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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O SANGUE DE UMA CRIANÇA, QUE ESCORRE DA LÂMINA DE UMA FACA, É MENOS VERMELHO QUE QUALQUER OUTRO? MIlhares de pessoas são feridas e mortas a golpes de faca, e o que se escuta, além dos gritos das vítimas, é o silência da sociedade.

Na China, mostra Bene Barbosa, existe uma grande quantidade de ataques as a escolas, e crianças são feridas a faca. Quando algum americano maluco usa arma de fogo e mata malucos, isso repercute no mundo todo. Os Estados Unidos são uma democracia, a China uma ditadura. Duas coisas a pensar.

Pensar nas armas de fogo, é como pensar nos aviões. Um avião com 300 passageiros, quando despenca dos ceús, mata todo mundo. Ninguém pensa em proibir os aviões. Ora, aviões são usados como como meio de transporte. Claro. Mas são usados na guerra, podem ser pilotados por um maluco repentino.

As armas de fogo, podem ser vistas como armas de agressão, sim, mas principalmente como armas de prevenção à violência. Os americanos mantém 270 milhões de armas de fogo em casa, e ninguém sai atirando por aí. Quando um louco mata pessoas querem probir as armas para todo mundo.

Automóveis também são meios de transporte... no entanto...Martelos são ferramentas...

Gutenberg J.




O sangue na ponta de uma faca é menos vermelho?

Bene Barbosa

Será que o sangue inocente de uma criança chinesa no gume de uma faca é menos vermelho que o sangue de uma criança norte-americana no chão de uma escola?


Dia 14 de dezembro de 2012, um homem invade uma escola primária e consegue atacar 22 crianças. Não, não estamos falando do mais recente e hediondo ataque em uma escola norte-americana. Estamos falando de mais um ataque ocorrido na China. Não, ele não usou uma arma de fogo, usou uma pequena faca que roubou da cozinha de uma senhora que também foi esfaqueada.


Os ataques à escolas primárias na China são extremamente comuns e causam centenas de mortes e mutilações em crianças e adultos. O governo Comunista Chinês decidiu inclusive vetar informações sobre os ataques, para evitar os possíveis copiadores, ou seja, pessoas que resolvem agir da mesma forma. Assim, dificilmente teremos número reais da quantidade de ataques que ocorrem na gigantesca e censurada China.

Ao contrário, os EUA vivem uma democracia que venera a liberdade de imprensa e por isso não existe qualquer freio – e não deve haver mesmo - para noticiar-se esse tipo de ocorrência, que sempre causa comoção no mundo com os vídeos e fotos que são veiculados em milhares de jornais, revistas e canais de televisão.

No Brasil, imediatamente dois tipos de sentimentos aparecem em comentários, debates e reportagens, quase sempre juntos: o antiamericanismo e o desarmamentismo. O discurso de modo simplista e simplório de que o americano é belicista, que os EUA são a cultura das armas, que o cinema vangloria a violência, etc. E, claro, num tom professoral, que os EUA deveriam restringir a compra de armas de fogo pela população, em detrimento da chamada Segunda Emenda.

O mais interessante é que esses doutos especialistas brasileiros moram em um país onde o desarmamento vem sendo implantado desde 1997. Em um país onde o porte – legal – de armas é proibido, onde a compra de um reles .22 tem tamanha burocracia e custos que inviabiliza a aquisição para 99% da população. Ou seja, um país desarmado, mas em que se mata 55 mil brasileiros por ano! Onde 45% dos jovens que não morrem por causas naturais são assassinados.

Os EUA possuem 5 vezes menos homicídios que o Brasil. Connecticut teve, em todo o ano de 2010, menos de 150 assassinatos, e a pequena cidade de Newton, onde ocorreu o massacre, tem em média dezesseis crimes violentos por ano, e apenas um homicídio!

Qual o motivo destes “especialistas” que culpam as armas, o belicismo, o cinema ou o próprio capitalismo não se manifestarem tão veementemente sobre as mais de cem crianças mortas a facadas, machadadas ou marretadas na China, só em 2010?

Será que o sangue inocente de uma criança chinesa no gume de uma faca é menos vermelho que o sangue de uma criança norte-americana no chão de uma escola? A verdade é que o que define o horror e que “alguma coisa precisa ser feita” é a ideologia cega e burra dos especialistas de plantão.

Bene Barbosa
18 Dezembro 2012

Bene Barbosa é bacharel em direito, especialista em segurança pública e presidente da ONG Movimento Viva Brasil.

TEXTO REPRODUZIDO DO SITE MÍDIA SEM MÁSCARA:
http://www.midiasemmascara.org/artigos/desarmamento/13697-o-sangue-na-ponta-de-uma-faca-e-menos-vermelho.html

ATUALIZADO EM 19/12 - 10H22

Matéria sobre os crimes a faca na China no USAToday:



Man with knife injures 22 kids at school in China

December 15, 2012

Security guards are across China after a spate of school attacks in recent years

Min Yingjun, 36, attacked the students, according to police

An elderly woman and 22 children were injured by knife

BEIJING (AP) — A knife-wielding man injured 22 children and one adult outside a primary school in central China as students were arriving for classes Friday, police said, the latest in a series of periodic rampage attacks at Chinese schools and kindergartens.

The attack in the Henan province village of Chengping happened shortly before 8 a.m., said a police officer from Guangshan county, where the village is located.

The attacker, 36-year-old villager Min Yingjun, is now in police custody, said the officer, who declined to give her name, as is customary among Chinese civil servants.

A Guangshan county hospital administrator said the man first attacked an elderly woman, then students, before being subdued by security guards who have been posted across China following a spate of school attacks in recent years. He said there were no deaths among the nine students admitted, although two badly injured children had been transferred to better-equipped hospitals outside the county.

A doctor at Guangshan's hospital of traditional Chinese medicine said that seven students had been admitted, but that none were seriously injured.

Neither the hospital administrator nor the doctor would give his name.

It was not clear how old the injured children were, but Chinese primary school pupils are generally 6-11 years old.

A notice posted on the Guangshan county government's website confirmed the number of injured and said an emergency response team had been set up to investigate the attacks.

No motive was given for the stabbings, which echo a string of similar assaults against schoolchildren in 2010 that killed nearly 20 and wounded more than 50. The most recent such attack took place in August, when a knife-wielding man broke into a middle school in the southern city of Nanchang and stabbed two students before fleeing.

Most of the attackers have been mentally disturbed men involved in personal disputes or unable to adjust to the rapid pace of social change in China, underscoring grave weaknesses in the antiquated Chinese medical system's ability to diagnose and treat psychiatric illness.

In one of the worst incidents, a man described as an unemployed, middle-aged doctor killed eight children with a knife in March 2010 to vent his anger over a thwarted romantic relationship.


 

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