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sábado, 28 de maio de 2011

KEIKO FUJIMORI E OLLANTA HUMALA FAZEM ÚLTIMO DEBATE ANTES DO SEGUNDO TURNO NO PERU. Apoio estúpido do direitista Vargas LLosa (Nobel de Literatura) ajuda o esquerdista Ollanta.

Talvez o debate televisivo deste domingo à noite (29 de maio) seja decisivo para o futuro do Perú. Aproximar-se ou afastar-se do bloco bolivariano, liderado por Hugo Chávez poderá fazer uma enorme diferença na vida dos peruanos. O segundo turno acontece no domingo cinco de junho.

O debate será entre Keiko Fujimori e Ollanta Humala. Keiko tem o apoio da classe média urbana e do empresariado que está investindo no país e tornando o Perú uma economia mais moderna e um país mais seguro, depois da derrota do Sendero Luminoso e de uma boa estabilidade política.

Ollanta Humala, ultranacionalista, apoiado por toda a esquerda da América Latina, é o candidato de Hugo Chávez e do Foro de São Paulo, que já fez uma série de presidentes, numa estratégia supranacional, de clara intervenção de forças políticas de uns países sobre os outros. Basta lembrar a escandalosa intromissão de Chávez (com muitos milhões de dólares nas eleições da Argentina, Bolívia, Paraguai, Equador, Nicarágua e Honduras).   

Após o primeiro turno, em abril, Ollanta aparecia em primeiro nas pesquisas. Em maio Keiko assumiu a liderança e, agora, as pesquisas indicam novamente empate técnico, com Ollanta levemente à frente, com 43,8 contra 42,5.

O avanço do esquerdista admirador do chefe terrorista Abimael Guzmán, do Sendero Luminoso, ocorreu, segundo comentaristas peruanos, em parte devido ao significativo apoio que tem sido dado pelo escritor Prêmio Nobel da Paz de Literatura, Mario Vargas Llosa.
Llosa, inimigo tradicional da esquerda, desta vez não tem seu apoio rejeitado pelos esquerdistas peruanos.


A AMBIGUIDADE DE LLOSA


Parece até que vejo o apoio de Collor, Maluf  e Sarney a Lula ou a Dilma. Na política há muitas semelhanças entre os países.

O mau, o corrupto, o maldito num momento, no momento seguinte pode ser seu mais fiel e fraternal aliado. É um modo muito nojento de fazer política. Mas eles se entendem.

Embora negue, Llosa deve estar agindo com o fígado e não com a razão. Nos anos 90 Mario Vargas LLosa, como candidato de formação liberal, disputou e perdeu a presidência peruana para Alberto Fujimori, pai de Keiko.

Fujimori acabou dando um golpe e terminou preso acusado de corrupção e crimes contra a Humanidade.

Mas, em seu governo, entretanto, aniquilou com o grupo maoista comunista Sendero Luminoso, que impôs o terror ao Perú duarante 20 anos. Mais de 50 mil peruanos morreram por conta das ações do Sendero, um dos grupos terroristas mais cruéis do mundo.

Vargas Llosa diz que prefere apoiar Humala que Fujimori, pois acredita que a eleição de Keiko seria um risco ao Perú, pela corrupção. Os escritores (e isso me dói dizer, pois sou grande leitor de Vargas Llosa) às vezes têm a cabeça na Lua.

O Prêmio Nobel imagina que não há corrupção em governos de esquerda na América Latina? Não vê o que tentam contra quem pensa diferente e contra a imprensa? Basta ver o que acontece hoje à imprensa na Venezuela, na Argentina e na Bolívia, para não nos alongarmos muito.

Devo imaginar que Llosa, depois de velho, está perdendo o juízo.  É muito preferível Keiko no poder, porque será controlada pela esquerda e pelo mercado e não tentará dar golpe do que Ollanta.

Este é admirador de Hugo Chávez e está fingindo afastamento porque nas eleições de 2005 acabou perdendo exatamente devido ao apoio do "capeta". Agora Ollanta, assessorado por petistas, quer passar a imagem de moderado, de amigo do "capital", que é independente em rlação a Hugo Chávez. Zelaya também acreditava nisso quando se elegeu, vimos como acabou a brincadeira em Honduras.

Humala é um esquerdista casado com uma comunista de carteirinha, Nadine Heredia, muito melhor preparada que ele em marxismo (portanto em desastres econômicos). Sobre isso não pode haver dúvidas, basta notar o desempenho da economia cubana, da Venezuela, da Argentina.

Demagogos marxistas são uma desgraça para o povo, apesar da propaganda, pois querem interferir em tudo, desconhecendo que não existe almoço grátis. Não há uma única economia marxista organizada e funcionando bem. Pensar na China não vale. Lá comunista só restou a ditadura.

Creio que o apoio de Llosa a Humala vá custar muito caro ao todo o povo peruano. Mas se assim votarem... É a vontade das urnas. 
Mas poderia ter sido evitado. 

Entregar o país à esquerda, apenas por não gostar de Alberto Fujimori, é de uma estupidez que jamais imaginei em Mario Vargas Llosa. Fica aqui o meu registro.

(Vejam que na primeira página do blog tenho uma frase de Vargas Llosa sobre Cuba. Talvez até vá mudá-la. Mas um conselho: leiam os livros dele. São bons demais para misturarmos as coisas. Não sou tão rancoroso).

Obras de Mario Vargas LLosa (Romances)

Ficção

  • Os Chefes (1959)
  • A cidade e os cachorros (Brasil) // A Cidade e os Cães (Portugal) ("La ciudad y los perros") (1963)
  • A Casa Verde (1966) (Premio Rómulo Gallegos)
  • Os Filhotes (1967)
  • Conversa na catedral (Brasil) // Conversa n'A Catedral (Portugal) (1969)
  • Pantaleão e as visitadoras (1973)
  • Tia Júlia e o escrevinhador (Brasil) // A Tia Júlia e o Escrevedor (Portugal) (1977)
  • A Guerra do Fim do Mundo (1981)
  • Historia de Mayta (1984)
  • Quem matou Palomino Molero? (1986)
  • O falador (1987)
  • Elogio da madrasta (1988)
  • Lituma nos Andes (1993). Premio Planeta
  • Os cadernos de Dom Rigoberto (1997)
  • A festa do bode (Brasil) // A Festa do Chibo (Portugal) (2000)
  • O Paraíso na Outra Esquina (2003)
  • Travessuras da Menina Má (2006)
  • O Sonho do Celta (2010)








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