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sábado, 28 de maio de 2011

COM QUEM SONHA VERÔNICA VERONE? No dia 12 de junho, Dia dos Namorados, termina a prisão preventiva da garota que confessou a morte do namorado no Motel Status em Niterói.

COM QUEM SONHA VERÔNICA?

Como são agora as noites de Verônica Verone de Paiva, a garota de 18 anos que procurou a polícia para contar que matou enforcado o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, de 33 anos, há duas semanas, na madrugada do sábado, 14 de maio?

Verônica Verone, a Loira da Lapa, conforme os colegas da escola, a Loira Fatal, conforme ficou conhecida pelo público, está presa no conjunto penitenciário de Gericinó, no prisão Bangú 7.

Por enquanto, somente ela parece saber toda a verdade sobre o que houve entre aquelas quatro paredes.

Ela passa as noites pensando no que aconteceu no quarto 143 do Motel Status, em Itaipu?

Ou dorme com tranquilidade e nem pensa mais no que ela disse ter sido a causa de seu ato violento contra Fábio: a tentativa de estupro que teria sofrido por parte dele?

Como seria adaptar-se à rotina asfixiante de um presídio a quem está acostumado com a liberdade, a mimos, a passeios como ela? Com quem sonha Verônica? Com o suposto drama da infância, com a ausência da mãe? Com a morte do pai, com a última visão de Fábio ainda vivo?

O advogado da moça, um sujeito simpático e expressivo, e um tanto performático com suas expessas sobrancelhas,  Roberto Thompson, disse que ela teria ficado muito nervosa quando Fábio tentou tirar seu short e estuprá-la.

Ela teria se lembrado de uma cena forte e marcante em sua vida quando, aos sete ou oito anos teria sofrido, por parte de um parente, uma tentativa de estupro. Não se sabem mais detalhes sobre o ocorrido porque nem o advogado e nem Verônica falaram mais sobre isso.

No dia em que a mãe de Verônica esteve na polícia para depor, ao ser confrontada com a afirmação pareceu muito surpresa, dizendo nunca ter sabido de algo assim. A TV Globo chegou a especular sobre se o morto seria o pai de Verônica, um advogado que morreu há alguns anos. A questão é que mortos, tanto o pai quanto o empresário Fábio, não falam. Teria Verônica dito a verdade?

Essa é uma questão para a Polícia, e a delegado Juliana Rattes acredita que Verônica caiu em muitas contradições e que há muitas coisas a esclarecer.

O que fazia, de fato, Verônica no quarto do motel com Fábio? Estavam ali para passar algumas horas como bons amigos? Tomando umas bebidas, rindo, conversando? Impossível não é, pois ele poderia ter alguma afeição por ela, já que, apesar de ela ter sido causadora, segundo os amigos e parentes dele, da separação entre ele e a esposa ( ele era casado e tinha dois filhos), estavam juntos no motel.

Para muita gente eles eram mesmo amantes, e ele a conhecera quando ela tinha uns 16 anos, e ele 31. Moravam em ruas paralelas em Maricá, Niterói. Alguns amigos dela disseram à imprensa que ela gostava de sair, passear, de agito, frequentando a Lapa, no Rio, em noitadas. Era conhecida entre a garotadada escola como a Loira da Lapa.

Segundo o depoimento dela à polícia, ela e Fábio tinham uma "amizade colorida", isto é, meio sem compromisso. Ela disse ter mais dois namorados, no Rio, e que ainda estaria namorando uma mulher. Isso deverá estar sendo investigado pela Polícia que, no início, chegou a desconfiar que ela não poderia ter feito tudo sozinha no quarto do motel.

Após a morte, o corpo foi arrastado escada abaixo. Segundo os parentes dele, Fábio tinha 1,90 metro e pesava perto de 100 quilos. Na reconstituição a polícia verificou que Verônica seria, sim, capaz de arrastar o corpo. O teste foi feito com saco cheio de areia.

Agora, nas noites escuras e disciplinadas de uma prisão como a Bangu 7, Verônica repassa o filme dos fatos acontecidos no quarto 143? Ela disse que ele bebeu, fumou maconha e usou cocaína. A polícia encontrou apenas bebidas alcóolicas e energéticos no quarto, mas na pick-up Mitsubishi dele os peritos encontraram restos de maconha e em pó branco.

Os parentes dele dizem que ele não usava drogas. Amigos que ele gostava de tomar uns tragos. Verônica disse que, na sexta-feira, quando o apanho em um bar, onde ele estava com amigos bebendo, ele estava meio embriagado e ainda quis passar em umas favelas para comprar maconha e cocaína. 

Ela disse que compraram e que passaram na casa dela, onde ele ainda acabou bebendo desinfetante porque a mãe dela teria impedido que ele bebesse vodka. Sabe-se lá. O laudo das vísceras, toxicológico, dirá o que Fábio pode ter consumido. O laudo cadavérico indica que ele, ao contrário do que ela disse, não morreu enforcado.

Verônica Verone seria, segundo seu advogado, "doente mental", tomando uns dez remédios por dia, alguns até de tarja preta. Teria também síndrome do pânico, além do trauma de ter sofrido tentativa de estupro na infância. A polícia vai verificar isso tudo e checar contradições.

O juiz autorizou a quebra de sigilo dos seis telefones de Verônica. Qual a razão para tantos telefones? Só a polícia responderá. Algumas pessoas ouvidas pela imprensa chegaram a dizer que ela era conhecida como garota de programas. Talvez esses telefones explicassem isso. Com quem ela falava? O que ela falava? Mistérios.

De qualquer modo, para uma garota estudante de 18 anos Verônica teve uma vida agitada, até agora.
Dois namorados no Rio, uma namorada ao mesmo tempo, uma amizade colorida com Fábio, prisão em Bangu7. Não é pouco para aquela linda loira de olhos azuis-esverdeados faiscantes. Olhos capazes de seduzir muito fácil, tamanha a sua beleza. 

Será que Fábio imaginava controlar Verônica e não sabia de sua vida intensa e agitada? Os familiares dele disseram que ele saia com outras mulheres enquanto casado e também com Verônica. O fato é que, num certo tempo, Verônica passou a dizer que ou ele ficaria com ela ou com mais ninguém. Na véspera da morte dele ela teria ligado dezenas de vezes para tentar marcar um encontro com ele. Para saírem.

Ela insistiu, insistiu, insistiu. Ele não pode mais resistir àqueles olhos. Ele aceitou. Foi passar umas horas com Verônica no motel, talvez, até, para acertarem como ficaria o futuro. Esse foi o fim de Fábio.

Ele nunca mais voltou para casa. Eles não têm mais futuro.

E Verônica, quanto a ele, terá somente as boas e as más lembranças do passado, e um presente bastante incômodo, por enquanto, atrás das grades de Bangu 7. 

O que fará Verônica quando sair da prisão, justamente no dia 12 de Junho, o Dia dos Namorados? Quem estará esperando Verônica? A mãe? A irmã? Amigos? O seu simpático e performático advogado?

Ou apenas, ao seu lado, e em seu coração, a triste lembrança de Fábio  Gabriel Rodrigues? 
A vida pode, às vezes, ser muito estranha.

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