O PMDB realizou seminário (quinta) para estudar forma de tratar melhor com a imprensa e também de estabelecer uma estratégia de comunicação capaz de aproximá~lo mais da sociedade. Participaram até especialistas marqueteiros americanos que trabalharam na campanha de Barack Obama. O vice-presidente Michel Temer disse que a popuação precisa saber mais sobre as ações do partido.
Está correto, mas é necessário lembrar que os partidos parecem estar mais interessados em, após as eleições, ficar disputando cargos e diretorias em estatais, ministérios, empresas públicas, para ganhar nacos de poder burocrático e criar empregos paraseus militantes.
Tratam o dinheiro público como se fosse "cosa nostra" e nem se lembrar mais dos eleitores, já se elegeram! e só pensam nisso nas próximas campanhas.
O senador José Sarney (PMDB-AP) disse que a imprensa enfraquece os poderes dos partidos políticos no Brasil. Segundo ele, os políticos precisam criar mecanismos para que não percam sua “legitimidade” diante da atuação da imprensa.
Está correto, mas é necessário lembrar que os partidos parecem estar mais interessados em, após as eleições, ficar disputando cargos e diretorias em estatais, ministérios, empresas públicas, para ganhar nacos de poder burocrático e criar empregos paraseus militantes.
Tratam o dinheiro público como se fosse "cosa nostra" e nem se lembrar mais dos eleitores, já se elegeram! e só pensam nisso nas próximas campanhas.
“Quando você realiza as coisas e não consegue transmití-las ao grande público, a imagem geral que se tem do partido muitas vezes é negativa. O que o partido faz não chega ao grande público”, afirmou. Analisando o dito,fica a impressão de que os partidos são uns injustiçados, pelo público e pela imprensa. Será que o que os partidos fazem é para chegar mesmo, deve chegar mesmo ao público por meio da imprensa. Quantos escândalos nos últimos ános. Eu penso que, de fato, eles não esperam que tudo chegue ao público!
O governador Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro, disse que os políticos precisam interagir com a sociedade para que sua representação não “caduque”. “O nosso problema é como o PMDB, o maior partido do Brasil, dialoga com a sociedade. Cada vez mais a sociedade demanda informações que a mídia tradicional não é capaz de atender.”
Os políticos gostam de trocar imprensa por mídia. Mídia é o conjunto de meios,em geral, não apenas as ações jornalísticas. Isso confunde o público. TV é mídia, parte dela pode conter jornalismo, o resto é diversão, novelas, música, filmes, séries, programas de auditório.
Que informações a sociedade demanda e que a imprensa não pode atender? Que informações tem um partido que não passam pea Imprensa? Isso é conversa para boi dormir.
Qualquer informação de um partido, desde que relacionada com interesse público, pode vir a ser notícia. Outras informações que sejam veiculadas por meios próprios.
Ocorre que os políticos gostam de usar os jornalistas como meio, canal, intermediário para seus próprios interesses. Usam os profissionais e veículos como estilingues, para jogar pedras em adversários. Às vezes é útil ao público, a sujeira aparece. Ás vezes ajuda só ao interessado. E há muito jornalistas que entra nesse jogo, pois pode ganhar dinheiro e algumas fontes duvidosas.
“O Congresso depois de um mês, dois, três, começa a ser contestado. Os deputados não sabem por que foram eleitos e o eleitor não sabe mais que elegeu o deputado. A partir daí, a mídia e seus instrumentos entram e dizem: não, nós passamos a representar o povo. Esse é o grande desafio do mundo atual, da classe política.”
De fato, o senador parece andar meio distraido, pois ele (a família Sarney) é proprietário de vários veículos de comunicação no Maranhão. Como será que ele faz as empresas funcionarem? Como será o jornalismo que ele aprova lá na terra dele? E isso vale para muitos outros políticos que também têm meios de comunicação. A forma como seus jornais tratam dos assuntos é que é a forma correta, a forma ideal, o modo universalmente aceito de prática jornalística? (falando em democracias, é claro!).
É fácil reclamar. Vimos outro dia o senador Requião, do Paraná, ex-governador, reclamando que sofreu "bullying" por parte da imprensa. O que essa gente quer? Tapinhas nas costas?
Geralmente notícias são sobre coisas que são fora do comum. E, no campo da administração pública e da política, geralmente, boas notícias são raras. Existem, mas falta de recursos, roubalheiras, escândalos de licitações, atraso de obras, etc, é que o público precisa conhecer. Mesmo assim ainda vota de forma equivocada.
De fato, o senador parece andar meio distraido, pois ele (a família Sarney) é proprietário de vários veículos de comunicação no Maranhão. Como será que ele faz as empresas funcionarem? Como será o jornalismo que ele aprova lá na terra dele? E isso vale para muitos outros políticos que também têm meios de comunicação. A forma como seus jornais tratam dos assuntos é que é a forma correta, a forma ideal, o modo universalmente aceito de prática jornalística? (falando em democracias, é claro!).
É fácil reclamar. Vimos outro dia o senador Requião, do Paraná, ex-governador, reclamando que sofreu "bullying" por parte da imprensa. O que essa gente quer? Tapinhas nas costas?
Geralmente notícias são sobre coisas que são fora do comum. E, no campo da administração pública e da política, geralmente, boas notícias são raras. Existem, mas falta de recursos, roubalheiras, escândalos de licitações, atraso de obras, etc, é que o público precisa conhecer. Mesmo assim ainda vota de forma equivocada.
Sarney disse que todos os políticos se queixam da imprensa, mas precisam fazer a “sua parte” ao defender que a liberdade de expressão sirva à democracia sem “desvirtuá-la”.
Apesar das críticas, Sarney disse ser contrário a instrumentos de controle da imprensa brasileira. “Até o tempo corrige os equívocos que a mídia corrige. Talvez eu tenha sido o presidente mais criticado da história do Brasil, mas nunca ninguém viu da minha parte nenhuma reação violenta contra isso.”
O peemedebista afirmou que a imprensa, as ONGs e a própria sociedade civil tiram “nacos” da atividade política –o que enfraquece os partidos e o Congresso. “Nós precisamos disputar esse espaço de saber quem representa a opinião pública”, afirmou.
Essa é a questão. As pessoas se organizam e passam agir, fazendo, às vezes aquilo que deveria estar sendo feito pelos políticos. Se os políticos prestassem mais atenção ao que fazem, e levassem em conta as aberrações que costumam cometer, as ongs talvez nem precisassem existir. A Imprensa poderia focar outras coisas, mas estaríamos imaginando um mundo perfeito demais.
Essa é a questão. As pessoas se organizam e passam agir, fazendo, às vezes aquilo que deveria estar sendo feito pelos políticos. Se os políticos prestassem mais atenção ao que fazem, e levassem em conta as aberrações que costumam cometer, as ongs talvez nem precisassem existir. A Imprensa poderia focar outras coisas, mas estaríamos imaginando um mundo perfeito demais.
Reproduzo aqui trechos do post de Reinaldo Azevedo sobre a questão:
Se cobrir com lona, vira circo; se trancar a porta, vira hospício
Como é mesmo aquela máxima? Se cobrir com lona, vira circo; se trancar a porta, vira hospício. O PMDB, que congrega alguns potentados da ética nacional, convida, como se vê no post abaixo, os marqueteiros de Obama — justo de quem… — para que assistam a uma sessão de descarrego dos maus espíritos do autoritarismo. E tome cacete na imprensa! Coitados dos rapazes! Devem ter imaginado que a moça que fazia a tradução simultânea estava sofrendo algum surto cerebral.
Sarney, cuja família tem no currículo a censura a um órgão de imprensa — via judicial, claro!—-, abriu o seminário do partido sobre “estratégias de comunicação”. Ele quer saber como preservar a liberdade de expressão, mas “sem desvirtuá-la”. Ah… Os EUA sabem como fazê-lo desde que existe a Primeira Emenda, senador! Os congressistas não podem nem mesmo legislar sobre matéria que diga respeito à liberdade de expressão.
Não! Aquele modelo não deve servir para Sarney. Nos EUA, este senhor não seria presidente do Senado pela 25ª vez. Aliás, ele e outros companheiros de partido já teriam sido eliminados da vida pública há muito tempo. Eu imagino um Renan Calheiros explicando à América qual era a sua relação com a mãe de um filho que teve fora do casamento, que ele chamava “a gestante…”.
Sarney e os peemedebistas, que acabaram de conduzir Calheiros ao Conselho de Ética do Senado, estão infelizes com o jornalismo. Segundo Sarney, “a mídia e seus instrumentos entram e dizem: ‘Não, nós passamos a representar o povo’”. Haaannn… Sarney acredita que os políticos têm, vejam vocês, de disputar espaço com a “mídia” para saber quem representa a “opinião pública”.
Nosferatu não sabe que políticos agem por delegação dos eleitores e, de fato, “representam”… os eleitores!, não a opinião pública; a imprensa é um dos instrumentos — não o único — de que dispõem os indivíduos e a sociedade para vigiar o exercício do poder; inclusive para avaliar se o representante, de fato, representa…
Sérgio Cabral era um dos presentes ao seminário. Como sabem, é um homem implacavelmente perseguido pela imprensa, certo? Afirmou: “O nosso problema é como o PMDB, o maior partido do Brasil, dialoga com a sociedade. Cada vez mais, a sociedade demanda informações que a mídia tradicional não é capaz de atender.”
Ah, essa mídia tradicional! A propósito, governador: o que é uma “mídia não-tradicional”? Convenham: até a assessoria de imprensa é mídia tradicional. Vai ver a não-tradicional é a assessoria disfarçada de jornalismo.
(Reinaldo Azevedo)
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