Ou Jeová, ou Alá, ou o Deus dos cristãos anda preocupado com as experiências iranianas em busca da construção de uma bomba atômica. O problema não é que algum país tenha uma bomba atômica, alguns têm, já, um grande estoque.
A questão principal é saber o que o Irã quer fazer com bombas atômicas. Israel tem dezenas, mas jamais ameaçou varrer do mapa seus vizinhos, nem venderia a grupos terroristas, pois quer apenas viver em paz.
O Irã, e outros países árabes ou islâmicos, contudo, permanentemente ameaçam Israel com o desaparecimento do mapa. Isto é, não aceitam Israel na vizinhança. E o Irã é próximo demais de grupos terroristas que adorariam usar uma bomba nuclear em um atentado.
Não sei com certeza, mas pelas minhas leituras e pesquisas em determinadas fontes, começo a chegar à conclusão de que o Mossad pode ter aprontado alguma com os iranianos.
Não creio que dois acidentes, em instalações tão especiais (fábrica de mísseis e instalações de tratamento nuclear), pudessem acontecer num intervalo tão pequeno de apenas 16 dias.
A EXPLOSÃO
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ANTES DA EXPLOSÃO (IMAGEM DE SATÉLITE)
DEPOIS DA EXPLOSÃO (IMAGEM SATÉLITE)
Na explosão da fábrica de mísseis morreu, inclusive, o chefe do serviço especial de mísseis do Irã. A agência de informações do Irã,que abastece os jornais locais desconversa e diz que não há certeza sobre os acontecimentos. Mas abalos tão fortes perto de centros urbanos são difíceis de passar desapercebidos.
A imprensa isralense informou hoje que autoridades iranianas, que não se referiram às explosões e nem acusaram ninguém pelo ocorrido, ameaçaram Israel com uma chuva de 150 mil mísseis caso as forças israelenses ataquem instalações militares ou nucleares do Irã.
Penso que está chegando a hora do ataque israelense, e acho que não haverá chuva de mísseis sobre Israel.
A REVISTA TIROU A MATÉRIA DO SITE. UMA VERGONHA.
VAI RECOLHER A EDIÇÃO IMPRESSA?
FOTO DA EDIÇÃO DE MARÇO DE 2011 DA VOGUE
QUE ESTAVA NO SITE DA REVISTA.
(FOTOS DE JAMES NACHTWEY)
REPRODUÇÃO DA REVISTA NA VERSÃO IMPRESSA
CAPA DA EDIÇÃO DE MARÇO DE 2011
A esposa do tirano sírio Bashar al-Assad, Asma al-Assad, a “Rosa do Deserto”, como foi chamada pela Vogue americana, na edição de março de 2011, anda meio ausente do noticiário, e das revistas de moda e de famosos, como costumava acontecer com frequência.
Mesmo no Brasil petista Asma foi muito reverenciada como expressão de modernidade. A Síria é governada pelo Partido Baath, um partido nacional socialista de inspiração nazi e que chegou a fazer um convênio com o PT. Sendo Asma mulher de um nacional socialista, deve ser avançada e moderna. Mas e o regime do marido, uma ditadura? Isso é outro assunto?
Asma al-Assad, nestes 11 anos que seu marido governa a Síria com mão-de-ferro, foi capa e objeto de dezenas de reportagens, vendendo a imagem (falsa, certamente) de uma Síria moderna, civilizada, avançada, multi-religiosa.
Enquanto Alma desfilava deslumbrante pelas capitais do Ocidente, numa espécie de trabalho de Relações Públicas do governo de seu marido, os jornalistas ocidentais só queriam saber de sua jovialidade, beleza, elegância, educação, as jóias, a simpatia pelo povo pobre da Síria (onde já vi isso antes?).
Afinal uma mulher moderna num pais islâmico, uma mulher cosmopolita, inglesa, com curso superior, descendente de sírios ingleses.
A ditadura dos Assad, há mais de 40 anos (de pai para filho como todas as boas ditaduras e socialismos (Cuba, Coréia do Norte) , nem era mencionada ou questionada.
Asma al-Assad caiu como uma encomenda sob medida para o regime de seu marido ditador. De fato, enquanto ela desfilava seu charme pelo mundo Assad adiantava planos nucleares, com apoio do Irã, papagueava contra Israel, e contra o Ocidente, com seus aliados do Hamas e outros terroristas.
De qualquer modo, tudo caminhava mais ou menos em ordem no pais, até que começou a tal chamada Primavera Árabe.
Uma série de movimentos de protesto e de rebelião que começou pela Tunísia em dezembro de 2010. Diversos paises do Oriente Médio e do Norte da África foram abalados por multidões nas ruas, sendo que alguns ficaram sem seus ditadores, varridos pelas massas (mas de fasto pelos organizadores dos protestos que, como sempre, manejam cordéis nos bastidores: a irmandade muçulmana e os radicais islâmicos).
No Ocidente, de analistas idiotizados, o movimento foi visto como uma onda em busca da Democracia. Nada mais falso. Pode ser que muitos queiram um pouco mais de liberdade, eleições, diversos partidos e um estado laico. Mas os árabes nunca tiveram isso. Pelo que se observa, após as derrubadas de ditadores as coisas caminham na direção contrária à liberdade, e sim para um maior fechamento, e não abertura.
O peso das mesquitas será muito maior que o do Facebook, como imaginavam os deslumbrados pela tecnologia. O Corão, em suas interpretações radicais, ainda pesa mais que a Internet.
À medida que a rebelião se espalhou, Asma al-Assad foi ficando constrangida de circular pelo mundo cheia de glamour. Em sua última visita à Inglaterra o The Independent a questionou duramente sobre o que ela achava dos massacres promovidos pelo seu marido, com o uso de tropas militares.
Estima-se que na Síria já morreram este ano cerca de 4 mil pessoas, a maioria morta pelos militares da repressão. Claro que não sou tonto e sei que o que começou como protestos pacíficos da população civil logo foi instrumentalizado pela oposição e os civis desarmados logo começaram a dar o ar de sua graça armados com fuzis russos Ak-47. De onde saíram essas armas?
O que vemos hoje na Síria é o início de uma guerra civil, em que o governo será pressionado pela oposição (vários grupos com metas diferentes), pelos radicais religiosos, pela Liga Árabe e, talvez, pela ONU. Creio que Bashar al-Assad cairá logo, não resistirá como Muamar Kadafi, pois não é louco como o libio era.
Além disso, Assad tem a Asma, que eu, se fosse ele, mandava loguinho para Londres ou algum outro lugar, pois Damasco, logo, logo, não será mais recomendável para damas tão finas e delicadas quanto ela.
SOBRE A VOGUE.
A revista americana, seguindo a linha de outras tantas publicações, fez uma reportagem falando de Asma e do dia-a-dia da família, com fotos de Assad brincando com os filhos. Enquanto isso suas tropas já matavam civis. Isso pegou muito mal e a revista resolveu tirar a matéria do ar. Este episódio um verdadeiro absurdo. Uma edição publicada é uma edição publicada, oras. Já imaginaram se a revista resolvesse mandar recolher todas as unidades impressas. Isso, até pouco tempo, seria impensável nos Estados Unidos, mas hoje, como a America se transforma na pátria da idiotice politicamente correta já não duvido mais de nada.
A publicação foi uma escolha da revista. Se foi pega no contra-pé pelos fatos da política, azar, a revista precisa respeitar mais seus leitores. E, neste caso, respeitar é aguentar o tranco, não varrer a reportagem para debaixo do tapete.
Viram como a América está cada vez mais parecida com o Brasil?
Asma al-Assad, Syria’s dynamic first lady, is on a mission to create a beacon of culture and secularism in a powder-keg region—and to put a modern face on her husband’s regime.
Asma al-Assad is glamorous, young, and very chic—the freshest and most magnetic of first ladies. Her style is not the couture-and-bling dazzle of Middle Eastern power but a deliberate lack of adornment. She’s a rare combination: a thin, long-limbed beauty with a trained analytic mind who dresses with cunning understatement. Paris Match calls her “the element of light in a country full of shadow zones.” She is the first lady of Syria.
Syria is known as the safest country in the Middle East, possibly because, as the State Department’s Web site says, “the Syrian government conducts intense physical and electronic surveillance of both Syrian citizens and foreign visitors.” It’s a secular country where women earn as much as men and the Muslim veil is forbidden in universities, a place without bombings, unrest, or kidnappings, but its shadow zones are deep and dark. Asma’s husband, Bashar al-Assad, was elected president in 2000, after the death of his father, Hafez al-Assad, with a startling 97 percent of the vote. In Syria, power is hereditary. The country’s alliances are murky. How close are they to Iran, Hamas, and Hezbollah? There are souvenir Hezbollah ashtrays in the souk, and you can spot the Hamas leadership racing through the bar of the Four Seasons. Its number-one enmity is clear: Israel. But that might not always be the case. The United States has just posted its first ambassador there since 2005, Robert Ford.
Iraq is next door, Iran not far away. Lebanon’s capital, Beirut, is 90 minutes by car from Damascus. Jordan is south, and next to it the region that Syrian maps label Palestine. There are nearly one million refugees from Iraq in Syria, and another half-million displaced Palestinians.
“It’s a tough neighborhood,” admits Asma al-Assad.
It’s also a neighborhood intoxicatingly close to the dawn of civilization, where agriculture began some 10,000 years ago, where the wheel, writing, and musical notation were invented. Out in the desert are the magical remains of Palmyra, Apamea, and Ebla. In the National Museum you see small 4,000-year-old panels inlaid with mother-of-pearl that is echoed in the new mother-of-pearl furniture for sale in the souk. Christian Louboutin comes to buy the damask silk brocade they’ve been making here since the Middle Ages for his shoes and bags, and has incidentally purchased a small palace in Aleppo, which, like Damascus, has been inhabited for more than 5,000 years.
The first lady works out of a small white building in a hilly, modern residential neighborhood called Muhajireen, where houses and apartments are crammed together and neighbors peer and wave from balconies. The first impression of Asma al-Assad is movement—a determined swath cut through space with a flash of red soles. Dark-brown eyes, wavy chin-length brown hair, long neck, an energetic grace. No watch, no jewelry apart from Chanel agates around her neck, not even a wedding ring, but fingernails lacquered a dark blue-green. She’s breezy, conspiratorial, and fun. Her accent is English but not plummy. Despite what must be a killer IQ, she sometimes uses urban shorthand: “I was, like. . . .”
Asma Akhras was born in London in 1975, the eldest child and only daughter of a Syrian Harley Street cardiologist and his diplomat wife, both Sunni Muslims. They spoke Arabic at home. She grew up in Ealing, went to Queen’s College, and spent holidays with family in Syria. “I’ve dealt with the sense that people don’t expect Syria to be normal. I’d show my London friends my holiday snaps and they’d be—‘Where did you say you went?’ ”
She studied computer science at university, then went into banking. “It wasn’t a typical path for women,” she says, “but I had it all mapped out.” By the spring of 2000, she was closing a big biotech deal at JP Morgan in London and about to take up an MBA at Harvard. She started dating a family friend: the second son of president Hafez al-Assad, Bashar, who’d cut short his ophthalmology studies in London in 1994 and returned to Syria after his older brother, Basil, heir apparent to power, died in a car crash. They had known each other forever, but a ten-year age difference meant that nothing registered—until it did.
“I was always very serious at work, and suddenly I started to take weekends, or disappear, and people just couldn’t figure it out,” explains the first lady. “What do you say—‘I’m dating the son of a president’? You just don’t say that. Then he became president, so I tried to keep it low-key. Suddenly I was turning up in Syria every month, saying, ‘Granny, I miss you so much!’ I quit in October because by then we knew that we were going to get married at some stage. I couldn’t say why I was leaving. My boss thought I was having a nervous breakdown because nobody quits two months before bonus after closing a really big deal. He wouldn’t accept my resignation. I was, like, ‘Please, really, I just want to get out, I’ve had enough,’ and he was ‘Don’t worry, take time off, it happens to the best of us.’ ” She left without her bonus in November and married Bashar al-Assad in December.
“What I’ve been able to take away from banking was the transferable skills—the analytical thinking, understanding the business side of running a company—to run an NGO or to try and oversee a project.” She runs her office like a business, chairs meeting after meeting, starts work many days at six, never breaks for lunch, and runs home to her children at four. “It’s my time with them, and I get them fresh, unedited—I love that. I really do.” Her staff are used to eating when they can. “I have a rechargeable battery,” she says.
The 35-year-old first lady’s central mission is to change the mind-set of six million Syrians under eighteen, encourage them to engage in what she calls “active citizenship.” “It’s about everyone taking shared responsibility in moving this country forward, about empowerment in a civil society. We all have a stake in this country; it will be what we make it.”
In 2005 she founded Massar, built around a series of discovery centers where children and young adults from five to 21 engage in creative, informal approaches to civic responsibility. Massar’s mobile Green Team has touched 200,000 kids across Syria since 2005. The organization is privately funded through donations. The Syria Trust for Development, formed in 2007, oversees Massar as well as her first NGO, the rural micro-credit association FIRDOS, and SHABAB, which exists to give young people business skills they need for the future.
And then there’s her cultural mission: “People tend to see Syria as artifacts and history,” she says. “For us it’s about the accumulation of cultures, traditions, values, customs. It’s the difference between hardware and software: the artifacts are the hardware, but the software makes all the difference—the customs and the spirit of openness. We have to make sure that we don’t lose that. . . . ” Here she gives an apologetic grin. “You have to excuse me, but I’m a banker—that brand essence.”
That brand essence includes the distant past. There are 500,000 important ancient works of art hidden in storage; Asma al-Assad has brought in the Louvre to create a network of museums and cultural attractions across Syria, and asked Italian experts to help create a database of the 5,000 archaeological sites in the desert. “Culture,” she says, “is like a financial asset. We have an abundance of it, thousands of years of history, but we can’t afford to be complacent.”
In December, Asma al-Assad was in Paris to discuss her alliance with the Louvre. She dazzled a tough French audience at the International Diplomatic Institute, speaking without notes. “I’m not trying to disguise culture as anything more than it is,” she said, “and if I sound like I’m talking politics, it’s because we live in a politicized region, a politicized time, and we are affected by that.”
The French ambassador to Syria, Eric Chevallier, was there: “She managed to get people to consider the possibilities of a country that’s modernizing itself, that stands for a tolerant secularism in a powder-keg region, with extremists and radicals pushing in from all sides—and the driving force for that rests largely on the shoulders of one couple. I hope they’ll make the right choices for their country and the region. ”
Damascus evokes a dusty version of a Mediterranean hill town in an Eastern-bloc country. The courtyard of the Umayyad Mosque at night looks exactly like St. Mark’s square in Venice. When I first arrive, I’m met on the tarmac by a minder, who gives me a bouquet of white roses and lends me a Syrian cell phone; the head minder, a high-profile American PR, joins us the next day. The first lady’s office has provided drivers, so I shop and see sights in a bubble of comfort and hospitality. On the rare occasions I am out alone, a random series of men in leather jackets seems to be keeping close tabs on what I am doing and where I am headed.
“I like things I can touch. I like to get out and meet people and do things,” the first lady says as we set off for a meeting in a museum and a visit to an orphanage. “As a banker, you have to be so focused on the job at hand that you lose the experience of the world around you. My husband gave me back something I had lost.”
She slips behind the wheel of a plain SUV, a walkie-talkie and her cell thrown between the front seats and a Syrian-silk Louboutin tote on top. She does what the locals do—swerves to avoid crazy men who run across busy freeways, misses her turn, checks your seat belt, points out sights, and then can’t find a parking space. When a traffic cop pulls her over at a roundabout, she lowers the tinted window and dips her head with a playful smile. The cop’s eyes go from slits to saucers.
Her younger brother Feras, a surgeon who moved to Syria to start a private health-care group, says, “Her intelligence is both intellectual and emotional, and she’s a master at harmonizing when, and how much, to use of each one.”
Se um dia for escrito um livro sobre a história politicamente incorreta da imprensa brasileira, ao estilo do livro de Leandro Narlochi sobre a História do Brasil, precisará ter um capítulo especial, partindo do que é tratado abaixo pelo professor Olavo de Carvalho.
As mentiras sobre a imprensa nanica ou alternativa são tantas que parece que nunca os mais jovens saberão o que ela foi, exatamente.
Contudo, o professor Olavo começa a mostrar o que havia por trás de jornais pequenos, aparentemente isolados.
O mito da imprensa nanica - 1
Olavo de Carvalho
24 de Novembro de 2011
Os astros da mídia esquerdista eram os mesmos que brilhavam nos grandes jornais e revistas. Ocupavam os mais altos postos, mandavam e desmandavam nas redações. Muitos deles dividiam o tempo entre os bons empregos e o hobby revolucionário.
No seu texto de abertura, o site Mídia Alternativa (http://midiaalternativabypc.blogspot.com/2007/04/jornal-opinio.html) afirma: "Em toda a história, um punhado de grupos detiveram (sic) o poder dos meios de comunicação, veiculando o que lhes era de interesse e excluindo uma maioria, sem voz e sem imagem".
Capenga o quanto seja, a frase parece descrever literalmente a situação dos conservadores e cristãos hoje em dia, cem por cento excluídos dos grandes meios de comunicação e ali só mencionados em termos pejorativos e caricaturais, quando não francamente caluniosos e odientos; marginalizados, também, no meio universitário, e desprovidos de qualquer canal de expressão fora do universo bloguístico, onde se defendem como podem.
Mas não é a eles que se refere o parágrafo. Ele fala da mídia esquerdista durante o regime militar, apresentando-a como um punhado de bravos combatentes isolados e desamparados, em luta contra inimigos poderosos encastelados nos jornais e canais de TV milionários, sob a proteção do governo.
Menciono o Mídia Alternativa a título de mero exemplo. Essa versão da história já se consagrou como verdade absoluta, infindavelmente repetida e repassada às novas gerações através de programas de TV, filmes, livros didáticos, aulas, conferências, jornais estudantis, discursos no Parlamento e, é claro, milhares de sites, muitos deles patrocinados por órgãos do governo.
A glorificação final veio na série de depoimentos "Resistir é Preciso", iniciativa do Instituto Vladimir Herzog patrocinada pela Petrobras e coordenada pelo jornalista Ricardo Carvalho (v.http://www.youtube.com/watch?v=QGI_6UNr-8g&feature=related ), em que sessenta e tantos militantes de esquerda recordam a história da assim chamada "mídia nanica" criada a partir de 1964 no Brasil e no exterior como instrumento de luta contra o governo militar. Seguindo a norma estabelecida, a série enfatiza mil vezes a oposição, a diferença, a distância entre a grande mídia, cúmplice rica do governo militar, e a "imprensa nanica", pobre e sem recursos, marginalizada e perseguida, lutando corajosamente contra o establishment poderoso.
A imagem, no entanto, é cem por cento falsa. Os astros da mídia esquerdista eram os mesmos que brilhavam nos grandes jornais e revistas. Ocupavam os mais altos postos, mandavam e desmandavam nas redações. Muitos deles dividiam o tempo entre os bons empregos e o hobby revolucionário.
Na Folha de S. Paulo, imperava Cláudio Abramo, trotsquista histórico. No O Globo, Luiz Garcia. No Jornal do Brasil, Alberto Dines, cercado de comunistas por todos os lados. Na Folha da Tarde, Jorge de Miranda Jordão. Na Veja, Mino Carta, que dirigiu também o Jornal da Tarde, edição vespertina do Estadão, e depois a IstoÉ. Marcos Faerman, fundador do Ex e de vários outros "nanicos", trabalhou durante muito tempo como repórter especial do Jornal da Tarde, então um dos empregos mais cobiçados na mídia paulistana.
Na Editora Abril, a base de apoio ao grupo terrorista de Carlos Marighela era comandada pelo próprio Roger Karmann, membro da diretoria da empresa. A revista Realidade, com Milton Coelho da Graça, Narciso Kalili, Milton Severyano da Silva, Raymundo Pereira, Roberto Freire (o psiquiatra, não o futuro deputado), era um verdadeiro front de guerra esquerdista.
É verdade que a revista fechou no fim dos anos 60, mas o mesmo aconteceu com O Cruzeiro e logo depois com a Manchete, que tinham sido órgãos de apoio ostensivo ao governo militar. Excetuadas essas duas publicações e a revista Visão – que teve um breve período de direitismo sob a direção de Henry Maksoud e faliu logo em seguida – praticamente só tiveram diretores de redação direitistas a Folha da Tarde, no seu período final, de curta duração e circulação mínima, e o Notícias Populares, um jornal de crimes, sem a mínima relevância política.
A esquerda, enfim, não apenas nunca foi expulsa da grande mídia, mas dominou praticamente sem adversários a profissão jornalística no Brasil. Bem ao contrário, os colunistas tidos como de direita é que foram desaparecendo dos maiores jornais, um a um – Gustavo Corção, David Nasser, Lenildo Tabosa Pessoa, Nicolas Boer, Adirson de Barros –, sendo invariavelmente substituídos por gente de esquerda.
Tão promíscua era a relação entre a militância esquerdista e a grande mídia brasileira, que o sr. Mário Augusto Jacobskind, após trabalhar na Folha de S. Paulo ,de 1975 a 1981, se tornou editor em português da revista oficial cubana Prismas, sendo portanto um notório agente de propaganda comunista – o que não o impediu de ser aceito logo em seguida como editor internacional da Tribuna da Imprensa (e continuar trabalhando até hoje para a Rádio Centenário, do Movimiento 26 de Marzo, braço político da organização terrorista Movimiento de Liberación Nacional, os Tupamaros).
Para fazer uma ideia da hegemonia que a esquerda desfrutava no meio jornalístico ao longo daquele período, basta notar que todos os sindicatos da classe foram presididos por esquerdistas desde o final dos anos 60 até hoje. Não é que a esquerda simplesmente vença as eleições sindicais: é que há meio século não surge uma só chapa direitista para disputá-las.
A hostilidade maciça da classe para com a direita estendia-se a qualquer profissional que, por coincidência ou falta de alternativas, aceitasse emprego naquilo que então restava da decadente e semifalida mídia direitista.
Carlos Heitor Cony, que entre 1964 e 1966 havia sido elevado à condição de herói nacional por sua resistência ao novo regime, tornou-se uma imagem do demônio tão logo foi trabalhar na Manchete sob a direção de Adolpho Bloch, um fugitivo da URSS que tinha boas razões para odiar comunistas.
Também é puramente mitológica a noção de que muitos jornalistas perderam seus empregos por conta de suas convicções ideológicas. O Estadão e O Globo (jornal e TV) protegiam os seus comunistas como se fossem tesouros, enquanto a Folha, na pior das hipóteses, fazia jogo duplo, tentando agradar à esquerda e à direita ao mesmo tempo.
Muitos jornalistas perderam seus postos quando os órgãos em que trabalhavam faliram, como aconteceu com o Correio da Manhã, Realidade, O Cruzeiro etc. Não foram vítimas de perseguição política, mas sim da má administração ou da má sorte (o que não os impede de receber indenizações como perseguidos da ditadura).
Outros simplesmente largaram os jornais para ganhar mais dinheiro nos novos ramos das assessorias de imprensa e da mídia empresarial, novidades em franco progresso na época. Incluem-se aí centenas ou milhares de esquerdistas que se infiltraram como assessores nos escritórios de políticos, inclusive do partido governista, a Arena, bem como nos altos cargos das TVs estatais e semi-estatais então recém-criadas.
O próprio Vladimir Herzog, quando preso, era diretor da TV Cultura de São Paulo. Querem maior prova de que os jornalistas de esquerda não estavam no porão? Ao longo de todo o período militar, a esquerda, em suma, foi hegemônica em toda a mídia brasileira, graúda ou miúda.
A própria existência da censura oficial evidencia o que estou dizendo. Para que iria o governo meter um funcionário da Polícia Federal em cada jornal, para cortar matérias indesejáveis, se nas redações existissem militantes direitistas em número suficiente para fazer a opinião oficial prevalecer desde dentro?
Se não há censores oficiais nas redações hoje em dia, é porque não resta nelas um único direitista empenhado em publicar notícias proibidas. O sucesso completo em ocultar a existência do Foro de São Paulo por dezesseis anos, por exemplo, ultrapassa tudo o que a ditadura houvesse jamais ousado sonhar em matéria de controle da mídia. Publicado no Diário do Comércio. TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA: http://www.midiasemmascara.org/artigos/desinformacao/12600-o-mito-da-imprensa-nanica-1.html
Os grupos de esquerda, que já perceberam que não conseguirão mais manipular o processo político na USP, por meio de eleições duvidosas e pelo cansaço da maioria silenciosa, estão começando a ultrapassar as fronteiras da lei e da civilidade.
Nunca levaram em conta os direitos de terceiros (a imensa maioria. quase absoluta, de estudantes que espera aprender, pesquisar, crescer na vida, no que seria uma das melhores universidades do País), sempre fazendo piquetes, greves e arruaças. Agora a coisa está chegando à agressão física.
Hoje não foi diferente.
Reproduzo, a seguir, parte de texto do blog de Reinaldo Azevedo sobre o crime acontecido na Universidade de São Paulo. Se um professor e seus alunos não estão mais protegidos emuma sala de aula, local quase sagrado, onde estarão?
"...Um grupo de delinqüentes políticos, de autoritários, que não respeita a vontade dos alunos das Letras, que votaram contra a greve, fazia um barulhaço (ver vídeo abaixo) para perturbar alunos de lingüística, em prova. Um sujeito invadiu a sala do professor Marcelo Barra, virou a mesa (literalmente!), pegou-o pelo colarinho e o encostou contra a parede. Vocês entenderam direito! A segurança física dos professores não está mais garantida na universidade, e quem os ameaça não é a bandidagem comum, mas a bandidagem (DES)qualificada.
Sandra Nitrini, diretora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas não pode mais fazer de conta que o assunto não lhe diz respeito. Ela está obrigada a cobrar segurança para alunos e professores. Do mesmo modo, a reitoria não pode fazer de conta que nada acontece por ali.
Um desses vagabundos que se ocultam no anonimato nas redes sociais lembrou que Barra é marido da “reacionária Elaine Grolla”. REACIONÁRIA??? Elaine é aquela professora valente, que honra o seu trabalho e a autonomia universitária e que teve a coragem de enviar uma mensagem a este blog defendendo o seu direito de dar aula e denunciando a agressão de que ela também fora vítima porque queria trabalhar. Não por acaso, agora seu marido é agredido por um covarde, por um sociopata político, por um esquerdopata. Parece-me evidente que há sinais aí de retaliação.
O Centro Acadêmico das Letras (CAELL) é comandando pelo PSTU. Eles foram derrotados, como já vimos aqui, de forma acachapante na defesa da greve. Tentaram criar barreiras físicas para impedir a entrada de estudantes, fizeram piquetes. Tudo inútil! Uma assembléia decidiu que não haveria greve.
Pois bem: a turma do CAELL estava lá, fazendo o barulhaço, enchendo o saco, perturbando a vida de quem quer aprender lingüística — em vez de instituir o socialismo no Brasil a partir das… Letras (tenho até vergonha de escrever isso).
Barra só não apanhou pra valer do esquerdopata porque os alunos intervieram. Logo depois, uma moça ligada ao Centro Acadêmico, uma revolucionária do PSTU, invadiu a sala aos berros para anunciar que eles não tinham nada a ver com aquilo: “Não associem isso ao CAELL; a gente não conseguiu parar esse cara!” Entendo! A gente conhece bem a disposição do PSTU para não investir em confusão…"
O massacre de seqüestrados pelas FARC e a inépcia de Santos
CEL. LUIS ALBERTO VILLAMARÍN PULIDO
28 de Novembro de 2011
O comunismo continua matando na América Latina.
(Nota da tradutora:
O fato a que o autor se refere foi um massacre ocorrido neste sábado (26.11), em que as FARC fuzilaram três policiais e um sargento do Exército seqüestrados há 13 e 14 anos respectivamente, mandando-os deitar no chão e disparando contra suas cabeças. Um deles foi fuzilado pelas costas tentando fugir. As quatro vítimas levaram quase todos esses anos acorrentados em árvores, e no momento do covarde assassinato estavam acorrentados, pois encontrou-se junto aos corpos as correntes que os prendiam às árvores. O seqüestrado mais antigo em cativeiro, o sargento do Exército José Libio Martínez, completaria 14 anos de cativeiro em 21 de dezembro, e sequer chegou a conhecer seu único filho que nasceu depois do seqüestro.)
No vídeo, matéria com o filho de José Libio Martínez.
Em reiteradas ocasiões especificamos que para ganhar a guerra contra o narcoterror comunista que assedia a Colômbia, é necessário conhecer o Plano Estratégico das FARC e, ao mesmo tempo, com infatigável trabalho dos soldados e policiais, fazer face com ações integrais nos campos político, econômico, social, diplomático e de justiça, tanto em nível nacional como internacional.
Em contraste, a soberba, a auto-suficiência e o egocentrismo de quem se imagina similar a Churchill como estadista e superior a Mac Arthur como estrategista militar, conduziram o presidente Santos a anunciar seu eterno desejo de poder, vanglória e culto à sua personalidade. Não importa o caos que há na Colômbia. Importam seus desejos “pastranistas” de figuração dentro e fora do país.
É tal o desconhecimento do governo e dos sucessivos ministros de relações internacionais em seu conjunto acerca do conteúdo estrutural do Plano Estratégico das FARC, que desde há mais de uma década as FARC têm posto como objeto mercantil a vida dos seqüestrados, para que os cúmplices do Foro de São Paulo e os mal chamados “colombianos pela paz” legitimem o grupo terrorista. E por desconhecer a intenção estratégica e objetivo das FARC, sucedem episódios lamentáveis como o de hoje [1] que, diga-se de passagem, não é a primeira vez que ocorre. E por desgraça poderá não ser a última, ao rítimo da ignorância e indiferença político-estratégica dos altos funcionários da administração Santos.
Com contadas e esporádicas ações individuais de algum cônsul, nenhum dos sucessivos governos desde 1982 até esta data, tiveram a intenção estratégica para desarticular ou opor-se à diplomacia paralela das FARC. Parece que ocupar uma embaixada ou um consulado colombiano no exterior equivale a estar no lugar ideal para viver a glória dourada do exílio diplomático de costas para a realidade do narco-terrorismo comunista que padecemos, os que pagamos os impostos para sustentar essas elites intocáveis do outro lado das fronteiras.
Sem que, ao que parece, estes personagens sui generis da política colombiana no exterior se inteirem do que acontece a seu lado, enquanto as FARC e seus alcoviteiros dão conferências nas universidades, têm contatos nos meios de comunicação, participam em foros políticos, distribuem propaganda e projetam a imagem de que são um grupo armado com supostas intenções políticas.
Ao mesmo tempo, sua porta-voz, chamada por eles de “Teodora de Bolívar”, promove a sinistra proposta de fazer um intercâmbio humanitário, enfocado em meio de obscuros artifícios para dar status de beligerância, embaixadas e apoio aberto às FARC por parte dos governos comunistas, na etapa final do ataque totalitarista contra a Colômbia.
É inconcebível, e que sendo do conhecimento de todos que os seqüestrados são a jóia da coroa desse perverso estratagema, a chancelaria e seus funcionários diplomáticos creditados no exterior com empolados títulos, ribombantes cargos e imerecidos salários, não tenham feito nada ou, em sua falta, fizeram muito pouco para que as cortes internacionais julguem Rafael Correa, Hugo Chávez, Daniel Ortega, a ditadura cubana e os demais delinqüentes de colarinho branco que aparecem comprometidos com as FARC nos computadores de Raúl Reyes.
É inaceitável que todos esses brilhantes funcionários que nos representam no exterior, não tenham feito campanhas agressivas para que os governos democráticos, as organizações internacionais, as organizações não-governamentais, os intelectuais, as universidades e os meios de comunicação qualifiquem as FARC e seus padrinhos do Partido Comunista como terroristas. E em conseqüência, para que os persigam e impeçam-lhes, por exemplo, da vagabundagem que têm na Suécia com ANNCOL e outras organizações afins.
Tampouco se entende porque durante o governo Uribe os computadores de Reyes tiveram um manejo midiático excelente e um péssimo manejo jurídico, pois não foram levados às cortes internacionais. Para rematar, uma das salas da questionada Corte Suprema de Justiça proferiu a folclórica e descabida sentença de invalidar estas provas em processos contra os cúmplices das FARC, quando todo mundo sabia, ou pelos menos se a inteligência não lhes chega para isso, são os mesmos que por coincidência manipulam a dor das vítimas seqüestradas e de modo descarado pretendem legitimar as FARC, por meio de um calculado acordo humanitário.
Muito menos se entende o estranho silêncio do governo Santos e da justiça colombiana com os computadores do Mono Jojoy e Tirofijo apreendidos do primeiro. É óbvio que esses arquivos eletrônicos re-confirmam o que continham nos computadores de Raúl Reyes. E, óbvio, os computadores de Cano reafirmam pela segunda vez todo o anterior.
Porém... Qual é o estranho propósito de calar isto? A custa de que os grotescos e desrespeitosos governantes da Venezuela e Equador não se ofendam? Ou para que a camarada Dilma não perca seu status de mediadora em cada montagem de uma “libertação unilateral”?
Para completar, o presidente Santos chama Chávez de seu “novo melhor amigo”, em que pese que as evidências demonstrem que para a Colômbia este sujeito é o “velho pior inimigo”. Ao mesmo tempo, a chanceler Holguín se preocupa de que Chávez não vocifere nada contra Santos, mas parece que não lhe interessa, ou pelo menos não exterioriza, saber que Chávez tem mentalidade delinqüencial e que nunca renunciou a apoiar as FARC, pois fazem parte de seu projeto bolivariano imerso no socialismo do século XXI, e que continuam na Venezuela com escritórios e acampamentos na fronteira bi-nacional dentro do território venezuelano.
Em contraste, e sem fazer grandes coisas para defender a soberania nacional e evitar uma guerra posterior, pois para lá vai o país se não se submete Chávez e Correa à justiça internacional, a chanceler Holguín anda como agente de viagem pelo mundo fazendo ridicularias pagas pelo erário público, tais como alicerçar a paz entre israelenses e palestinos ou fazendo visitas protocolares à rainha da Inglaterra.
Presidente Santos, chanceler Holguín, magistrados das altas cortes, senadores da República, senhora Promotora Geral, meios de comunicação, universidades, o acontecido hoje com o massacre dos policiais e militares seqüestrados, é de suma gravidade e põe em evidência a mediocridade com que tem-se manejado o problema da guerra contra o narcoterror nos campos político e diplomático.
A Colômbia não espera reações insípidas nem frases de efeito, como por exemplo, o indignado reclamo do novato ministro Pinzón, cujas sentidas palavras contrastavam com seus gestos e semblante. A Colômbia necessita de ações judiciais fortes contra os cúmplices das FARC. Além disso, não mais palhaçadas e operas bufa em torno das libertações unilaterais calculadas, em consonância com os duvidosos interesse dos mal chamados “colombianos pela paz”.
E, claro, que a Chanceler suspenda o bate-pernas pelo mundo em busca de protagonismo midiático para Santos, e melhor: que se dedique a resolver primeiro os problemas nacionais, com ênfase em buscar a pressão internacional de condenação e obrigação para que as FARC libertem os seqüestrados sem nenhuma contra-partida, nem compromissos anti-patrióticos de regressar às mesas de conversação.
As FARC constituem um grupo armado composto por terroristas, narcotraficantes, sicários, ladrões, violadores de menores, extorsionistas e bandidos que só representam os interesses do Partido Comunista Colombiano, agrupamento que já está na hora de ser julgado e condenado penalmente por seu conchavo com o terrorismo e, ademais, obrigado a compensar todas as vítimas das atrocidades de seus co-partidários armados.
Tradução: Graça Salgueiro (editora do blog Notalatina)
Escrevo esta nota a propósito da reportagem de Época sobre os infiltrados pelo governo (infiltrados da própria esquerda) nos movimentos de resistência e partidos de esquerda nos anos da ditadura militar.
E também em função da reação que observo e que tem sido registrada pelo jornalista Reinaldo Azevedo nas universidades públicas, nas quais a maioria silenciosa de estudantes parece não suportar mais a tirania das minorias militantes ligadas a partidos de esquerda e esquerda radical.
Sim, houve uma ditadura militar no Brasil (iniciada em 1964) .
Não, o Ai-5 (em 1968) não foi o que provocou a luta armada no Brasil.
Ao contrário, foi a intenção da esquerda em fazer a luta armada, e a subversão institucional generalizada (com apoio do próprio governo federal, na ocasião) que levou ao golpe dos militares, iniciando a revolução de 1964. Quem quer, honestamente, aprender, estudo a história do comunismo no Brasil desde os tempos de Carlos Prestes. Tudo começou já na década de 30!
Para quem tem um mínimo apreço ao processo de busca da verdade já existe, atualmente, razoável bibliografia –e muitos livros escritos mesmo por gente da esquerda- sobre as intenções da esquerda (especialmente os comunistas) em criar condições sociais favoráveis à luta armada no Brasil e, em seguida, à implantação de uma ditadura revolucionária neste país.
É desonestidade intelectual e imensa falsidade histórica apresentar os guerrilheiros do Araguaia, por exemplo, como lutadores da Democracia. De fato, foram jovens idealistas manipulados por militantes profissionais mandados para a selva para meter-se num tipo de luta sobre o qual não tinham o menor domínio.
Imaginar que seria possível espalhar a revolução pelo Brasil, a partir de focos no Araguaia, foi algo tão idiota quanto a ação de Che Guevara que pretendeu fazer o mesmo em toda a América do Sul, a partir de um ponto da selva amazônica boliviana, acompanhado por 12 guerrilheiros.
Houve, sim, gente que lutou contra a ditadura militar por defender o espírito liberal ou democrata. Muita gente que protestou e que não era necessariamente de esquerda ou ligada a partidos de esquerda. A esquerda soube, sim, tirar proveito da situação e puxar os méritos da resistência para si. A população, de modo geral, é conservadora: gosta da idéia da propriedade privada, é contra o aborto, é religiosa (católica ou apegada a princípios cristãos), reprova os excessos da liberação sexual.
Mas a maioria tem um traço comum: é desorganizada, é passiva, sujeita à manipulação. É isso que faz o Brasil, um país conservador por excelência, ser governado pela esquerda e, ainda mais, não registrar partidos com plataforma conservadora.
E houve, sim, é preciso dizer, gente que não tinha militância esquerdista direta mas era simpatizante e que foi presa e torturada. É um fato. Mas os brasileiros jovens de hoje, enganados por velhos e cínicos esquerdistas, precisam saber, também, o que foi a ação terrorista dessa esquerda que se passa por democrática.
Durante toda a ditadura brasileira morreram, lamentavelmente pouco menos de 500 pessoas. Entre eles os 133 mortos pelo terrorismo esquerdista, dos quais nunca se fala. E, antes do AI-5 (1968), desde o início dos anos 60 os terroristas brasileiros já haviam matado 13 pessoas.
Além disso, a propaganda esquerdista é tão forte que os jovens de hoje imaginam que no Brasil milhões foram torturados e mortos. Deve-se lamentar os mortos e torturados pelo Estado, mas deve-se ter apreço para verdade história.
Nossa juventude, vilmente manipulada ou por desinformação dos professores, ou intencionalmente, não faz a menor idéia dos números envolvidos na matança da Argentina, do Uruguai, do Chile, do Peru, da Colômbia. Quando se fala nesses países, apenas os números ligados ao Estado são geralmente indicados.
Pouca gente sabe que o Sendero Luminoso (o partido comunista peruano) sozinho matou cruelmente, com fuzilamentos, bombas, facas, machados e foices mais de 40 mil pessoas! O Sendero Luminoso era é um grupo marxista-maoista, que ainda tem muitos simpatizantes no Brasil, por incrível que pareça. E ele está de volta no Peru, com o apoio das Farc que, por sua vez, mataram milhares de pessoas na Colômbia em mais 40 anos. E as Farc também têm muitos simpatizantes no Brasil, especialmente dentro do governo atual.
Estou preparando lista de fontes na Internet e de bibliografia sobre o que foi a mortandade produzida pela esquerda em nosso continente.