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sábado, 6 de outubro de 2012

DÉBORA REGINA LEME DOS SANTOS, 21 ANOS, DE HORTOLÂNDIA, INOCENTE. MESMO ASSIM FOI CONDENADA À PENA DE MORTE. No Brasil bandidos têm licença para matar. Cidadãos honestos são caçados como animais.

DÉBORA REGINA, CONDENADA À MORTE AOS 21 ANOS

Não me agrada escrever sobre a morte. Nem sobre pessoas que morrem. Mas a morte parece não dar sossego, e as pessoas que morrem nem sempre tiveram tempo de viver. Isso incomoda muito.  
Débora, pelo que leio, é um caso desses. Poderia ter vivido mais 50 ou 60 anos, mas morreu de forma absurda, na mão de criminosos vagabundos, daqueles  que matam por um celular ou por algum dinheiro sacado em caixas eletrônicos.
Qual a razão de matar uma pessoa indefesa? Não basta mais o roubo material, é preciso roubar vidas?
É terrível como a vida humana está desvalorizada, como matar hoje em dia é algo trivial, banalizado. Vivemos em uma sociedade sem valores em que tirar uma vida humana ou pisar em uma barata é a mesma coisa.
Hoje em dia, no Brasil, é pior matar um filhote de tartaruga que uma pessoa. Há muitas ongs  que choram pelos  animais. E ongs que choram não pelas vítimas, mas pelos direitos dos assassinos. Isso é que é chamado de "direitos humanos" neste país. A vida humana parece ser vista como sem importância. Sem a menor importância. 
Débora deixou o emprego no final da tarde, na sexta-feira, e passaria em um caixa eletrônico. Em seguida daria uma carona para a sua mãe. Pobre mulher,  esperou em vão, pois recebeu um recado pelo celular de que a filha se atrasaria.
Teria o recado sido mandado por  Débora Regina ou pelos bandidos, para ganharem tempo?  À meia noite a confirmação brutal da suspeita: o carro de Débora foi encontrado em um terreno baldio na periferia de Campinas. No bando da frente, ao lado direito, Débora caída, morta, com sinais de que fora vítima de esganadura.
Será que os criminosos também foram embora rindo, como os que mataram a jovem Vanessa Carobene, em São Paulo? O riso fácil desses vagabundos é a prova de que sabem que poderão ficar impunes. Especialmente se forem menores. 
Uma sociedade na qual só se houve falar em direitos, na qual ninguém mais parece ter a consciência de deveres  -aprendi, quando criança, que a cada direito corresponderia um dever- não pode se desenvolver bem, pois cria seres egoístas e autro-centrados.
O próximo não é mais nada. É apenas aquele de quem posso tirar tudo, até a vida, se a sociedade não me deu uma vida boa. Como se o bem estar fosse uma graça divina, ou esmola do estado. Como se o bem estar não devesse ser fruto do trabalho duro e honesto, como o que fazia Débora.
Uma sociedade de cínicos que escutam dos esquerdistas que os ricos, ou melhores de vida –seria  Débora rica?- podem ser espoliados, como um tipo de vingança. É uma sociedade violenta e rancorosa que resulta de uma pregação contra os que trabalham e têm alguma coisa. E uma sociedade que se torna sem religiosidade e amor ao próximo. Ema sociedade de pessoas frias e materialistas.
Débora Regina era apenas, nos seus 21 anos de vida, uma jovem batalhadora e sonhadora que estudava administração e queria ser comissária de bordo. Não lhe deram a menor chance.
E devem achar, os malditos criminosos, que ainda fizeram justiça social.
Tempos estranhos estes em que vivemos.

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