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terça-feira, 16 de julho de 2013

CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA PELO FACEBOOK. Edna Célia Souza de Oliveira, 41 anos, foi ferida com dois tiros em sua própria casa. Mas, antes de morrer, teve tempo de pedir socorro pelo Facebook. O crime aconteceu em São Mateus, Espírito Santo.



EDNA VIVIA NO PARAÍSO DE GURIRI
Edna Célia Souza de Oliveira, 41 anos, conheceu bastante do Brasil. Nasceu no Maranhão, morou muitos anos em Tucuruí, no Pará; mudou-se há um ano, para o município de São Mateus, ao norte de Vitória, no Espírito Santos, e vivia na paradisíaca ilha de Guriri, balneário muito procurado por veranistas mineiros.

EDNA CÉLIA SOUZA DE OLIVEIRA, 41 ANOS
O destino é uma coisa estranha. Edna morou em lugares bonitos, mas foi morrer no paraíso. Guriri, uma ilha de paisagem maravilhosa, de 100 km², é um balneário que fica a 13 quilômetros de São Mateus, onde se chega por uma estrada asfaltada e uma ponte de concreto sobre o Rio São Mateus.

Ocorre que as parcas, aquelas que tecem o fio de nossas vidas não descansam nunca, mesmo em lugares paradisíacos. O tempo todo elas observam os humanos e apontam o dedo “aquele”, “aquela”, e a tesoura cruel friamente corta a linha da vida.

Edna estava em casa tranqüila, utilizando o Facebook, trocando mensagens com amigos por meio de seu celular. Eram 23 horas de domingo. Silêncio na ilha, sendo possível ouvir o mar, o quebrar das ondas.

Repentinamente a porta da cozinha da casa é arrombada e alguém a encontra sentada, entretida com o Facebook, no sofá da sala.

Tudo muito rápido. O dedo do desconhecido aciona o gatilho e ela é baleada no abdômen. Consegue levantar-se e correr para o quarto. Trancada, ferida e em desespero só consegue deixar a sua última mensagem: “Acabei de levar um tiro aqui dento (sic) de casa”. Teve tempo de fazer ainda duas ligações: para um amigo a quem pediu socorro e para irmã, “me ajuda, estou sangrando muito”.   



Não teve tempo para mais nada. O invasor conseguiu arrombar a porta do quarto e, ficando frente a frente com ela, disparou um tiro em sua cabeça. Foi quando uma das parcas usou a tesoura cruel.

Sua irmã Fernanda Oliveira chegou logo em seguida, mas encontrou a irmã já morta e mais ninguém na casa. A polícia foi rápida, demorou quatro minutos, mas nada mais poderia ser feito. Nada foi roubado.

O corpo de Edna, embora ela tenha ido para outro Paraíso, e abandonado Guriri para sempre, ainda fará uma última viagem, uma longa viagem de volta a Tucuruí, no Pará, onde será enterrada.

Informações de:   
PAISAGEM DE GURIRI




Um comentário:

  1. Não me canso de ler, e sempre é a mesma sensação de dor e impunidade.
    Brasil, pais onde tudo é possível, relacionado a crimes e ações ilícitas.
    Obrigada pela crônica!
    Só pra acrescentar, ela não estava no facebook, estava na sala com sua bíblia e caderneta de anotações, assistindo ao seu programa evangélico de todos os dias, alimentando seu Espírito com estudo bíblico.
    Essa era minha irmã.Serva de DEus.

    A irmã,Fernanda Oliveira aqui.

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