Chávez receberá de presente a Walid Makled. Em troca liberou, há alguns dias, Joaquin Pérez Becerra ao governo da Colombia. Assim, a cada dia, fica mais estranho o comportamento do governo colombiano diante do coronel maluco de Caracas.
Há alguns dias as autoridades policiais de Caracas não tiveram como evitar a prisão do jornalista e propagandista da Farc na Europa (com sede na Suécia) Joaquin Pérez Becerra no aeroporto de Caracas.
Ele vinha de Frankfurt e participaria de uma reunião com terroristas. Foi preso no aeroporto porque a Interpol tinha um aviso vermelho contra ele, era procurado em todo o mundo. Foi rapidamente despachado por Chávez à Colômbia, onde está preso em um presídio de segurança máxima guardado por militares.
Na ocasião foi dito por especialistas colombianos que Chávez praticamente foi obrigado a entregar Joaquin, mas estaria, de fato, fazendo uma troca interessante. O bolivariano maluco estava de olho no empresário e acusado de narcotráfico Walid Makled, preso na Colômbia, que poderia ser extraditado para os Estados Unidos, devido aos acordos bilaterais sobre combate às drogas.
http://www.csmonitor.com/World/Americas/2011/0408/Walid-Makled -s-extradition-case-highlights-warming-Venezuela-Colombia-ties |
Chegou a ser chamado de Kadafi da América do Sul.
O jornalista espanhol Antonio Salas escreveu em excelente livro reportagem em 2010 chamado "O Palestino" (El Palestino), em que narra suas investigações sobre os campos de treinamento de terroristas espanhóis (ETA) e islâmicos, na Venezuela. Deve ser lido por quem se interessa pelo assunto. Chávez é pior do que imaginamos.
Nada melhor para Chávez do que botar as maõs em Makled.
Penso que a Colômbia perdeu uma boa oportunidade de realmente ajudar a esclarecer o papel de Chávez na América Latina não o entregando aos americanos.
Agora Makled, de repente, poderá ter alguma coisa e até morrer em uma prisão venezuelana. Não prejudicará Chávez e nem ajudará a combater os narcotraficantes das FARC.
Leia mais sobre Makled na matéria de El Tiempo, da Colômbia:
(link no pé da página)
Así lo afirmó desde Caracas el ministro de Interior venezolano, Tareck el Aissami.
El Aissami afirmó que su país espera la llegada "en pocas horas" del empresario y presunto narcotraficante Walid Makled, en lo que considera una "gran victoria de la Justicia venezolana".
"En pocas horas se materializará lo que ustedes ya saben, que es la extradición de este narcotraficante. Y será seguramente, y así desde ahora ya lo anunciamos, una gran victoria de la Justicia venezolana", manifestó El Aissami a los periodistas.
La canciller colombiana, María Ángela Holguín, indicó el pasado viernes que su país estudiaba efectuar la extradición de Makled "entre el fin de semana y el lunes", en cuanto terminase el trámite de verificación de las garantías de los derechos al empresario por parte de Venezuela.
La extradición del empresario a Caracas fue una decisión del presidente colombiano, Juan Manuel Santos, quien el pasado 6 de abril tomó esta determinación, desestimando la petición de Estados Unidos, cuya Justicia también lo reclamaba.
Santos aseguró que lo hacía cumpliendo las leyes colombianas ya que el vecino país solicitó su extradición primero y los cargos por los que persigue Venezuela son más graves.
Makled, también conocido como "El Turco", fue detenido el 19 de agosto de 2010 en la ciudad colombiana de Cúcuta y, un día más tarde, el Ministerio Público venezolano pidió su extradición acusándolo de narcotráfico, legitimación de capitales ilícitos, asociación para delinquir y homicidio.
La llegada del supuesto narcotraficante ha generado mucha expectación después de haber denunciado pagos a funcionarios del Gobierno de Hugo Chávez y asegurar que aportó "por lo menos dos millones de dólares" en 2007 a la campaña del fallido referendo promovido por el mandatario para aprobar la reelección indefinida.
SUÉCIA SERÁ PRESSIONADA A NÃO AJUDAR AS FARC
ANNCOL difunde rumores, calúnias e insultos contra o Governo, os militares e a classe dirigente colombiana, instila calúnias e injúrias e desinforma sobre a Colômbia. ANNCOL é, pois, um instrumento de manipulação midiática.
Os comunistas venezuelanos queriam impedir a deportação à Colômbia de Joaquín Pérez Becerra, cognome "Alberto Martínez", cabeça da comissão internacional das FARC. Jerónimo Carrera, chefe do PCV (Partido Comunista da Venezuela), gesticulou ante os meios de comunicação de Caracas e despachou um batalhão de advogados para que obtivessem a libertação de Pérez, que havia sido detido em 23 de abril último no aeroporto de Maiquetía, onde havia chegado proveniente da Alemanha. Porém, fracassou.
Decidido a não permitir que o presidente Juan Manuel Santos rompa a promessa de lhe entregar o narco-traficante Walid Makled, capturado por Bogotá e conhecedor dos arcanos non sanctus do poder "bolivariano", Hugo Chávez viu-se obrigado a aceitar, contra seus cálculos e compromissos, o incômodo pedido do mandatário colombiano. Tal é o privilégio de Chávez: poder operar contra suas próprias tropas quando as circunstâncias o exigem.
Após dois dias de vacilações, o déspota venezuelano ordenou o envio a Bogotá do importante quadro das FARC que havia tido a má idéia de abandonar seu esconderijo na Suécia para assistir a um encontro clandestino com as FARC.
As Farc são derrotadas militarmente e no campo da inteligência http://sebastiangonzalez.blogspot.com/ |
Joaquín Pérez agora dorme no pavilhão de segurança máxima da Penitenciária Modelo de Bogotá, porém os adeptos da cultura da desculpa em matéria de terrorismo trabalham para ajudá-lo. Apesar de haver informado que esse indivíduo era procurado pela Interpol por estar acusado por Bogotá de "concerto para delinqüir, financiamento do terrorismo e administração de recursos relacionados com atividades terroristas", o matutino El Espectador começou a rotulá-lo como "jornalista" e a midiatizar suas alegações.
Pérez se apresenta como uma ovelha mansa, contra a qual as autoridades colombianas se comportam "ilegalmente". Diz que ANNCOL, a agência que ele dirige, é um "meio de comunicação alternativo" que encarna, como disse o PVC, o "pensamento crítico". A ONG "Nuevo Arco Iris", por sua parte, diz que ANNCOL veicula "informação" e que a captura de Pérez é só um "golpe midiático" para as FARC.
Essa detenção é muito mais do que isso. ANNCOL não é uma página web banal. Seus criadores, fanáticos leninistas, fizeram desse portal um sofisticado instrumento de organização, em nível nacional e internacional. ANNCOL difunde rumores, calúnias e insultos contra o Governo, os militares e a classe dirigente colombiana, instila calúnias e injúrias e desinforma sobre a Colômbia. ANNCOL é, pois, um instrumento de manipulação midiática. Porém, é algo mais. Sob a aparência de artigos "de imprensa", ANNCOL difunde a linha política de um movimento criminoso, distribui ordens e palavras de ordem, e difunde todo tipo de orientações.
Quem pode esquecer que ANNCOL, por exemplo, em 22 de agosto de 2009 lançou ameaças de morte contra o coronel Alfonso Plazas Vega, festejou sua brutal e ilegal transferência para La Picota e até ordenou que fosse condenado, como seria, afetivamente, dez meses mais tarde?
ANNCOL aplaudiu o assassinato do governador do Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, em dezembro de 2009, assim como a covarde matança de 14 policiais cometida pelas FARC em Doncelo, Caquetá, em 1 de setembro de 2010, onde os uniformizados, feridoS a bala e explosivos, foram encharcados com gasolina e incinerados.
O que ANNCOL faz é jornalismo?
Ninguém ignora que em 17 de novembro de 2010, ANNCOL anunciou que a Colômbia teria "um fim de ano intenso", pois as FARC iam "golpear as Forças Militares com contundência". Pouco depois, ocorreram os atentados de Vegalara, Huila, onde quatro civis morreram e oito policiais foram feridos. E o de Roncesvalles, Tolima, onde houve dois mortos e 12 feridos, entre eles 9 policiais. Sem dúvida, o atentado que as FARC estavam preparando contra a base aérea de Apiay, Meta, afortunadamente descoberto pelas autoridades, fazia parte desse "fim de ano intenso".
Membro das FARC há 30 anos, Pérez Becerra também estava encarregado, segundo o Ministério Público, de recolher ajuda financeira internacional para as FARC, comprar armamento para esta e manter contato com outros movimentos terroristas, como ETA.
Esses elementos serão ventilados publicamente durante o julgamento que se abrirá em Bogotá e as relações Chávez-FARC poderiam azedar. De fato, ANNCOL lançou, talvez pela primeira vez após essa deportação, "duros e inusuais ataques" ao governo de Chávez, como disse um diário de Bogotá.
Em todo caso, ficará muito difícil ao Estado sueco continuar autorizando a presença de ANNCOL em seu território. A embaixada sueca em Bogotá foi posta em seu lugar pelo juiz anti-terrorista que conhece o caso, ao declarar que a dupla nacionalidade [de Pérez] "não dá a ninguém patente de corso para violar a lei" e que "não existem argumentos para que os estrangeiros tentem contornar a lei" no país.
O que a Chanceler Hoguín está esperando para exigir à Suécia cessar seus contatos com ANNCOL e fechar definitivamente esses escritórios?
28.04.2001
Tradução: Graça Salgueiro
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