Pesquisar este blog

quarta-feira, 4 de maio de 2011

ENQUANTO KADAFI É CAÇADO, ASSAD, DA SÍRIA, TEM LICENÇA PARA MATAR CIVIS. Regime nacional socialista da Síria matou 500 e prendeu mais de mil opositores, dizem opositores.


“Allah-u-Akbar”, “Allah-u-Akbar” (Alá é grande) gritam os moradores de Deraa, na Síria, enquanto as forças militares abrem fogo contra a população. E as forças militares estão fazendo uso de armas nada convencionais contra os civis: tanques de guerra. Deraa fica na região sul e é uma cidade muito antiga, com cerca de 3.500 anos.

Segundo entidades de direitos humanos, o governo de BasharAssad, do Partido Baath, já matou quase 600 pessoas desde o dia 18 de março quando a população começou a fazer manifestações contra o governo. E mais de mil pessoas foram presas em diversas cidades.

Desde o final de 2010, a situação política, em muitos paises do norte da África e do Oriente Médio está complicada, devido a uma onda de rebeliões em paises árabes islâmicos. De modo geral, a onde parece ter vários motivos, como problemas econômicos, perseguição a opositores, falta de liberdade de expressão e de liberdade política, interferência de grupos religiosos na área civil. Em cada pais, como Tunísia ou Egito, ou Líbia, as razões dos tumultos ou da ida do povo às praças não é exatamente o mesmo.

O que chama a nossa atenção é como os governos de outros paises vêem essas manifestações, como a imprensa narra os fatos e como os governos dos paises afetados tratam a questão.

Na Tunísia e no Egito, por exemplo, o povo (e as forças ocultas, naturalmente) conseguiram derrubar ditadores.  Como os tais ditadores não pareciam muito alinhados aos interesses do Irã ou da Síria, ou dos regimes de natureza mais religiosa, o povo nas ruas era tratado como “povo” pela imprensa ocidental.

Quando houve tentativa do povo sírio ou dos opositores irem à rua para protestar, alem da repressão dura por parte do governo, ainda o povo é chamado de “baderneiros” pela imprensa ocidental. O que leva a isso? Por que o povo muda de nome conforme o pais?

As forças de segurança e o Exército prenderam pelo menos 365 pessoas. A maior em Deraa, Duma, Latakia, e Qamishli. De acordo com opositores e ativistas de direitos humanos, as prisões são arbitrárias. No total, mais de mil opositores já foram presos.


Penso que os paises, ditatoriais ou não, mais ou menos abertos ao Ocidente e com algumas relações com os americanos são vistos como inimigos do Islã,  do Irã e da Síria, paises que apóiam movimentos terroristas como o Hezbollah.  O que parece  é que o povo nas ruas do Egito,  por exemplo, apesar de todas as razões para protestar contra um ditador, esconde um movimento de natureza religiosa que faz parte de um plano de islamização completa da vida em diversos paises, aos moldes do Irã.

Aqui no Brasil mesmo, cujo PT tem um  tratado de boas relações políticas com o Partido Baath (partido de Assad) a visão não é critica ao regime sírio. Os sírios que protestam contra Assad não são vistos com toda a simpatia que os egípcios que protestavam contra Mubarack.

É que o Baath, embora seja um partido da doutrina pan-árabe, de raízes nacionais-socialistas (fascistas), é “vendido” como um pais socialista, como se houvesse alguma diferença. As raízes do Baath são inegavelmente nazistas, assim como a inspiração de vários dos movimentos terroristas árabes-islâmicos. Basta obervar o tipo de saudação em vários deles: o braço direito estendido à frente, à moda nazista.
Assim, a ditadura síria pode mandar tanques contra os civis e ninguém fala em as forças ocidentais atacarem com a aviação.

Barack Obama faz tímidos protestos e a Otan se cala.

Assad tem licença para matar. Essa licença foi cassada a Muamar Kadafi, agora o grande inimigo do Ocidente. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário