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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

OS SANTOS GUERREIROS CONTRA OS DRAGÕES DA MALDADE. Roger Molina, um refugiado evangélico e a cara feia de Dilma Rousseff e Evo Morales. (Por Júlio Severo). Ditadores não gostam de críticos, adversários ou opositores. Em muitos lugares, como Cuba, os matam; na Bolívia inventam crimes para perseguir e prender; o mesmo que Hugo Chávez fez com seu opositor Alejandro Peña Esclusa. É nessa hora, em que silenciam os jornais, que se percebe quem são os verdadeiros democratas.



ROGER PINTO MOLINA

Nada sei sobre Roger Molina, apenas que é opositor a Evo Morales. Mas já sabemos bastantes sobre Morales e suas trapalhadas no governo boliviano. Se a Bolívia tivesse um regime decente e honesto, diria, que Molina seja julgado pelos seus crimes, ou inocentado.

Mas um país que, sob as ordens do cocalero Morales, invadiu militarmente duas refinarias brasileiras e as tomou na mão-grande, quase como um presente do governo petista de Lula, não me cheira bem. Não trato aqui do povo boliviano, boas pessoas como qualquer povo. Trato do regime comunista bolivariano indígena implantado na Bolívia, sob os auspícios do Foro de São Paulo.

Assim, considero que Molina, até que se prove o contrário, é um perseguido político que sobreviveu até agora porque estava de certa forma protegido na embaixada brasileira de La Paz, por outro lado, conforme possamos encarar o caso, preso pelo Brasil em uma saleta, o que, para Morales era um favor, pois havia retirado um opositor das ruas. Na Bolívia, como em muitas ditaduras da América parece que opositor bom é opositor preso, ou morto.

Exatamente o mesmo caso ocorreu com o oposicionista Alejandro Peña Esclusa, perseguido pelo ora múmia Hugo Chávez e preso por conta de crimes fantasiosos inventados pelo Chapolin de Caracas para poder o opositor na cadeia. Para saberem:Esclusa foi preso acusado de manter explosivos perigosos guardados no quarto de seus próprios filhos!

No caso do senador Molina, temo, pelo que tenho lido, que seja devolvido à Bolívia para continuar preso por se opor a Morales. 

Leiam agora o excelente relato de Júlio Severo sobre a perseguição a Molina na Bolívia.  

Julio Severo
28 Agosto 2013

O PT sabe proteger seus cúmplices e terroristas. Mas faz cara feia para qualquer cristão que ousar ouvir a voz de Deus e pedir asilo depois de fazer oposição a um governo comunista.

Católicos e evangélicos, orem por Saboia e Molina, pois Evo Morales e Dilma Rousseff, que estão com cara feia nesse caso, e com certeza têm intenções feias para o senador perseguido e para o católico que ouviu a voz de Deus. 

Autoridades comunistas da Bolívia e Brasil estão com cara feia pelo fato de que um senador evangélico saiu da embaixada do Brasil na Bolívia não para se entregar aos perseguidores, mas para ser levado para refúgio no Brasil do PT.

A presidente Dilma Rousseuff adora fazer propaganda de ter um governo defensor de direitos humanos — mas debaixo desse rótulo a defesa segue uma direção apenas de defesa à ideologia que ela ama.

O senador boliviano Roger Pinto Molina havia pedido asilo à Embaixada do Brasil na Bolívia em 2012, permanecendo num quartinho trancado, com muitas restrições, literalmente como se fosse um criminoso. O diplomata Eduardo Saboia, responsável pela Embaixada do Brasil, estava incomodado com o que o boliviano estava sofrendo: “O senador estava havia 452 dias sem tomar sol, sem receber visitas. Eu me sentia como se fosse o carcereiro dele… O asilado típico fica na residência [do embaixador], mas ele estava confinado numa sala de telex, vigiado 24 horas por fuzileiros navais.”

O senador estava também com sérios problemas de saúde, mas não podia sair da embaixada para se consultar numa clínica médica, sob risco de ser preso pelo governo comunista boliviano.

Roger Pinto Molina é um líder político batista conservador e é considerado a principal oposição ao comunista Evo Morales, presidente da Bolívia. Depois de denunciar escândalos do governo de Evo, Molina passou a ser perseguido, em seguida buscando refúgio na Embaixada do Brasil, que acabou se tornando uma prisão “informal” para ele.

O tratamento dado a ele contrasta com os privilégios que o governo do Brasil deu a Manuel Zelaya, político socialista de Honduras que foi exilado depois de tentar dar um golpe e derrubar o governo em 2009. Nesse caso, o governo brasileiro sob Lula participou de um esquema para trazer Zelaya do exterior e levá-lo escondido diretamente à Embaixada do Brasil em Honduras.

Na Embaixada, Zelaya gozou muitas regalias, amplo espaço e facilidades, inclusive fazendo discursos políticos, afrontando a honra de Honduras, sem que as autoridades hondurenhas nada pudessem fazer, pois Zelaya provocava as autoridades hondurenhas de dentro da embaixada, que é território protegido.

O embaixador brasileiro não foi punido por transformar a embaixada em palanque político, quartel-general e hotel de luxo para um vigarista comunista.

O azar do senador boliviano é não ser terrorista nem comunista.

EDUARDO SABOIA  (VEJA)

Sua sorte foi que Eduardo Saboia é católico e não se conformou com a injustiça do governo de Dilma Rousseff. Saboia disse que o governo do PT não tinha nenhuma intenção de ajudar o senador evangélico preso na embaixada. Ele disse: “Tenho os e-mails das pessoas, dizendo ‘olha, a gente sabe que é um faz de conta, eles fingem que estão negociando (a saída do senador da embaixada) e a gente finge que acredita.’”

Em entrevistas aos jornais do Brasil, Saboia chorou ao dizer que “ouviu a voz de Deus” para tirar Molina da embaixada.

Ele contou detalhes da tensa viagem de La Paz até a fronteira com o Brasil. Molina passou muito mal, vomitou e todos começaram a rezar quando a gasolina do carro estava quase acabando. Saboia conta: “Foram 22 horas, 1.600 quilômetros. Pegamos névoa, gelo, frio. Saímos de 4.600 metros [de altitude] até 400 metros. Não paramos para nada, foi tudo direto. Só tinha umas nozes e umas bananas para comer, mais nada..”

Não puderam parar em nenhum banheiro nem lanchonete, para evitar riscos do governo comunista boliviano.

“Na reta final, fomos ficando sem gasolina e aí começamos a, literalmente, rezar. Eu, católico, e o senador, evangélico. Peguei a Bíblia, abri nos Salmos e li. Foi o milagre da multiplicação da gasolina,” disse Saboia.

Como a maioria dos brasileiros emburrecidos, Saboia também votou em Dilma para presidente. Mas emburrecimento tem limite quando entra em choque violento com valores cristãos e éticos, e ele viu que o tratamento dado ao senador boliviano na embaixada violava os direitos humanos.

O esquema de empurrar com a barriga o caso do senador até ele sair da embaixada não funcionou. Dilma está de cara feia com a presença do senador evangélico no Brasil. Dilma está de cara feia para Eduardo Saboia, pelo fato de que ele preferiu ouvir a voz de Deus a ouvir as ordens do PT.

Saboia fez sua parte: trouxe um refugiado ao Brasil dos brasileiros. Mas como em outras vezes, o PT de Dilma mostrará que o Brasil é mais deles do que nosso.

Saboia está sendo punido. Seu crime é não entender que a missão do governo do Brasil é acobertar Zelayas e outros criminosos comunistas.

O senador evangélico não está a salvo no Brasil do PT, que agora está torcendo a lei para dizer que a permanência do boliviano no Brasil é ilegal. O governo do PT já está trabalhando nos bastidores para dar um “final feliz” para alegrar a cara feia de Evo Morales e Dilma.


O azar do senador boliviano é não ser terrorista nem comunista.

Cesare Battisti, um terrorista comunista condenado à prisão perpétua na Itália por assassinato, vive sossegado no Brasil, asilado e protegido pelo PT desde 2010.

O PT sabe proteger seus cúmplices e terroristas. Mas faz cara feia para qualquer cristão que ousar ouvir a voz de Deus e pedir asilo depois de fazer oposição a um governo comunista.

Oposição a governos comunistas é crime e quem fizer isso será tratado como criminoso, mesmo que peça asilo na Embaixada do Brasil na Bolívia.

Graças a Deus o diplomata Eduardo Saboia não aguentou continuar fazendo o jogo sujo do PT, que propositadamente dificultou a presença do senador na embaixada a fim de que ele “voluntariamente” escolhesse sair. Saboia colocou a vida e a saúde de um evangélico perseguido acima da ideologia maligna do PT. Saboia colocou sua carreira diplomática em risco para salvar uma vida das artimanhas de Evo e do PT.

Católicos e evangélicos, orem por Saboia e Molina, pois Evo Morales e Dilma Rousseff, que estão com cara feia nesse caso, e com certeza têm intenções feias para o senador perseguido e para o católico que ouviu a voz de Deus. O Deus que multiplicou a gasolina da fuga pode jogar gasolina e fogo nas más intenções dos comunistas que governam a Bolívia e o Brasil.

Com informações da Folha de S. Paulo.

IMAGEM MOLINA:

TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:


UM CASO PARECIDO COM O DE MOLINA, NA VENEZUELA CHAVISTA

Entrevista com Alejandro Peña Esclusa
Revista Atenea
08 Agosto 2011

APEsclusa Nota da tradutora:

No dia 19 de julho passado a Justiça outorgou uma medida cautelar permitindo a liberdade condicional de Alejandro Peña Esclusa, embora ele estivesse preso ilegalmente há um ano sem ainda ter sido julgado. No dia 25 de julho ele concedeu essa entrevista, pois as únicas exigências feitas pelo Tribunal na ocasião da soltura, foram que ele teria que se apresentar mensalmente diante do juiz, apresentar boletins médicos sobre seu estado de saúde, que não se ausentasse do país sem autorização da justiça e, ainda assim, só se fosse para tratamento de saúde no exterior, e que não comentasse sobre seu processo. Esta entrevista, entretanto, só agora foi publicada.



É importante esclarecer este fato para que não pareça que ele infringiu a lei, porque no dia 02 de agosto o mesmo tribunal que outorgou sua liberdade para tratar da saúde, emitiu novas ordens proibindo-o de manifestar-se publicamente por escrito em qualquer meio de comunicação, ou dar entrevistas de qualquer natureza. Neste artigo pode-se conhecer melhor a respeito, embora os motivos para tal censura não tenham sido revelados. A meu ver, a “mordaça” imposta a Peña Esclusa apenas confirma o caráter autoritário e impiedoso de Chávez (e não uma solidariedade a seu estado de saúde), após declarações de Alejandro chamando-o a uma “reconciliação nacional”. Chávez não admite dividir nem partilhar nada com a oposição, daí mostrar sua verdadeira face diante desta proposta.



***



Recém-libertado pelo regime venezuelano, por razões “humanitárias”, Alejandro Peña Esclusa foi um dos emblemas na luta contra a ditadura que Hugo Chávez, o máximo líder bolivariano, encarna. Escritor, organizador do grupo político Fuerza Solidaria e ex-candidato presidencial, Peña Esclusa aborda nesta entrevista a grave situação que seu país padece, e advoga por um grande acordo nacional para sair da mesma.


Revista Atenea: Qual o balanço que você faz deste ano de reclusão forçada, após ser detido pelo regime de Hugo Chávez?

Alejandro Penã Esclusa: Estou orgulhoso de que podendo sair do país, evitando meu encarceramento porque tive muitas ofertas para sair da Venezuela através de amigos muito valiosos, fiquei na Venezuela e enfrentei a prisão. Há muitas formas de resistência, de luta, inclusive o exílio, mas eu considerei que minha obrigação era ir para a prisão e demonstrei meu compromisso com a Venezuela, como ativista político. Me sacrifiquei pela Venezuela e creio que valeu a pena este sacrifício. Depois, considero que foi uma experiência muito enriquecedora que me serviu para crescer, amadurecer, estudar e meditar. Creio que para um dirigente político esta é uma parte de sua carreira. Cada um deve saber quais são suas obrigações. E um político, se for necessário, deve enfrentar o cárcere para defender suas idéias. Sempre disse isso e me sinto muito satisfeito de ter podido fazer, de ter podido cumprir com esse compromisso com meu povo, com a Venezuela.

Você está satisfeito com a reação internacional ante seu caso?

A reação internacional foi sensacional, quase sem precedentes. O Congresso do Paraguai, por exemplo, pronunciou-se a favor do meu caso sem nenhum voto contra. Também no Chile, o Congresso se manifestou a favor do meu caso e de minha libertação por 51 votos contra 6, inclusive até gente da bancada socialista vinculada a Chávez votou a favor da minha liberdade. Na Bolívia se observou uma reação parecida e 37 deputados, todos da oposição, se manifestaram a meu favor. Da mesma forma, houve uma reação parecida no Parlamento Europeu e 23 euro-deputados se manifestaram a favor da minha liberdade e condenaram meu encarceramento. Escritores, acadêmicos, instituições de direitos humanos, pessoas independentes, enfim, um público numeroso se manifestou e tomou partido em favor do meu caso. Na Espanha, por exemplo, o partido Convergencia i Unión se manifestou a favor da minha causa. A hierarquia da Igreja venezuelana e a Mesa da Unidade da Venezuela, também se manifestaram a favor. Quase que poderia dizer que todos os dias algum representante ou instituição se manifestava a favor do meu caso, se interessava pelo mesmo.

Hoje se encontra uma Venezuela muito distinta da que deixou antes de ser preso?

A oposição ganhou inclusive as últimas eleições legislativas mas as mudanças na norma eleitoral feitas pelo regime, permitiram-lhe manter a maioria no parlamento. Ganharam por maioria, porém a oposição só conseguiu arranhar um terço das cadeiras, graças às trapaças perpetradas pelo executivo chavista. Porém, o que constato agora é que a crise do país é muito grave, em todos os sentidos e setores da vida, muito profunda, e desde que saí da prisão o que tenho defendido é um grande pacto nacional que favoreça a governabilidade. E defendo esta idéia porque neste momento não acredito que a crise tão grave que o país atravessa possa ser resolvida por um só candidato ou partido, senão que necessita do consenso de amplos setores sociais e da ajuda de todos. A situação é tão grave que requer um grande acordo de governo que vá além dos partidos e englobe também a sociedade. É uma das mais graves crises da nossa história e tenho a impressão de quem nem todos os setores estão atentos para a gravidade da mesma.

Entretanto, quando se observa os canais e mídias oficiais parece que não está acontecendo nada no país. Você não percebe assim?

Isso eles dizem da boca para fora com fins propagandísticos, mas eu tenho a impressão de que nas altas esferas do governo há sim uma preocupação com relação à situação que vivemos. Eles estão preocupados e nervosos porque sabem que os problemas que têm diante de si ultrapassam suas próprias capacidades. Temos os indicadores de inflação mais altos da América Latina, Caracas é uma das cidades mais perigosas do mundo, a insegurança disparou de uma forma alarmante, a produção na agricultura e na criação de gado reduziram-se drasticamente, um presidente enfermo que vai se tratar em Cuba, uma crise na liderança do partido governante, a divisão interna do chavismo. Tudo isso em meio de uma grave crise econômica internacional que nos golpeia a todos. A situação é muito crítica e não se pode esconder.

O que você acha que pode acontecer daqui até as eleições de 2012, se agravarão os problemas?

Sim, claro, vai-se agravar e a crise vai se tornar mais evidente. E por isso não acredito que as eleições sejam suficientes para superar a crise; estamos em um barco frágil que navega em águas turbulentas e necessitamos do consenso de todos para não naufragar e salvar a nave. As eleições não resolverão os graves problemas da Venezuela, como tampouco acredito que uma lista única da oposição seja a solução para a crise. Acredito que temos que ir além, em uma aliança de todos os setores políticos e sociais que sejam capazes de trabalhar por um projeto de nação a longo prazo, talvez de até quarenta anos. Precisa-se procurar um acordo geral amplo, em que todos participem, capaz de satisfazer as demandas e os problemas de todos os venezuelanos, com respostas aos muitos desafios que temos agora sobre a mesa. E que o presidente eleito para liderar esse projeto seja um mero gerente do projeto aceito por todos os partidos e setores sociais, alguém que concite o consenso e seja capaz de conduzir a nave.


Não parece que o chavismo esteja nessa linha, senão que pretendem seguir governando o país até 2031, como o próprio Chávez disse?

Isso é em teoria, mas a realidade, muitas vezes, faz com que as teorias se derrubem. Todo mundo tem muitos projetos e idéias, porém, a realidade acaba se impondo e é quem acaba condicionando a agenda finalmente, por mais que alguns se empenhem em defender suas teorias. Acredito que este governo vai se chocar com a realidade e eles vão ter que resolver, de uma vez por todas, os problemas dos cidadãos. Há um colapso total no país, inclusive das infra-estruturas, nada funciona e os serviços são um caos. Essa é a realidade e alguém terá que assumi-la.

Você acredita que Chávez acabará assumindo o que diz, esse estado caótico da situação e o colapso total de um país?

Isso não depende de sua vontade, a realidade supera as vontade dos homens. Ele terá desejos de fazer outras coisas, mas a realidade se impõe. Depois, ninguém o questiona, o que é pior, porque deveria haver gente dentro do governo que dissesse a Chávez o que realmente está acontecendo. Que lhe contem a verdade e que digam também ao país. Tratar de impor o “socialismo do século XXI” nas atuais circunstâncias é pura fantasia, está totalmente fora da realidade. Uma voz sensata dentro do governo deve dizer a Chávez o que está ocorrendo e procurar uma ponte, uma aproximação com outros setores sociais. Eles necessitam de ajuda porque os problemas são muito graves e muito profundos, e não creio que eles sejam capazes de resolvê-los por si sós.

Você acredita que Chávez não está a par do caos que o país padece?

Realmente não sei, pois não falei com ele, mas me parece que ele teria que dizer as coisas para a sociedade e não continuar mentindo acerca dos problemas reais que este país padece neste momento fatídico. Chávez não pode viver fora da realidade; isso é um erro.

Que movimentos políticos você prevê, quais são suas prioridades?

Eu tenho três prioridades: a primeira é enfrentar minha situação pessoal relativa à minha saúde, pois tenho um câncer, e me aproximar de minha família após esse ano de prisão. Sem saúde não há trabalho político que se possa desenvolver. A segunda prioridade é gerar um movimento político pela libertação de todos os presos políticos que há nos cárceres venezuelanos e que permita também a volta dos exilados. Creio que este assunto é vital para conseguir a reconciliação e um diálogo entre o governo e a oposição. E, em terceiro lugar, vou promover um grande acordo nacional de reconciliação e reunificação que possa guiar o país neste momento em que vivemos uma grave crise em todos os níveis e o que se avizinha, que pode ser mais ainda mais profundo. Porém, bem, eu já disse que o primeiro é minha saúde; sem ela não há política.

Você vai continuar com seu projeto de UnoAmérica?

Creio que meu encarceramento obrigou a UnoAmérica a trabalhar sem a minha presença e a trabalhar com outras organizações muito ativas e interessantes do continente. Creio que essa é a parte positiva deste ano. UnoAmérica não é só uma organização, mas uma idéia e um projeto a favor das liberdades, da democracia e dos direitos humanos. Acredito que UnoAmérica, como conceito, cresceu muito no último ano e é a organização pioneira na defesa desse conceito da defesa da liberdade e da democracia.

Se não conseguir levar adiante seu projeto de um grande acordo nacional, o que faria?

O importante, penso, é o diagnóstico da realidade venezuelana e a profunda crise que o país vive. E quando nos encontramos com esta situação tão crítica, a única saída - continuo pensando - é um grande acordo nacional e um consenso amplo para seguir adiante. As eleições, inclusive embora tenha as primárias dentro da oposição, não vão resolver os graves problemas que este país tem. Os problemas se agravarão e estourarão de uma forma mais virulenta em um curto tempo. Acredito que os venezuelanos temos que assumir a gravidade da crise que vivemos. Sem assumir esta proposição, não se caminhará na resolução dos desafios que temos como país. A crise de governabilidade que a Venezuela tem passa por um grande acordo nacional, e também por um presidente com um papel de gerência aceito mediante consenso e que concite o apoio majoritário de todo o país.

Publicado na Revista Atenea
Tradução: Graça Salgueiro


TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:


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