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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

GREVE DA PM NA BAHIA. QUEM FOMENTA GREVES, COLHE TEMPESTADES. O PTsempre flertou com o grevismo, agora tem os resultados.


O PT sempre fomentou greves e confrontos, isso faz parte da história e das táticas do partido. Mas o PT era muito mais oposição que situação. À medida que vai se tornando situação, a coisa começa a mudar de figura.

Tudo aquilo que eles apoiavam antes, passam a demonizar. Não por uma questão de mudança real de filosofia ou ponto de vista, mas devido às circunstâncias. Oposição é oposição, situação é situação. Nem sempre é bem assim, lembremos, basta observar o comportamento do ex-presidente Lula que, em cima de um palanque, mesmo presidente, mais parecia um líder sindical falando em porta de fábricas.

O PT, assim como não reconheceu o valor do Plano Real, nunca concordou com a Constituição de 1988. Desse modo, militantes e representantes do partido sempre apoiaram greves, incluindo de militares, pois a meta é a implantação de um estado socialista. Assim, para uma postura de oposição radical, sempre será interessante o clima de quanto pior, melhor.

Agora, com a greve se alastrando há nove dias, com a balbúrdia e o caos instalados, com imenso sofrimento e prejuízo para o povo baiano, o PT quer impor a ordem. De fato, é o correto, mas soa estranho. E essa estranheza faz ressaltar a dupla moral petista e a ética de origem duvidosa.

Assim, agora vemos cabeças coroadas petistas defendendo o uso do Exército e forças especiais...contra grevistas!!! Que isso seja percebido pela população. O PT sempre é a favor de greves, especialmente em estados em que é oposição. Não desta vez. Estranho, contudo, que a senhora presidente esteja mantendo tal silêncio sobre a caótica e absurda situação na Bahia, COM MAIS DE 130 MORTES EM NOVE DIAS.

Assim, criou-se um caldo de cultura que espalhou a idéia que basta parar, fazer greve, invadir, ocupar, exigir, para que as coisas se resolvam. Como alguém que seqüestra ou toma um refém e faz exigências.

Muitas vezes é um comportamento que beira o terrorismo.

Agora, convencer os grevistas que, durante anos, receberam o apoio e o incentivo do PT em suas greves de que as greves são erradas, indesejadas ou ilegais cria uma tensão enorme, um alto risco explosivo. 

Basta lembrar da irresponsabilidade que é tratar de uma uniformização do salários num país tão imenso e díspare como o Brasil (PEC 300). Durante anos políticos inconsequentes e mentirosos jogaram com isso para obter apoios e votos.

Agora não têm como pagar suas promessas mentirosas e vazias.

Especialmente neste caso, com gente armada de ambos os lados.

GREVE ILEGAL

Segundo o Globo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta quarta-feira (8) que é ilegal a greve de policiais militares, como os da Bahia, que fazem paralisação desde o dia 31 de janeiro.

O movimento por reajustes salariais tem sido marcado por conflitos entre grevistas e o Exército e pelo aumento da criminalidade da capital do estado, Salvador.

"A greve é um tema social. Mas, neste caso, ela é inconstitucional, é ilegal. Se viesse uma lei legitimando o direito de greve de militares, ela fatalmente cairia no STF, seria julgada inconstitucional", disse Mello. O artigo 142 da Constituição estabelece que ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.

Em 2009, ao julgar uma ação que questionou a greve de policiais civis em São Paulo, o Supremo afirmou que os servidores públicos têm direito à greve. Mas o tribunal afirmou que esse direito não vale para serviços públicos realizados por grupos armados, como os policiais civis e os policiais militares.

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Entenda por que a greve de PMs é considerada ilegal e crime militarPreso em Salvador um dos líderes da greve da PM na BahiaA Constituição garante ao servidor público o direito de realizar greves, mas não estabelece quais categorias podem ou não suspender as atividades e nem determina as regras que devem ser cumpridas pelos grevistas. Essa regulamentação ainda precisa ser votada pelo Congresso Nacional.

Em 2007, o STF determinou que até a regulamentação da lei, greves no setor público devem obedecer às mesmas regras do setor privado. Por exemplo, a manutenção de uma escala mínima de atendimento nas atividades consideradas essenciais para a população, como transporte público e educação.

A matéria de O Globo mostra que a greve de policiais militares também fere o regimento que regulamenta a atividade militar e os envolvidos podem responder pelos crimes de motim e insubordinação, dentre outros. Para não sofrerem sanções, os líderes grevistas baianos buscam anistia e garantia de não serem punidos, como já foi concedida para outros estados por uma lei federal.

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