensa, e trocam futuras inquietações populares pela compra das consciências com cestas de benesses e esmolas estatais (que o povo esfolado pelos impostos ele mesmo paga).
Por outro lado, os cofres do estado despejam anúncios em quantidade para abastecer o caixa de empresários de comunicação mais interessados em seus lucros imediatos que no bem estar geral e institucional.
Como a América Latina passou por duas décadas de ditaduras militares de caráter conservador e de direita, com o apoio indisfarçável de algumas empresas de comunicação aos ditadores, mantendo afastado o perigo da esquerda, agora a esquerda que eliminar a liberdade de imprensa e criar meros canais de propaganda e correias de transmissão de palavras de ordem e ideologia vagabunda.
Uma das praticas preferidas da esquerda, na América Latina, é atirar pedras na imprensa, como se esta fosse intrinsecamente má, corrompida ou aliada do demônio capitalista.
Claro que essa fúria é seletiva. Quando os políticos de esquerda fazem oposição abastecem os jornais com dossiês, envelopes cheios de documentos, denúncias e performances que sempre se transformam em matérias e, fatalmente, servem para atingir seus adversários. Usam, assim, a imprensa como instrumento, como ferramenta de seus próprios interesses.
A imprensa deixa-se usar pois, muitas vezes, o assunto é realmente relevante e a notícia é mesmo de interesse público. Contudo, a coisa não para por aí. Uma vez no poder, ou quando passa por alguma investigação ou é alvo de denúncia por parte de adversário político ou de trabalho os esquerdistas associam a imprensa ao capeta e querem censurar o Jornalismo. A imprensa só é boa coisa para a esquerda quando a esquerda faz oposição ou ainda não se perpetuou no poder.
Como a guerra à liberdade de informação pela esquerda faz parte de uma luta mais ampla no campo cultural, contra os valores democráticos, militantes social-comuno-fascistas travestidos de jornalistas ocupam as redações, criando uma quinta coluna, com a qual solapam o que deveria ser o correto trabalho jornalístico. (Isto será tema de um texto mais adiante).
Um leitor que não leia alguns jornais do exterior, faça perguntas, reflita com calma, compare reportagens, em suma, um leitor raríssimo nos dias atuais tão velozes, estará absolutamente desinformado.
A desinformação, a confusão, as meias verdades que verificamos na imprensa brasileira são, já, resultantes dessa guerra contra a imprensa e contra as liberdades, da qual a maior vitima é você leitor. É você cidadão. Não importa que essa guerra esteja sendo travada em algum país vizinho.
Não se iluda, ela também acontece no seu país.
Gutenberg J.
NAZISTAS QUEIMANDO LIVROS E JORNAIS NOS ANOS 30 (Opernplatz in Berlin. May 10, 1933.) |
Globo Online e agências:
A sentença da Corte Nacional de Justiça do Equador condenou por injúria o diretor, o vice-diretor e o gerente de Novas Mídias, os irmãos Carlos, César e Nicolas Pérez, respectivamente, e o colunista Emilio Palacio a três anos de prisão e a uma multa de US$ 40 milhões. O controverso caso começou há cerca de um ano, quando o presidente Rafael Correa entrou na Justiça por causa da publicação de um artigo no “El Universo” que criticava suas ações durante a revolta policial de 30 de setembro de 2010. Em sua coluna, Palacio, que busca exílio político nos EUA, chamou Correa de ditador e o acusou de ter ordenado que um hospital cheio de civis fosse atacado.
A sentença gerou condenações de várias organizações de impresa internacional. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIPCPJ) disseram estar preocupados com a liberdade de expressão no país e na América do Sul. O advogado de Defesa do “El Universo” disse que vai recorrer à Corte Interamericana e lamentou o que chamou de “submissão” do Judiciário equatoriano. “Um editor está em busca de asilo político, três executivos podem ir para prisão, e um dos principais jornais do país pode ir à falência só porque o presidente Correa não gostou de um artigo de opinião”, protestou Carlos Lauría, coordenador do programa do Comitê de Proteção para Jornalistas (CPJ) para as Américas.
Para Ricardo Trotti, da SIP, a sentença foi uma “represália à liberdade de imprensa”. A Justiça equatoriana negou na madrugada desta quinta-feira um pedido de revisão do processo no julgamento por difamação movido pelo presidente Rafael Correa contra o “El Universo”. Após 15 horas de audiência, o tribunal ratificou a sentença de prisão, além da multa que poderá levar o jornal à falência.
“A Corte Nacional de Justiça acaba de ratificar um verdadeiro estímulo à censura que poderia afetar amanhã outros meios de comunicação (…) É um desastre”, escreveu o Repórteres Sem Fronteiras num comunicado.
Já Correa, que participou da audiência e havia mobilizado pelo Twitter seus simpatizantes para uma vigília diante da corte, comemorou o veredicto junto com seus ministros e funcionários de governo. “O país está mudando. Agora vão entender que a liberdade de expressão já é de todos”, disse o presidente equatoriano, após a leitura da sentença.
Depois que a Justiça divulgou sua decisão, nesta quinta-feira, Correa disse que as afirmações de Palacio afetaram sua honra e que a sentença serviu para mostrar que “o ‘El Universo’ mentiu e que os cidadãos podem reagir diante dos abusos da imprensa”. Ele ainda sinalizou que tem o poder de reverter a condenação. “Vou consultar gente de confiança e anunciaremos ao país as decisões correspondentes”, disse Correa a jornalistas estrangeiros.
O advogado do jornal, Joffre Campaña, criticou a Justiça equatoriana, alegando que a sentença é mais um exemplo da “submissão” ao presidente Correa, e disse que vai apelar para Corte Interamericana de Direitos Humanos, pois não acredita na decisão do Tribunal Constitucional do Equador. “Retrocedemos às piores épocas de uma concentração de poder absoluta, de ausência total de independência judicial, e isso para o desenvolvimento de uma sociedade democrática é nefasto”, disse Campaña.
http://oglobo.globo.com/mundo/chanceler-do-equador-nega-cunho-politico-em-condenacao-jornal-3985468
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/os-fascistoides-avancam-no-equador/
Li tudo isso na Veja
ResponderExcluirGabriel:
ResponderExcluirSem dúvida, a Veja é um dos raros veículos a tratar da questão do cerco à imprensa e dos governos autoritários na América Latina.
Gutenberg