O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, ao anunciar oficialmente a morte de Alfonso Cano propôs novamente que os narcotraficantes entregassem as suas armas e se submetessem à Justiça, para futura reintegração à vida civil. Mas a agência de notícias Nova Colombia (Anncol), sediada na Suécia, e em sua página do Brasil, emitiu nota dizendo que a luta contra o governo colombiano continuará.
É inevitável a comparação entre as Farc e a desastrada ação dos comunistas brasileiros no Araguaia nos anos 70, quando algumas dezenas de militantes se enfiaram na floresta para revolucionar o Continente, num mimetismo da desastrada ação de Che Guevara que, com apenas 12 companheiros, queria, das selvas bolivianos levar a revoluçãp para o mundo.
E também é impossível não pensar nos militontos ocupantes da reitoria da Usp que imaginam estar prestes a iniciar uma revolução. Essa gente não bate bem, têm mania de mudara o mundo e não enxergam a realidade.
Penso, apenas, que os que se enfiaram na selva ainda enfrentam uma situação difícil e fazem sacrifício pessoal (embora eu não concorde com nada do que pretendem), mas os militantes invasores da Usp são imbecis completos, burguesotes, filhinhos de papai, aliados a traficantes, com todo o conforto da vida moderna, mesada e automóvel na porta, e falando em revolucionar o mundo. Não sabem nem o que querem, de fato:
“Pessoal, a gente pode estar a poucos dias de desencadear um processo de revolução sem volta. Isso é fazer história!”. Essa frase é de um dos “estudantes” que invadiram a Reitoria da USP (Estadão). Essa e a percepção de pessoas absolutamente alienadas da realidade!
VIOLÊNCIA DAS FARC
Criada há 47 anos, as Farc são completamente anacrônicas e reúnem cerca de seis mil homens armados em uma população de 45 milhões de habitantes que não quer mais saber dessa violência idiota de bandidos que se dizem salvadores do povo
As Farc sequestram, matam, praticam atentados, mantém campos de prisioneiras na selva e ainda aliciam produtores rurais de vilarejos para a produção de coca e, depois, com o resultado (folhas) produzem cocaína que financia o movimento. Essa cocaína espalha a morte em diversos países, entre eles o Brasil.
Como o Brasil não tem uma Lei Antiterrorismo, ao contrário de outros países, aqui é a meca de terroristas, conforme lemos nas reportagens da imprensa e alertas de especialistas internacionais. Chegamos ao ponto de dar abrigo a gente ligada às Farc e a ter página na internet do movimento. Membros das Farc participam sempre das reuniões do Foro de São Paulo, entidade criada por Fidel Castro e Lula para coordenar a ação da esquerda em todo o continente. (Para mais informações leia o site Mídia Sem Máscara ou o site do Professor Olavo de Carvalho)
Alfonso Cano estava escondido na região de Suárez, no Vale do Rio Cauca, entre dois maciços andinos. Uma região fértil para a agricultura mas de difícil acesso, e com muitas florestas e pequenos rios que descem da cordilheira. Suárez fica perto das vilas de Honduras e Buenos Aires.
O esconderijo foi bombardeado por aviões militares e em seguida, tropas desembarcaram e encontraram dentro do esconderijo objetos pessoais do chefe guerrilheiro, como óculos e sua carteira. De acordo com a Associated Press, no momento do ataque Cano estava com 14 rebeldes, dos quais 4 morreram, 5 foram capturados e o restante conseguiu fugir mata adentro.
Cano correu para se esconder na selva. Mas, segundo informações extraoficiais, às 17 horas ele já estava morto. Santos e o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, não explicaram se os soldados da polícia e do Exército foram recebidos com tiros pelos guerrilheiros.
As forças colombianas ainda apreenderam 7 computadores, 39 pen drives e 194 milhões de pesos (US$ 102 mil) que estavam com o líder guerrilheiro. A operação foi batizada de “Odiseo”.
Fundada em 1964 e hoje com cerca de 6 mil combatentes, as Farc também perderam outros dirigentes históricos nos últimos anos. Antes de Alfonso Cano, morreram os líderes Luis Edgar Devia, conhecido como "Raúl Reyes", em março de 2008 no território equatoriano, e Víctor Julio Suárez Rojas, conhecido como "Jorge Briceño Suárez" ou "Mono Jojoy", em setembro de 2010, na Serranía de La Macarena , na Colômbia.
Cano era o substituto do chefe e fundador das Farc, Manuel Marulanda, conhecido como "Tirofijo", que morreu de ataque do coração em março de 2008
Comunicado das FARC-EP
domingo, 6 de novembro de 2011
Escutamos o anuncio oficial da oligarquia colombiana e seus generais sobre a morte do Camarada e Comandante Alfonso Cano.
Ressoam ainda, suas alegres gargalhadas e brindes de entusiasmo. Todas as vozes do Estabelecimento coincidem em que essa morte significa o final da luta guerrilheira na Colômbia.
A única realidade que simboliza a morte em combate do camarada Alfonso Cano, é a imortal resistência do povo colombiano, que prefere morrer antes que viver de joelhos mendicando. A historia das lutas desse povo está plena de mártires, de mulheres e homens que jamais entregaram seus princípios nem deixaram de lutar pela igualdade e a justiça.
No será essa a primeira vez que os oprimidos e explorados de Colômbia choram um de seus grandes dirigentes. Também não a primeira vez em que com a coragem em a convicção absoluta na vitoria nomearão outro Comandante para que assuma seu cargo. A paz na Colômbia não nascerá de desmobilização guerrilheira alguma, mas da abolição definitiva das causas que geram o alçamento armado. FARC tem uma politica traçada e cumpri-la é a nossa missão.
Tem morto o Camarada e Comandante Alfonso Cano, o mais fervente e convencido colombiano e latino-americano da necessidade da busca da solução politica do conflito e da paz com justiça social.
¡Viva a memoria do comandante Alfonso Cano!
Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP
Montanhas da Colômbia, 5 de novembro de 2011
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