Pesquisar este blog

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O CÂNCER E A TRANSPARÊNCIA DE LULA. Quem está explorando a própria doença politicamente é ele mesmo. Ao invés de descansar a garganta ainda quer dar recados ao mundo?

Já postei aqui algo sobre a doença de Lula. Que faça o tratamento e que se recupere. Mas os petistas não fiquem criticando o povo que o critica neste momento, pois Lula sempre falou demais e além da conta, sempre foi um linguarudo que atacava duramente seus adversários (procurem no You Tube) e agora muita gente tem o direito de cobrar dele que fique quieto ou que se trate no SUS.

Claro que ele tem dinheiro suficiente para um longo tratamento no Sírio Libanês. Não é o que desejo a ele (um longo tratamento), mas ele tem esse dinheiro todo. Pouquíssimos brasileiros têm esse dinheiro todo. E isso pode fazer muita diferença no caso do tratamento de um câncer.

Foi ele que falou do SUS nos discursos durante a campanha eleitoral, dizendo que unidades de saúde pública eram tão boas que "dava vontade de ficar doente para ser bem atendido"! Só se for lá em Garanhuns.

Lula é visto pelos seus correligionários como se fosse um tipo de deus. Não é, e pode ser criticado como  qualquer outro simples mortal. Isso não é nada bom, pois é apenas um homem, sujeito a erros e acertos e exposto às doenças, como todos nós.

E, no caso dele, há, ainda, sobre o câncer, longo histórico familiar que envolve a sua mãe, tios e irmãos. E Lula, é óbvio, sabe disso, e tem medo, conforme disse o seu companheiro de longa data Gilberto Carvalho, esta semana, à imprensa.

Nunca desejo o mal para as pessoas. Não gosto de Lula e do seu jeito de fazer política. Sempre destrutivo para com os adversários. Não espero que pague pelos seus pecados ficando doente ou morrendo. Deus não é dado a essas coisas. Espero que fique bom longo e tenha uma longa vida e, se cometeu erros (como ele mesmo diz) ou crimes, que pague a conta aqui mesmo, a longo prazo. Mas pelas leis dos homens. Pela justiça comum. Acho que todo bom cristão não deveria querer e nem esperar o pior a outra pessoa. Isso não é nada bom. Quem quiser que reze. Os que desejam o mal que o façam, então, no silêncio interior.

A civilização ocidental, ao longo do tempo, cresceu valorizando a individualidade de cada um  e a integridade do corpo e da vida. Daí os direitos humanos serem, fundamentalmente, de origem cristã. Nao é nada bom comportar-se como os que empalaram Kadafi.

Petistas têm escrito em seus sites e blogs que estão atacando Lula gratuitamente. Não, não é verdade. O povo enxerga claramente, às vezes. Às vezes é enganado, como tem sido nos últimos anos, mas o povo escuta e recorda das fanfarronices de Lula. Isso não é errado. Se Lula pode dizer inverdades misturadas a verdades sobre adversários políticos ou sobre a própria História do Brasil (nunca antes...) acaba se expondo, também, à crítica popular. Lula não está acima da crítica. Nem o Lula doente.

Ninguém colocaria a própria mãe ou o pai num tratamento público, de propósito, sujeito a meses de espera e irregularidades, se tivesse dinheiro. Mas é o que é possível ao povo, na maioria absoluta dos casos.

É isso que o povo sabe e não esquece. É claro que Lula não fará isso consigo mesmo, tem dinheiro para pagar a conta, ou notoriedade demais para receber o tratamento de presente do Hospital. Mas isso é problema dele.

Ocorre que o excesso de demagogia fere a sensibiidade do homem comum, do povo. Ele (o povo) já percebeu que muitos usam seu nome -povo- para vender ilusões. Na hora "H" uns vão para o SUS, com o que tem de acertos e erros, outros com as maiores certezas médico-científicas e de recursos vão para um Sírio Libanês.

Agora, quem está explorando a situação politicamente não são seus adversários não, é o próprio Lula. Divulgar a doença em fotos ou um vídeo falando para o mundo foi ideia dele, ou de seus assessores. Não precisaria ficar se expondo tanto. Afinal, é uma doença privada, particular, só dele. Mais um pouco e seus assessores começarão a divulgar quando caiu o primeiro fio de cabelo, se teve ou não problemas intestinais devido à quimioterapia.

Deveriam refletir mais e divulgar menos. Ter um pouco mais de pudor. Não fazer como Hugo Chávez, que também explora politicamente a própria doença, de olho nas próximas eleições. A doença de Lula não é um reality show. Quem está transformando tudo em política não é o povo e nem os adversários. As informações partem dele, de seus médicos, de seus assessores e de sua fundação.

É apenas um ex-presidente, ex-deputado, ex-sindicalista, e ex-torneiro mecânico. No momento é apenas um rico privilegiado que tem como pagar tratamento em um hospital de ponta. Não há transparêcia naqueles atos. Não aquela que se espera de uma pessoa com cargo público. Não tendo cargo público, a doença de Lula é absolutamente particular.

Transparência seria ele, ainda presidente, falando sinceramente tudo o que soubesse sobre os interesses de seus filhos empresários, suas conversas com e sobre o Celso Daniel, suas conversas com Fidel Castro, Hugo Chávez, Morales, Manuel Zelaya, as Farc, e Muamar Kadafi. Aí sim, um homem público deveria ser transparente. Mas, muitas vezes, naqueles casos, ou alegava privacidade ou não saber de nada. Mas as pessoas reparam e guardam isso.

Não sei o que ele tratou realmente, mas ele, com certeza, sempre soube mais do que o que dizia saber. Caso contrário não dominaria tão ferreamemte seu partido e nem teria fundado com Fidel o Foro de São Paulo. E nem poderia ser um presidente, se fosse tão desinformado sobre o seu entorno. Lula não é do tipo que vive no mundo da Lua.

O que ele faz no quarto do hospital não importa. Mas o que o levou a concordar com a deportação dos coitados dos lutadores cubanos que pediam asilo ao Brasil, isso sim era importante saber. O que diabos o levou a dar asilo a Battisti, ofendendo o tratado com a Itália. Isso sim interessaria ao povo. Naqueles casos Lula era o presidente.

Sobre a sua doença particular, apenas sua, como pessoa comum, que trate bem dela e se recupere. É o que espero.

Ficar doente nunca é bom, e nem ficamos com vontade de sermos atendidos em postos do SUS (por melhor que sejam) ou no Sírio Libanês.

Bom mesmo seria se nunca precisassemos de hospitais.

FALA DE LULA NO SÍRIO LIBANÊS (FAZENDO POLÍTICA):





FOI LULA QUEM DISSE. NINGUÉM INVENTOU O QUE ELE DISSE:

“Eu tava visitando a UPA, e eu tava dizendo que ela tá tão bem organizada, ela tá tão bem estruturada, que dá até vontade de a gente ficar doente para ser atendido aqui”.





 




Nenhum comentário:

Postar um comentário